ATIVIDADE INDIVIDUAL CONTABILIDADE FINANCEIRA - FGV NOTA 10
Por: LucicleideDantas • 16/3/2022 • Trabalho acadêmico • 2.290 Palavras (10 Páginas) • 687 Visualizações
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ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz de atividade individual | |
Disciplina: Contabilidade Financeira | Módulo: |
Aluno: | Turma: |
Tarefa: Demonstrações Contábeis empresa Natura Cosméticos S.A | |
Introdução | |
O objetivo da atividade a seguir, tem por finalidade analisar as demonstrações contábeis (exercícios 2017 e 2018) da empresa Natura Cosméticos S/A. Ao decorrer, será demonstrado a análise horizontal, análise vertical, cálculo da indice de liquidez, estrutura do capital, lucratividade, rentabilidade e a conclusão sobre a situação econômica e financeira da entidade. A Natura Cosméticos S/A, é uma empresa multinacional brasileira de cosméticos, que atua no mercado há mais de 50 anos. Com mais de 100 milhões de consumidores por meio de diversos canais, a principal, são suas consultoras de vendas diretas que contam com cerca de 1,7 milhão de consultoras em alguns países como Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. É o maior grupo do mundo no segmento da beleza. Em 2018 foram criados os grupos: União de Natura, Aesop e The Body Shop. A última e recente aquisição foi a AVON. Devido seu crescimento, a natura tornou-se uma empresa de capital aberto, onde suas demonstrações financeiras tornaram-se obrigatórias. A organização tem o programa de Sustentabilidade, Causas e compromissos e Cadeia de valores. Possui certificações como (B CORP – desenvolvimento sustentável mundial, Programa Leaping Bunny - programa legal que apresentam padrões livre de crueldade que vão além dos requisitos legais e UEBT que são os ingredientes naturais com respeito as pessoas, floresta e biodiversidade). | |
Análise horizontal | |
O objetivo da análise horizontal, é observar o comportamento de cada conta em relação a dois ou mais períodos. Se houve queda ou aumento. Na análise horizontal é possível identificar o comportamento dos diversos itens do patrimônio e principalmente dos índices, permitindo melhor análise de tendência. [pic 3] [pic 4]
Na empresa Natura S.A, com base no balanço patrimonial, houve um aumento no ativo total de 5,83%. Já no ativo circulante pode-se observar que houve uma redução de 19,48%. Comparando os exercícios, a conta de aplicações financeiras também apresenta redução de 52,57%. A conta de clientes teve um aumento de 22,01% e tributos a recuperar com 41,40%. Na conta de realizável a longo prazo dentro do ativo não circulante teve um aumento de 124,54%, com essa informação pode-se concluir que os direitos de recebimentos são superiores a 12 meses. No passivo circulante, também houve redução 48,76%, a conta de empréstimos e financiamentos no ativo circulante pode-se entender que os compromissos a curto prazo foram liquidados, porem as obrigações trabalhistas aumentaram em 56,97%, a conta de empréstimos e financiamentos 68,61% e dividendos declarados 24,14% diminuíram. O passivo não circulante teve um aumento de 39% e os empréstimos e financiamentos aumentaram em 43,55%. Esse aumento melhora o passivo não circulante mesmo não havendo aumento do capital. O grupo do patrimônio líquido teve aumento 57,46%. E suas principais contas relevantes foram a de ajuste patrimonial (marcas, patentes, etc.) com crescimento em 822,75% e as reservas de capital em 111,49%. [pic 5] Baseando-se na Demonstração de resultado, observa-se que nas receitas líquidas houve aumento 7,96% e uma redução em seu lucro líquido de 18,18%. Pode-se observar que a empresa no exercício de 2017 teve receita operacional e em 2018 teve despesa operacional reduzidos para 237,89%, aumentado as despesas operacionais em 12,78% comparando os exercícios. Devido ao aumento nas despesas e receitas operacionais, houve uma redução de 1,52% no resultado antes das receitas e despesas financeiras. Nas receitas financeiras houve um aumento de 329,41% e também um aumento de 169,00% nas despesas financeiras que teve queda na conta de impostos de 29,38% comparando os exercícios. Em imposto de renda e contribuição social, observa-se que não é uma conta de redução de lucro, é uma conta de créditos tributários, pois a conta teve um aumento relevante de 300% que representa o imposto de renda e contribuição social diferido. | |
Análise vertical | |
O objetivo da análise vertical, é analisar em percentual o que representa cada conta ou grupo do ativo e passivo total, evidenciando o que mais influência na formação de lucros e prejuízos. Os valores são analisados verticalmente sendo um exercício por vez. [pic 6] [pic 7] Na análise vertical da Natura S.A, no ano de 2018 houve uma redução de 22,85% comparada ao ano de 2017 com 30,04% no ativo circulante do total. A conta do ativo circulante de um exercício para o outro que chama a atenção pela redução é a de aplicação financeira que em 2017 representava 16,51% e em 2018 7,40%. Pode-se concluir que em 2018 houve um aumento de 77,15% no ativo não circulante comparando com 2017 69,96%, devido ao aumento na conta de investimentos que em 2018 foi 59,68% e em 2017 foi menor com 55,95%. A conta do passivo circulante teve uma grande diferença comparando os anos, onde 2017 foi 40,71% e 2018 19,71%. Analisando os dados, percebe-se que a conta de empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo, representam 29,86% e 41,80% em 2017, 8,86% e 56,70% em 2018. Considerando que em 2017 as dívidas de curto e longo prazo eram equivalentes, em que o passivo não circulante passou a ser representativo em 59,68% comparando com 19,71% no ativo circulante em 2018. [pic 8] De acordo com a Demonstrações de resultado da empresa Natura S.A, o lucro líquido teve uma redução no ano de 2018 comparado com o ano de 2017, de 11,42% para 8,66%, causado pelas receitas e despesas financeiras que teve uma grande diferença entre os exercícios. | |
Cálculo dos índices de liquidez | |
[pic 9] Índices de liquidez imediata – tem a finalidade de avaliar a gestão de fluxo de caixa da empresa. Também conhecida como liquidez instantânea. O índice mede a capacidade financeira de uma empresa de cumprir seus compromissos em curto prazo, contando apenas com seu caixa e banco. Os valores são extraídos do balanço patrimonial, e seus indicadores são estáticos. A empresa apresentou em 2017 o índice de liquidez imediata de $ 0,02 e em 2018 $ 0,04. A cada $ 1,00 do passivo circulante a empresa precisa dispor de $ 0,2 em 2017 e $ 0,04 em 2018 de recursos disponíveis em caixas, bancos para pagar as dívidas a curto prazo. Índices de liquidez corrente – tem a finalidade de indicar a quantidade de recursos que a empresa podera dispor dos recursos de curto prazo como as disponibilidades, aplicações financeiras, clientes e estoques (capital de giro) para pagamento das dívidas circulantes como fornecedores, obrigações sociais e fiscais, empréstimos e financiamento entre outros passivos operacionais. A empresa Natura S.A, apresentou uma liquidez corrente em 2018 de que a cada $ 1,00 no ativo circulante a empresa em 2017 tinha $ 0,74 e em 2018 $ 1,16. Houve um aumento devido à redução relevante do passivo circulante em 2018. Índices de liquidez seca – indica uma medida de avaliação mais rigorosa. De acordo com LIMEIRA (2015:87) – é tratado por muitos especialistas como “teste do ácido”; considerando o capital de giro sem seus estoques para liquidar as dívidas de curto prazo. Comparando o exercício de 2017 com 2018, percebe-se um aumento no passivo circulante, indicando que para cada $ 1,00 a empresa tinha $ 0,69 passando para $ 1,08. O crescimento ocorreu devido a redução do passivo circulante em 2018. Índices de liquidez geral – é um indicador complementar a análise de liquidez. A empresa precisa se preocupar com a liquidez corrente. A discrepância entre as duas liquidez é que a concentração do endividamento está no passivo não circulante. Ter endividamento a longo prazo para a empresa é bom, pois consegue prolongar e negociar taxas de juros mais coerentes para o negócio. O índice da Natura em 2018 foi de $ 0,39, embora esteja abaixo de $ 1,00 pode-se considerar que sua dívida é de longo prazo. | |
Cálculo da estrutura de capital | |
Segundo LIMEIRA (2015:83), Os índices de estrutura de capital avaliam a segurança que a empresa oferece aos capitais de terceiros e revelam sua política de capactação de recursos e de alocação deles nos diversos intens do ativo. [pic 10] Analisando os dados acima da empresa Natura S.A, pode-se concluir que na linha de endividamento geral houve redução no índice de 2018 em 79,39% comparando com 2017 de 86,15%, concluindo que em 2017 foram financiados com capital de terceiros utilizando apenas 13,85% do próprio capital. Já na composição de endividamento, em 2017 foi de 47,25% das dívidas a curto prazo e houve uma queda para 24,83% tornando-a favorável, pois indica que as dívidas ficaram superiores a 12 meses (longo prazo). Na imobilização do patrimônio líquido (capital próprio) em 2017 o índice foi em 476,10% e houve uma queda de 333,07% no exercício de 2018, pode-se concluir que precisa de investimentos de terceiros. Na conta de imobilização de recursos não correntes em 2017 o índice não foi favorável, pois indica que a empresa precisou utilizar além dos financiamentos de terceiros os recursos de curto prazo. Já no ano de 2018 a situação foi mais favorável com o índice de 85,50%. No passivo oneroso sobre o ativo (POSA), a Natura apresentou um passivo oneroso sobre o ativo de 71,66% em 2017 que significa que a empresa está utilizando esse percentual de suas aplicações no ativo e estão financiadas por recursos onerosos de terceiros, é considerado um índice elevado. Já em 2018 o índice teve uma queda 65,56% apesar de ainda estar relevante pois esta composto empréstimos e financiamentos de longo prazo. | |
Cálculo da lucratividade | |
Segundo LIMEIRA (2015:88), os índices de lucratividade tem a finalidade de avaliar as margens auferidas no resultado da empresa, sejam relacionadas ao produto ou a eficiência do negócio. [pic 11] Avaliando o desempenho da Natura S.A podemos notar que as margens brutas foram positivas em ambos os períodos, com uma leve alta de 0,18 % em 2018. Falando da margem operacional, podemos observar que o aumento de 169% das despesas financeiras demonstrado na análise horizontal, teve um grande peso para que uma redução de 11% em 2017 para 7,20% em 2018 fosse apresentada. Já a margem liquida se manteve positiva mesmo com a queda para 8,70 % em 2018 e o giro do ativo de manteve estável. | |
Cálculo da rentabilidade | |
Os índices da rentabilidade tem por objetivo avaliar o desempenho final da empresa, é uma medida de eficácia e reflete o quanto percentual da receita sobra para compor o resultado. [pic 12] Analisando o desempenho final da Natura, podemos ver que a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) diminuiu em 2018 para 21,30 %, resultado não muito satisfatório para os acionistas que viram o retorno sobre o capital investido chegar a 41,0% em 2017. Em 2017 a rentabilidade dos investimentos (ROI) foi de 5,69 % e em 2018 foi de 4,40%. Isso mostra que os investidores irão levar cerca de cinco anos a mais para recuperar o investimento feito na empresa. | |
Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa | |
Comparando os anos de 2017 e 2018 foi possível concluir que a situação financeira e econômica da empresa Natura S.A, embora teve uma queda em seu lucro líquido, houve um crescimento no ativo e na receita líquida de que manteve o resultado líquido ainda positivo, entretanto, a rentabilidade e lucratividade declinaram no período. Observa-se também a grande dependência da empresa no uso de recursos de terceiros, entretanto, os indicadores de liquidez demostraram a capacidade da empresa de honrar seus compromissos. Como mostra o giro do ativo, 50% do capital investido retorna, mostrando que a empresa se preocupa com a rentabilidade e lucratividade do seu negócio. Conclui-se que a Natura S.A, é uma empesa com bases sólidas, em busca sempre de rentabilidade, lucratividade e sustentabilidade para seus acionistas para manter sempre seus objetivos no seu segmento. | |
Referências bibliográficas | |
NATURA S.A – Disponível em: https://www.natura.com.br/a-natura/nossa-historia Acesso em: 28 out.2021 LIMEIRA, André Luis Fernandes et al. Gestão contábil financeira – 2ª edição. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2015. 99p. (Gestão Empresarial). LIMEIRA, André – EclassFGV. Disponível em: https://ls.cursos.fgv.br/d2l/le/content/353875/viewContent/2737277/View Acesso em: 29 out.2021 |
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