A INFLUÊNCIA DA POBREZA NO ANALFABETISMO
Por: Geisianedelima • 19/10/2018 • Projeto de pesquisa • 1.395 Palavras (6 Páginas) • 177 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
GEISIANE CARVALHO SANTOS
RELATÓRIO ESTATÍSTICO
Mata de são João – BA 2018
GEISIANE CARVALHO SANTOS
A INFLUÊNCIA DA POBREZA NO ANALFABETISMO.
Trabalho apresentado com o requisito parcial de avaliação da disciplina de Estatística Aplicada às Ciências Sociais Aplicadas II, no curso de Ciências Contábeis, da Universidade Federal da Bahia– UFBA, sob a orientação dos Prof. José Sérgio Casé de Oliveira.
Mata de São João – BA 2018
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho utiliza-se da estatística indutiva, para analisar como a pobreza influencia no analfabetismo. Apesar de existirem metas de âmbito nacional para erradicação do analfabetismo, a presença massiva desse problema ainda é uma realidade no século XXI.
Um indivíduo alfabetizado não será aquele que domina apenas rudimentos da leitura e da escrita e/ou alguns significados numéricos, mas aquele que é capaz de fazer uso da língua escrita e dos conceitos matemáticos em diferentes contextos (INEP, p.160, 2015)
O direito a educação para jovens e adultos tem previsão no Artigo 208 da Constituição Federal de 1988. O Brasil é um País de enorme extensão territorial, grande desigualdade social, alto índice de pobreza e com indicadores elevados de analfabetismo. De acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografias Estatísticas), em 2016 a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) registrou no Brasil 11,8 milhões de analfabetos, sendo o Nordeste a região com maior taxa de analfabetismo em todo o País.
Uma pessoa iletrada tende a ter mais dificuldades, considerando que nos dias atuais a exigência está cada vez maior, ou seja, alguém não alfabetizada torna-se incapaz de exercer algumas atividades. O mercado de trabalho, por exemplo, está cada dia mais rigoroso, exigindo por sua vez, mais conhecimento e preparo dos profissionais.
O alto índice de analfabetismo no Brasil está relacionada a pobreza pelo fato das crianças e adolescentes abandonarem as escolas para que possam trabalhar, é comum encontrar em sinais de trânsitos por exemplo, crianças trabalhando em busca de sobrevivência. Sendo assim o onde existir mais pobreza, haverão mais pessoas analfabetas.
É doloroso constatar que, no Brasil, 35% dos analfabetos já freqüentaram a escola. As razões para o fracasso do País na alfabetização de seus jovens são várias: escola de baixa qualidade, em especial nas regiões mais pobres do País e nos bairros mais pobres das grandes cidades; trabalho precoce; baixa escolarização dos pais; despreparo da rede de ensino para lidar com essa população. (INEP, 2003, p. 10)
A relevância desta pesquisa está no fato de apesar da educação ser um direito de todos conforme previsto na Constituição, nem todas as pessoas estão inseridas nesse direito pela existência de outros fatores, como a pobreza.
OBJETIVO:
Este trabalho tem por objetivo, analisar dados divulgados pelo Atlas do Desenvolvimento Humano, acerca da pobreza e analfabetismo existentes nos municípios da Bahia no ano de 2010.
METODOLOGIA:
A partir da problemática, puderam-se obter duas variáveis, com o intuito de estudar a chamada regressão linear simples, tendo em vista que uma variável influencia a outra, para tanto foram escolhidas as variáveis: pobreza e analfabetismo. Na referida observação foi utilizado o método da estatística indutiva, ou seja, trata-se da evidência na analise e interpretação dos dados obtidos em outras pesquisas, com seus resultados já divulgados, fundamentando-se na teoria das probabilidades.
As variáveis que compõem essa análise são classificadas como explicativa e dependente, pois se trata da resposta ou dependência de uma variável em relação à outra. Nesse caso, a variável dependente é a alfabetização, que a partir de agora será tratada como (Y) enquanto que pobreza (X) figura-se como independente, em razão da analfabetização ser conseqüência da pobreza.
A coleta de dados se deu por meio de fontes secundárias, ou seja, foram utilizados dados publicados por outra organização, através do site Atlas Brasil, que por sua vez é uma plataforma de consulta ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 5.565 municípios brasileiros, 27 Unidades da Federação (UF), 21 Regiões Metropolitanas (RM) e 03 Regiões Integradas de Desenvolvimento (RIDE) e suas respectivas Unidades de Desenvolvimento Humano (UDH).
Da referida plataforma foram recolhidos dados referentes a 16 municípios do Estado da Bahia, que revelam os percentuais de analfabetismo e extrema pobreza existentes em alguns municípios baianos.
Figura 01
Espacialidades | Taxa de analfabetismo - 15 anos ou mais | % de extremamente pobres |
Alagoinhas | 10,11 | 8,02 |
Camaçari | 7,78 | 6,01 |
Candeias | 9,08 | 7,22 |
Catu | 11,12 | 9,38 |
Dias D'Ávila | 8,21 | 9,31 |
Feira de Santana | 9,08 | 5,38 |
Mata de São João | 11,56 | 9,34 |
Nova Soure | 31,39 | 27,98 |
Pojuca | 9,32 | 8,95 |
Salvador | 3,97 | 3,97 |
Santo Antônio de Jesus | 12,35 | 6,47 |
Senhor do Bonfim | 16,31 | 12,75 |
Serrinha | 17,01 | 14,58 |
Simões Filho | 7,9 | 7,79 |
Ubatã | 26,77 | 14,63 |
Xique-Xique | 22,21 | 26,08 |
Ilustração: Geisiane Carvalho
Figura 02
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Ilustração: Geisiane Carvalho
De acordo com os assuntos assimilados na disciplina de Estatística às Ciências Aplicadas II, especificamente na unidade 04, os dados acima mencionados foram objeto de analise de regressão linear, com esse tipo de análise pretende-se prever resultados. Esse modelo consiste em determinar uma forma linear e funcional para variável que se espera modelar (Y), associando com as informações da variável (X).
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