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A ECONOMIA EMPRESARIAL

Por:   •  28/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.921 Palavras (8 Páginas)  •  100 Visualizações

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Atividade individual

        

Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios

Disciplina: ECONOMIA EMPRESARIAL

Módulo:

Aluno: BRUNO CARDOSO PINHEIRO

Turma: 1

Tarefa: ATIVIDADE INDIVIDUAL

INTRODUÇÃO

Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais.

Conforme dados da UNESCO, o setor cultural conta com 6,1% da economia mundial, gerando uma renda anual de US$ 2,25 bilhões e quase 30 bilhões de empregos no mundo todo, empregando mais pessoas entre 15 e 29 anos do que qualquer outro setor. Além da geração de empregos, a indústria cultural colabora para outro ponto de extrema importância: a redução de desigualdades, gerando um desenvolvimento econômico susentável, e está entre os setores que mais cresce no mundo.

Entretanto, durante o ano de 2020 e boa parte de 2021, a pandemia de COVID-19 praticamente paralisou a indústria da cultura e entretenimento, desde o processo de criação até a chegada ao acesso do público, todos os envolvidos nessa cadeia, foram impactados, sem exceção. A crise sanitária causada pela pandemia, expôs fraquezas já existentes no sistema cultural brasileiro, em sua maioria, artistas e profissionais ligados a cultura, não se enquadraram nos requisitos estipulados pelo governo para recebimento de auxílios sociais, auxílios esses que salvaram os profissionais e pequenas empresas de outros setores.

Apesar disso, o setor de cultura vem retomando suas atividades, e nos mostrando quanto a a cultura e o entretenimento são essenciais para o bem-estar mental da população. Em solo de lock-down, a maioria das pessoas encontrou conforto em filmes, séries, música e artes em geral.

CONTEXTO DO SETOR

Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização.

Conforme pesquisa realizada pelo IPEA, a estimativa de participação do setor cultural na economia brasileira, era cerca de 1,2% a 2,67% considerando um cenário pré pandemia de COVID-19. Para se contextualizar o setor cultural no Brasil, é importante ressaltar a má gestão do atual governo federal, onde a extinção do Ministério da Cultura e o corte de verbas destinados a Lei Rouanet – Lei que fomentava a cultura e entretenimento no Brasil, nos mostra que o setor vem sendo prejudicado desde 2019, dessa forma, podemos dizer que a crise sanitária trazida pela pandemia de COVID-19 expôs as fragilidades de um setor que aos poucos vem sendo sucateado pela atual gestão governamental. Durante a pandemia, uma das saídas encontrada foi oferecer cultura de forma remota e online, segundo dados do Painel TIC Covid-19, elaborado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, o percentual de usuários pagando por serviços de streaming durante a pandemia subiu em 43% para as plataformas de vídeo e 19% para as plataformas de áudio, entretanto, as classes A e B foram as que registram o maior número entre usuários pagantes, cercad e 71%. Esses dados nos mostram que por mais que o acesso digital a cultura tenha crescido durante a pandemia, quem tem acesso a esse contéudo é a parcela da população maior poder aquisitivo, dessa forma, podemos dizer que a pandemia restringiu ainda mais o acesso que a população pobre tinha a cultura e ao entretenimento.

Em abril de 2022, com a retomada das atividades, a Netflix, perdeu cerca de 200 mil assinantes, esse cenário levou a empresa a baratear os seus planos.

Vale ressaltar que as plataformas de streaming vêm investindo pesado em publicidade, no último tal investimento aumentou em média 243%, segundo pesquisa elaborada pela Kantar IBOPE, tal estudo também nos mostra que o número de televisores conectados as plataformas aumentaram de 49% em 2020 para 57% em 2021. Entretanto, o maior consumo de televisão ainda vem nas emissoras tradicionais que são responsáveis por cerca de 79% do tempo contra 21% das plataformas digitais. Segundo especialistas, esse fato se deve, principalmente pela desigualdade social e pelo custo alto e má distribuição de serviços de internet no Brasil.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise.

Conforme dados do Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2020 – IBGE, o setor cultural, perdeu em 2020, quando comparado com o ano anterior, foi o setor que mais perdeu postos de trabalho cerca de 11,2%, invertendo o ganho crescente que o setor apresentava desde 2016.

Entre as atividades que mais perderam profissionais estão moda, impressão e reprodução, atividades relacionadas a eventos, lazer e recreação. As atividades que mais fecharam postos de trabalho foram organizadoras de conferências e profissionais do setor de moda em geral.

Com exceção das atividades consideradas como essenciais pelos governos, os demais setores sofreram uma desaleração brutal, isso ficou ainda mais evidente no setor cultural com o fechamento total de cinemas, teatros e casas de show. Conforme podemos observar no gráfico abaixo:

[pic 3]Adicionalmente, vale ressaltar que o setor cultural é o setor onde há mais trabalhadores informais, cerca de 41,2% da força de trabalho atua em condições informais, segundo especialistas, a pandemia afetou de forma negativa os postos de trabalho informar de uma maneira muito mais severa quando comparado a trabalhadores do regime CLT, por exemplo.

Abaixo, temos um gráfico demonstranado o percentual de trabalhadores informais no setor de cultura:

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A massa salarial dos profissionais ligados a cultura, também retraiu durante o cenário pandêmico, apensar do aumento do rendimento médio mensal. No ano passado o rendimento médio do profissional de cultura subiu para R$ 2.478,00 um aumento de 3,6% em relação a 2019, entretanto, apesar do aumento de renda, a massa salarial dos tralhadores recuou 8% passando de 13,1 bilhões em 2019 para 12,1 bilhões em 2020.

Segundo especialistas, o recuo da massa salarial é a referente a migração de pessoas que estavam em situação de trabalho informal para o desemprego, essa movimentação gerou um pequeno aumento do rendimento médio para aqueles que estavam ocupados, considerando que o ganho de renda média não compensou o total de desempregados, a massa salarial recuou.

Durante o cenário de pandemia, a participação de mulheres no setor cultural atingiu 49,5% atingindo seu maior percentual desde o ano de 2014.

No setor cultural 43,8% de seus empregados se autodeclaravam como pretos ou pardos, enquanto a população ocupada em geral no setor era de 53,5%. Em 2020 houve uma queda significativa de profissionais pretos e pardos, que foram os mais afetados pela pandemia.

Um estudo mostra que em 2019 cerca de 338,7 mil organizações atuavam no setor da cultura, uma queda de 38,8 mil em relação ao ano de 2009. Tais organizações representavam 6,5% do total de organizações que atuavam no setor e empregavam cerca de 2 milhões de profissionais.

Conforme classificação da UNESCO, as oito principais atividades culturais equivalem a 66,2% do total de organizações e representam 51,1% dos trabalhadores assalariados ligados a cultura.

Desde 2009, os equipamentos e materais de apoio contribuíram para uma queda de 10,3% das organizações da área cultural, com redução de mais de 40 mil empresas do ramo, influenciado principalmente pelo aumento do comércio e consumo dos itens de informática.

Já no setor de livros impressos, se perderam cerca de 26,7 mil organizações o equivalente a uma redução de 35,2%, acredita-se que tal queda, se dê principalmente, pelo aumento do acesso a plataforma digitais e até mesmo do acesso gratuito de livros através internet.

ANÁLISE MICROECONÔMICA

Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional.

Desde os anos 2000, os conceitos de economia criativa ou economiada cultura vem sendo abordados com cada vez mais força, baseadas no conhecimento da criatividade ou conhecimento intangível.

Os investimentos públicos e privados na economia criativa se destacam internacionalmente em países como Reino Unido e Austrália, a fim de criar um setor de economia além da industrialização, visto que a mão de obra necessária para a indústria criativa tende a ser mais qualificada, um exemplo clássico da indústria criativa é o ramo de design.

No Brasil, há alguns esforços para fomentar a indústria da economia criativa com a secretária de Economia Criativa no extinto Ministério da Cultura, além do Observatório da Economia Criativa em diversos estados do país.

No Brasil, estima-se que a participação da economia criativa no PIB seja de 2,67% em 2019, a partir disso, o Brasil foi classificação por especialistas como um país com baixa intensidade criativa.

Em paralelo, o IBGE possuía um projeto com o então Ministério da Cultura, o SIIC, e edição mais recente foi publica em 2019, referente ao ano de 2018, visto que o Ministério da Cultura foi extinto.  O SIIC buscava mapear a economia da cultura de uma maneira geral incluindo os setores de audiovisual, livros e artes cênicas, e, as atividades, ocupações, gasto público e privado, equipamentos culturais etc. e a partir daí se obtém uma estimativa do valor adicionado da cultura na economia.

Conforme o último SIIC, os profissionais da cultura ocupavam 5,7% do total de ocupados no Brasil. O tamanho do setor cultural no Brasil destoa da importância da cultura no âmbito de gastos públicos, o total de despesas com o setor cultural equivale a cerca de 0,21% do total de despesas públicas, considerando o ano de 2018.

Conforme dito anteriormente, a pandemia de COVID-19 expôs a fragilidade do sistema cultural brasileiro. Com isolamento social e a perda de renda foram criadas iniciativas coletivas por meio das redes sociais, esses movimentos reforçaram a importância da cultura na sociedade brasileira, e nos trouxe também a desmistificação de que a cultura é algo superfulo.

Conforme uma pesquisa realizada em 2022 pelo Instituto Datafolha sobre hábitos culturais dos brasileiros, segundo os dados 80% dos entrevistados consomem música on-line e 70% assistem a filmes e séries, em terceiro lugar temos os podcasts com 42% e por último cerca de 32% iriam presencialmente a shows e teatros. Entre as atividades que a população mais sentiu falta em primeiro lugar foi ir ao cinema e em segundo lugar retorno das bibliotecas.

O gasto médio mensal do brasileiro com cultura é de R$ 128,38 sendo que 35% dos entrevistados não gastaram nada com cultura nos últimos meses, a pesquisa também avaliou o impacto da cultura na saúde mental durante o período de pandemia, 68% dos entrevistados afirmaram que a programação on-line trás bem-estar mental.

Segundo especialistas tais pesquisas podem servir como direcionamento para as organizações quanto a tomada de decisões para a retomada de atividades presenciais, outro ponto que chama atenção é que o retorno das bibliotecas aparecer em segundo lugar, pois a relação dos brasileiros com os livros e leitura em geral é muito precarizada, é uma área sensível que deve ser analisada com atenção para que as bibliotecas sejam um ponto cultural efetivo.

As bibliotecas são os pontos culturais mais acessíveis do Brasil, com mais de 6 mil unidades espalhadas por todo país, oferecendo livros e atividades culturais de forma gratuita.

CONCLUSÃO

Apresente uma conclusão justificando a sua análise.

 A partir das informações apresentadas, podemos concluir que a cultura, um setor já fragilizado foi negativamente impactado pela pandemia. Quando fala-se que a cultura já era um setor fragilizado no setor pré pandemia, é devido a barreira social existente no Brasil, onde o acesso a cultura fica limitado a população mais instruída e bem remunerada, o que expõe um problema grave de desigualdade social, pois dessa forma, a população mais pobre e sem acesso fica cada mais limitada culturalmente, pois mesmo, que existam atividades gratuitas, as presenciais, foram limitadas devido a pandemia e, também é fundamental considerar ferramentas de acesso as atividades culturais como transporte e acesso a internet para eventos on-line.

A crise sanitária da COVID-19, também expôs que a cultura é uma peça-chave em nossa sociedade, trazendo conforto, bem-estar e sensação de pertencimento.

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