APRESENTAÇÃO DO MODELO GINTEX PARA REDUÇÃO DE CUSTOS E MELHORIA NOS PROCESSOS DE UMA ORGANIZAÇÃO PÚBLICA.
Por: William Velloso Júnior • 6/5/2018 • Artigo • 6.384 Palavras (26 Páginas) • 335 Visualizações
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APRESENTAÇÃO DO MODELO GINTEX PARA REDUÇÃO DE CUSTOS E MELHORIA NOS PROCESSOS DE UMA ORGANIZAÇÃO PÚBLICA.
WILLIAM VELLOSO JÚNIOR
LUIS GUSTAVO BRANDÃO
RESUMO:
O modelo de gestão integrada para excelência (GINTEX) foi desenvolvido por FARIAS NETO (1997) e sua implementação está baseada em dois módulos: o módulo quantitativo de fundamentação e o módulo qualitativo de mobilização, que visam a reunião e a conformidade de conceitos e princípios pertinentes a instrumentos de gestão como: sistema padrão para gestão, modelo de integração de decisões sobre sistemas de operação, planejamento e controle de resultados, planejamento e medição para o desempenho em organizações, gestão baseada em custeio por atividades, modelo de gestão sob integração sistêmica e conceitual, sistema de gestão econômica, teoria das restrições e balanced scorecard de maneira a superar as deficiências e insuficiências identificadas em análise crítica da adequação e aplicação dos enfoques instrumentais de gestão contemplando soluções com a implementação de indicadores efetivos para a mensuração de resultados e valores agregados, adequação da contabilidade de informação gerencial, na relação produtiva entre proprietários e agentes de acordo com a teoria do agente e configuração completa, integrada e consensual para instrumental de gestão.
O módulo qualitativo de mobilização configura-se em comportamentos e atitudes dos gestores e agentes para as decisões de ações expressas por escrito para o planejamento, execução e controle integrados de modo à mensuração do desempenho gerencial. Neste módulo elabora-se programas de gestão efetiva (PGEs), por áreas de responsabilidade (ARs) identificadas, que abrangem as suas correspondentes unidades de gestão (UGs).
O módulo quantitativo de fundamentação configura-se na compilação de dados e informações sobre quantidade e valores de recursos por unidade de gestão (UG) de modo a auxiliar o planejamento, execução e controle integrados destes recursos e sua avaliação no desempenho físico, econômico e financeiro das UGs. O desempenho é avaliado por medidas orçadas/estabelecidas e realizadas de cunho econômico e financeiro.
PALAVRAS-CHAVE: Modelo de gestão integrada para a excelência; Gestão de custos; Controladoria e excelência no serviço público.
1 INTRODUÇÃO
O cenário mundial tem passado por várias transformações, tanto na perspectiva político-econômica, quanto na gestão das organizações, como consequência, as empresas e as organizações públicas se deparam com uma nova realidade, cujos reflexos são invocados pelo mercado, pela concorrência e pelos cidadãos. As organizações não só precisam buscar a flexibilidade em termos de estrutura organizacional, para responderem mais rapidamente às mudanças do mercado, como também deverão antecipar-se às necessidades e demandas da sociedade, procurando surpreendê-los com soluções cada vez mais personalizadas. Desta forma, se faz necessário que o gestor tenha informações relevantes e pertinentes aos custos e aos processos da organização que dirige, de modo que estas se configurem em subsídios para otimizar o desempenho empresarial e do serviço público. Nesse sentido a contabilidade vem auxiliar os gestores.
A contabilidade tem como um dos seus objetivos oferecer informações aos gestores, que possam auxiliá-los na tomada de decisões e que são imprescindíveis para uma boa gestão em um mundo globalizado, de forte concorrência e de necessidade elementar de redução de custos para consequentemente maximizar o lucro no setor privado e atingir a efetividade no setor público.
Para subsidiar estes gestores de informações é que a contabilidade (gerencial, de custos e financeira) e a controladoria vem fornecer relatórios os mais variados de maneira que a gestão possa interferir para a melhoria dos processos, dos custos, dos serviços ofertados e qualidade no atendimento ao cliente.
Martins (2008, p. 21) ressalta que “a contabilidade de custos tem função relevante no auxílio ao controle fornecendo dados para o estabelecimento de padrões, orçamento e outras previsões de modo se possa ter comparabilidade com valores anteriormente definidos”.
Garrison (2007, p. 4) reforça que a contabilidade gerencial fornece informações aos administradores internos e apresenta relatórios com ênfase no desempenho operacional e das pessoas que podem ser comparados os resultados efetivos com os planos e padrões, além de diversos outros relatórios com indicadores de produtividade e finalidades gerenciais.
A controladoria, enquanto ciência com origem em vários ramos do conhecimento, assume que o processo de gestão ideal deve ser estruturado com base na lógica do processo decisório, contemplando as etapas de planejamento, execução e controle.
A relação da contabilidade com a controladoria é preconizada no momento em que há implantação, desenvolvimento, aplicação e coordenação de todos os mecanismos inerentes à ciência contábil, no contexto interorganizacional (PADOVEZE, 2009).
Catelli (2001) destaca que a controladoria como ramo do conhecimento, sustenta-se na teoria da contabilidade e em uma visão multidisciplinar, sendo responsável pelo estabelecimento das bases teóricas e conceituais necessárias para a modelagem, construção e manutenção de sistemas de informações e modelo de gestão econômica, que supram de forma adequada as necessidades informativas dos gestores e os induzam durante o processo de gestão, quando requerido, a tomarem decisões eficazes.
A contabilidade e a controladoria são disciplinas que norteiam a gestão pública fornecendo informações necessárias a melhoria dos processos e a modificação que precisam serem implantadas.
A administração pública vem passando por modificações em sua forma de comando e gestão, deixando de ser centralizada e burocrática e passando para um sistema descentralizado com gestão gerencial de maneira que atenda as demandas da sociedade e para isso utilizando-se de processos e ações que reflitam a eficácia e eficiência dos programas e projetos desenvolvidos. No aprimoramento e desenvolvimento da gestão gerencial na administração pública um sistema integrado de informação é condição primordial. O desenvolvimento de sistemas integrados de informação aliados a modelos gerenciais de gestão e a lei da transparência (Lei 12.527 de 2011) vêm contribuir para a fiscalização e controle dos gastos públicos pela sociedade organizada. Contudo não é só ter acesso as informações destes gastos, mais como estes gastos estão sendo gerados e como mensura-los de forma confiável e segura. A diminuição de retrabalhos, o uso correto dos recursos disponíveis, a redução de gastos, o desenvolvimento das pessoas e a mensuração de indicadores de desempenho são alguns dos benefícios que o modelo GINTEX propõe com sua implantação. Assim o conhecimento desta ferramenta gerencial pode tornar os produtos/serviços oferecidos pelo setor público mais eficiente e efetivo.
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