A Internalização do Departamento Pessoal e a Dispensa do Serviço Terceirizado
Por: Wilson Enes • 16/2/2024 • Trabalho acadêmico • 4.168 Palavras (17 Páginas) • 67 Visualizações
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INTERNALIZAÇÃO DE UM DEPARTAMENTO PESSOAL EXTERNO: UM ESTUDO DE CASO NA FUNDIÇÃO SANTANA
Wilson Machado Enes1
Problema:
Quais as impactos da internalização do departamento pessoal e a dispensa do serviço terceirizado na Fundição Santana, considerando o período de outubro de 2022 até setembro 2023?
Hipóteses:
A internalização do departamento pessoal e a dispensa do serviço terceirizado na
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1 Professor orientador. Universidade do Estado de Minas Gerais. E-mail: wilson.enes@uemg.br
Fundição Santana viabiliza:
- A comunicação mais eficiente do setor do departamento pessoal com os gestores e funcionários da empresa.
- A manutenção da documentação sempre organizada e segura.
- A redução de erros de envio da documentação para o e-social.
- A redução o pagamento de multas por erros ao gerar.
- A perda da flexibilidade de serviço e de horários.
- O serviço terceirizado tem um baixo custo no mercado.
Objetivo Geral:
Avaliar os impactos positivos e negativos da internalização do departamento pessoal na Fundição Santana.
Objetivos Específicos:
- Avaliar a organização da documentação antes e depois da internalização.
- Mensurar o pagamento de multas, antes e depois da internalização.
- Analisar os dados trabalhistas da empresa em estudo.
- Descrever as rotinas do departamento pessoal interno.
Justificativa:
O departamento pessoal é uma ferramenta que auxilia na geração das informações, sendo muito importante para os gestores e para o administrativo. Esse setor necessita de um acompanhamento regular dos seus processos, devido as frequentes mudanças na legislação trabalhista, portanto, a internalização do departamento pessoal poderá possibilitar para a empresa uma administração mais eficaz. A pesquisa poderá analisar o número de erros de envio da documentação para o e-social, antes e depois da internalização. Com esse estudo de caso, pretende- se esclarecer se é viável ou não manter um departamento pessoal interno.
2. REVISÃO TEÓRICA
O departamento pessoal surgiu como uma resposta à necessidade das empresas de lidar com questões relacionadas aos seus colaboradores e ao cumprimento das leis trabalhistas. Sua origem remonta ao início do século XX, quando as relações de trabalho se tornaram mais complexas e as leis trabalhistas começaram a ser estabelecidas em diversos países. O departamento pessoal atua como um intermediário entre a empresa e os funcionários, ajudando a manter relações trabalhistas saudáveis. Isso envolve lidar com questões como conflitos, reclamações, negociações coletivas, e buscar soluções que sejam justas e equilibradas para ambas as partes.
De acordo com o autor Idalberto Chiavenato (2014), o departamento pessoal foi criado no início do século XX, quando se tornou evidente a necessidade de uma área específica para lidar com questões relacionadas à contratação e administração dos trabalhadores.
O surgimento do departamento pessoal está associado a uma série de fatores históricos, sociais e econômicos. Alguns dos principais motivos para o surgimento do departamento pessoal foram a industrialização, cumprimento das leis trabalhistas, administração de pessoal, gestão de benefícios, controle de ponto e horas trabalhadas, recrutamento e seleção, desenvolvimento e treinamento e para manter as relações trabalhistas saudáveis.
Antes do surgimento do departamento pessoal nas empresas, a gestão das atividades relacionadas aos funcionários e processos trabalhistas era geralmente menos estruturada e centralizada. Antes disso, as empresas não tinham uma área dedicada exclusivamente a cuidar das questões de pessoal, principalmente porque a mão de obra era predominantemente formada por trabalhadores manuais e o foco das organizações era mais voltado para a produção em si.
Com o crescimento e a complexidade das organizações, a necessidade de uma atuação profissional e especializada na área de gestão de pessoas se tornou indispensável. Assim, o departamento pessoal começou a surgir com a responsabilidade de cuidar das rotinas burocráticas relacionadas aos funcionários, como admissões, demissões, registros de ponto, elaboração de folhas de pagamento, entre outros aspectos legais e trabalhistas. Marras (2000, p. 189) observa que o departamento pessoal “tem por objetivo efetivar todos os registros legais e necessários para a administração burocrática exigida pelas práticas administrativas e pelas legislações que regem a relação ‘capital e trabalho’.”
Chiavenato (2014) destaca que o departamento pessoal também é responsável por lidar com as questões previdenciárias e as obrigações fiscais relacionadas à remuneração dos colaboradores, como a elaboração e envio das guias de recolhimento dos impostos.
Além disso, conforme as relações de trabalho foram se complexificando, o departamento pessoal também passou a desempenhar um papel estratégico nas organizações, sendo responsável por promover ações de desenvolvimento e treinamento dos funcionários, administrar benefícios, cuidar da segurança do trabalho, acompanhar a legislação trabalhista e atender às demandas e necessidades dos colaboradores dentro da empresa.
Em suma, o surgimento do departamento pessoal se deu pela necessidade de um órgão específico para lidar com as questões relacionadas aos funcionários, tanto do ponto de vista burocrático quanto estratégico. Hoje, essa área é fundamental para o bom funcionamento das organizações, auxiliando na gestão do capital humano e garantindo o cumprimento das obrigações legais e trabalhistas. Apesar disso, algumas empresas ainda estão resistindo na implantação desse setor em seus negócios, pois consideram outros setores, como por exemplo, comercial e financeiro mais relevantes (Oliveira, 2010).
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