A IMPORTÃNCIA DO CONTROLE INTERNO NO PROCESSO DECISÓRIO NAS ORGANIZAÇÕES
Por: maerthna • 24/9/2015 • Artigo • 5.241 Palavras (21 Páginas) • 992 Visualizações
A IMPORTÃNCIA DO CONTROLE INTERNO NO PROCESSO DECISÓRIO NAS ORGANIZAÇÕES [1]
Marcos Antonio Peres[2]
Eloir Trindade Vasques Vieira[3]
RESUMO: O objetivo principal deste trabalho foi demonstrar que uma organização necessita da auditoria contábil para melhorar a qualidade dos seus produtos, visando um menor custo e demonstrações contábeis confiáveis para se manter no mercado globalizado. A principal ferramenta é o controle interno, que demonstra, de forma resumida e pratica, a atual posição econômica/financeira da organização. Desta forma sugere-se o controle interno como base inicial e final de todo o processo de auditoria, o suporte de todas as demonstrações operacionais, financeira e contábeis.
PALAVRAS CHAVE: 1 Controle Interno. 2 Auditoria 3 Auditoria Interna.
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INTRODUÇÃO
As empresas estão sendo obrigadas a tornarem os custos de seus processos mais baixos, as concorrências mais acirradas provocam a queda dos percentuais de lucros, obrigando que as empresas utilizem medidas para tornar possível à concorrência com reduções não só nos custos da produção, mas também nos seus custos operacionais e de gestão. Desta forma, verifica-se que a cada dia mais, se faz necessários à utilização de eficiência e eficácia na administração dos recursos buscando assim economia para garantir a sobrevivência das empresas. Em função dos itens elencados, a contratação de profissionais cada vez mais capacitados e que acompanharem as constantes mudanças da legislação brasileira e os impactos na economia pode ser um fator de auxílio a esta continuidade de gestão. Assim, em virtude a destas constantes mudanças, muitas empresas estão optando em ter controles internos, buscando auxilio na tomada de decisão nesse mercado competitivo.
O trabalho acadêmico com o tema sobre auditoria interna visa demonstrar a importância do controle interno no processo decisório administrativo das organizações. E que a ausência de controles pode ser fator de exposição das organizações a inúmeros riscos, erros frequentes e a desperdícios desnecessários.
1 CONCEITO DE CONTROLE INTERNO
O AICPA, American Institute of Certified Public Accountants (Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados), por meio de Relatório Especial da Comissão de Procedimentos de Auditoria, definiu o controle interno como sendo:
“O plano da organização e todos os métodos e medidas coordenados, aplicados a uma empresa, a fim de proteger seus bens, conferir a exatidão e a fidelidade de seus dados contábeis, promover a eficiência e estimular a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas”.
Entendemos que o AICPA define o controle interno como um sistema que visa a proteção do patrimônio com eficiência e obedecendo as normas administrativas da organização.
O COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission), definiu controle interno como:
“Um processo levado a cabo pelo Conselho de Administração, Direção e outros membros da organização com o objetivo de proporcionar um grau de confiança razoável na concretização dos seguintes objetivos”:
- Eficácia e eficiência dos recursos;
- Fiabilidade da informação financeira;
Cumprimento das leis e normas estabelecidas.”
Para termos um melhor entendimento das definições acima, veremos a definição de certas palavras:
Políticas: É um conjunto de regras, normas e procedimento constituídos pela administração que tem a função de direcionar a organização para o seu objetivo, sendo dividida em Políticas Estratégicas e Políticas Operacionais.
Plano de Organização: É o organograma da organização, onde se mostra detalhadamente cada função e suas responsabilidades, quem se reporta à quem.
Métodos e Medidas: São estabelecidos caminhos que conduzem a um certo resultado, onde serão comparados para saber qual o melhor método a ser seguido.
Proteção do Patrimônio: É a forma de proteger os bens e direitos da organização.
Exatidão e Fidedignidade dos dados contábeis: É a verificação da veracidade das informações contábeis, através das conciliações contábeis, dos sistemas e documentos, entre outros.
Eficiência Operacional: É a aplicação de métodos e procedimentos para atingir o resultado das operações desejada pelos administradores da organização.
O Controle Interno pode ser considerado como um dos itens principais dentro da política administrativa, pois objetiva demonstrar, com veracidade, as informações da organização. São divididos em dois tipos de controles: os de natureza contábil e os de natureza administrativas.
1.2 TIPOS DE CONTROLES INTERNOS
Conforme a Exposição de Normas de Auditoria nº. 29 que estabelece que o controle interno de uma organização se divide em dois grupos de controle: os de natureza contábil e os de natureza administrativa.
Vários são os autores que informam da importância do mesmo. Para Crepaldi (2007, p.275):
Os controles contábeis compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos utilizados para salvaguardar o patrimônio e a propriedade dos itens que os compõem.
Desta forma, verifica-se que os controles internos de natureza contábil englobam todos os métodos, procedimentos e sistemas dentro de uma organização, com a finalidade de proteger o patrimônio, bens, direitos e obrigações, fazer a conferencia de todos registros contábeis, com o objetivo de certificar a que os registros estão corretos.
Os controles administrativos compreendem um plano de organização e todos os métodos e procedimentos utilizados para proporcionar eficiência às operações, dar ênfase à política de negócios da empresa, bem como seus registros financeiros (CREPALDI, 2007, p.275).
Assim, controles internos de natureza administrativa também tem seus objetivos voltado aos sistemas, métodos e procedimentos adotados pelo setor administrativo, mas a sua finalidade difere dos controles contábeis, os controles administrativos têm em vista à eficiência e à eficácia das transações realizadas pela organização.
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