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A Classe Operária Vai ao Paraíso

Por:   •  27/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  497 Palavras (2 Páginas)  •  240 Visualizações

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A classe operária vai ao paraíso 
    No filme a perseguição por lucro criado pelo capitalismo é mostrada quando a mulher de Massa, um dos personagens, o abandona por ser contra o movimento revolucionário, mostra a base motivacional do trabalho assalariado. O capitalismo convenceu as pessoas de que sua realização estaria nos bens econômicos e não em outros bens, como se acreditava no período pré-capitalista.

    A resistência, oposição e conflito contra esse novo sistema de produção proporcionou a formação de grupos como os estudantes e os sindicatos. 
O grande desafio da administração então era domar o indomável, ou seja, controlar o recurso humano que diferentemente da maquina, trazia consigo costumes, hábitos e tradições.O operário padrão, sem a consciência de classe, acredita que o trabalho duro pode lhe dar os meios para melhorar de vida. Por acreditar nisso, persegue cegamente as metas traçadas pelos patrões. Mas o dinheiro nunca é o bastante para satisfazer suas necessidades.

    O incidente ocorrido com Lulu no filme é o ponto de partida para os conflitos sindicais que culminam na demissão dele. Ele conscientiza-se da própria alienação, e paulatinamente se integra na atuação sindical, que culmina sua readmissão ao emprego. Porém ele não é mais o operário modelo e não tem mais as mesmas ilusões de realização dentro do consumismo.

    As questões das metas de produtividade mostra o conflito criado a partir da perda do acesso à propriedade produtiva independente dos meios de subsistência e a tendência do trabalhador a se submeter a um mercado de trabalho onde havia a imposição de um aumento da produtividade sem que tenha sido acompanhada do aumento salarial. Conclui-se que conflito é o que traz a resposta para os problemas. Partindo de um conflito para buscar soluções e a negociação trouxe melhorias nas condições de trabalho dos operários. Além de refletir nas condições de trabalho, também se vê o resultado dos conflitos refletido no personagem principal Lulu. Ele é outra pessoa, ciente do mundo que o cerca. 

    Passado na década de 1970 ele também não deixa de ser um momento peculiar da luta de classes na Itália. Foi um momento que viveu-se um importante Ascenso de lutas sociais no país. O filme toma partido a favor dos operários, mas não deixa de apontar as limitações e contradições do movimento. Foi apartir desses movimentos que os operários realizaram o seu aprendizado político.

    A mensagem pode ser vista definida na última cena quando Lulu o operário padrão conversa com seus companheiros e conta o sonho que teve sobre a queda do “muro”. Agora ele pensa, pois, se humanizou, não é mais apenas uma “peça” do maquinário da fábrica. Ele compartilha então com os demais o sonho de que um dia o muro caíra e possibilitará que saiam do inferno imposto pelo capitalismo e cheguem ao paraíso livre da escravidão. Este é o processo de formação da consciência do trabalhador. 

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