A CVC Brasil (CVCB3)

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A CVC Brasil (CVCB3) encontrou R$ 362,384 milhões em erros e distorções contábeis em suas demonstrações financeiras. No início de março comunicou que constatou, em uma avaliação preliminar, indícios de erros contábeis no balanço de resultados do quarto trimestre de 2019. A informação foi divulgada por meio de um fato relevante.

Os detalhes da apuração se concentram na nota explicativa 4, à página 38 do relatório. Segundo ela, dos R$ 362 milhões apurados, R$ 93,8 milhões referem-se ao exercício de 2019. Outros R$ 135 milhões foram alocados nas demonstrações de 2018, e mais R$ 133 milhões pertencem a exercícios anteriores a 2018.

Ainda o caso provocou a renúncia do então presidente da companhia, Luiz Fogaça, e à nomeação de Leonel Andrade (ex-Smiles) para o posto.

Conforme o fato relevante, o montante é equivalente a aproximadamente 0,5% das reservas totais e 4% da receita líquida da empresa de turismo no período acumulado até 30 de setembro de 2019.

Segundo o falto relevante ainda “Os referidos ajustes contábeis, caso efetivados, não terão impacto sobre a geração e os saldos de caixa reportados nas demonstrações financeiras, uma vez que o capital de giro reportado no período seria diminuído no mesmo montante; e os valores foram devidamente transferidos aos fornecedores”.

Quais foram as consequências?

- Perda de seu preço de mercado, isto é, a grande desvalorização de suas ações na Bolsa, por exemplo a ação da CVC acumulou perda de cerca de 22% na B3 no período do acontecimento.

- Perda da confiança dos investidores e de colaboradores nas suas demonstrações contábeis. Pode resultar na perda de melhores créditos e por fim afastar investidores em potencial.

- Se tratando de dados contábeis, a empresa demonstrou não ter um capital de giro tão relevante quanto se imagina e isso afeta o planejamento e as decisões da empresa tanto no curto, como no longo prazo.

Em sua opinião, qual a relação das situações apresentadas com a auditoria? A auditoria tinha responsabilidade?

A auditoria tem um papel relevante nesse caso do erro contábil e acredito que ela tinha responsabilidade visto que a princípio não encontrou e/ou deixou de apresentar suspeitas de fraudes contábeis, relacionados ao expurgo e manipulação de custos em relatórios e ajustes manuais em determinadas contas, sem suporte de documentos, deixando assim a existência da possibilidade de ocultação de informações dos auditores externos.