ATIVIDADE PRATICA SUPERVISONADA
Por: flaviavictoria • 14/4/2015 • Trabalho acadêmico • 3.975 Palavras (16 Páginas) • 358 Visualizações
Projeto GMD – Arte e Cultura na Comunidade.
Dados Organizacionais:
Histórico e Finalidade da Organização: GESTÃO DE MÍDIAS DIGITAIS
O avanço das mídias digitais, evidente e irreversível, tem sido acompanhado por políticas públicas voltadas à inclusão digital, em especial pela universalização do acesso, com destaque para a instalação de pontos de acesso em escolas, Infocentros e outros postos de atendimento à população.
Frente ao crescimento dessa infra-estrutura e das possibilidades de uso das novas mídias digitais, torna-se cada vez mais importante investir na capacitação dos gestores. Além da capacitação básica, que já vem sendo oferecida (por exemplo via programas em que a FUSP já participa, com a contribuição da Escola do Futuro da USP), ganham relevo propostas inovadoras como a auto-organização de comunidades de práticas e a formação de redes entre gestores, lideranças comunitárias e especialistas em mídias digitais, em especial nas suas aplicações de natureza social e cultural.
O conceito de gestão desdobra-se em vários níveis: da gestão operacional de hardware e software à gestão do conhecimento que circula e se desenvolve pela rede, passando por novas formas de gestão financeira, gestão participativa e de gestão de identidades, culturas e comunidades.
O desafio maior é o da formação de gestores que sejam capazes de integrar essas múltiplas dimensões de uma gestão criativa e empreendedora, com ênfase em valores como a autonomia, a interatividade e o fomento à vida em comunidade.
Esse é eixo do programa Gestão de Mídias Digitais, que a FUSP oferece com a contribuição da Cidade do Conhecimento, projeto desenvolvido pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo sob a forma de uma rede cooperativa em que participam os principais laboratórios e núcleos de pesquisa da USP voltados ao desenvolvimento de mídias digitais (Escola do Futuro, LARC e LSI na Escola Politécnica, técnicos da Fundação Vanzolini, pesquisadores do Instituto de Matemática e Estatística e outros professores, alunos de graduação e pós-graduação de várias unidades como a Escola de Comunicações e Artes e a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). Voltado para o profissional que tenha pelo menos o nível médio, atuando nos pontos de acesso à rede mundial que caracterizam a infra-estrutura do Programa Acessa São Paulo (a critério da Secretaria de Governo, poderão ser incluídos profissionais e lideranças que atuam não apenas em Infocentros mas também em bibliotecas, escolas públicas, postos de saúde, etc.). O programa Gestão de Mídias Digitais busca um desenvolvimento dos profissionais envolvidos com o uso dessas mídias digitais que sejam capazes de criar novas formas de trabalho e oportunidades de acesso às novas exigências de capacitação típicas da sociedade da informação, em especial conectando as suas comunidades aos canais de educação a distância que estão sendo desenvolvidos na Universidade de São Paulo sob a coordenação do Instituto de Estudos Avançados no projeto Cidade do Conhecimento.
Mais que o conhecimento de um software ou a familiaridade com um computador, o profissional que está diretamente envolvido na manutenção da infra-estrutura pública da sociedade da informação precisa ser ele próprio um elo animador de redes. O programa estará voltado à formação de uma rede em que esses agentes de desenvolvimento formarão uma rede entre si e deles com a Universidade e outros centros de excelência, no Brasil e no exterior, voltada ao uso socialmente virtuoso de novas tecnologias. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), por meio de convênio com a Cidade do Conhecimento, será parte integrante desse programa.
A Cidade do Conhecimento da USP é uma incubadora de redes e, pela capacitação permanente, de animadores de redes de produção de conhecimento e cultura. Essa proposta baseia-se no fato de que existem diversos projetos em curso que se propõem à inclusão digital, mas que falta um espaço que, como a Cidade do Conhecimento da USP, promova de modo permanente e isento o debate e troca de experiências sobre esses projetos e políticas públicas referentes. Ao mesmo tempo em que seja esse mesmo espaço, mediado pela USP, objeto de crítica daquela comunidade.
Objetivos
- Formar gestores capazes de articular demandas e possibilidades das Tecnologias da Informação em sua utilização para fins públicos em centros vinculados ao Programa Acessa São Paulo;
- Potencializar a utilização autônoma dos equipamentos públicos de Tecnologia da Informação pelas comunidades;
- Criar conexões/projetos/atividades entre os gestores desses equipamentos, suas comunidades de origem e a Cidade da USP (incluindo o IPT), assim como com os centros de pesquisa e excelência em usos sociais de tecnologias de informação e comunicação no país e no exterior, por meio da rede Global Design Studio, articulada pelo Massachussets Institute of Technology (MIT), entre outras instituições;
- Preparar os gestores para atuar em rede buscando permanentemente a formulação de projetos e atividades que reflitam as necessidades e oportunidades das comunidades em que estão envolvidos, atendendo a princípios de qualidade na gestão e na prestação de serviços assim como a padrões tecnológicos sustentáveis do ponto de vista de sua manutenção e da perspectiva da disseminação do conhecimento e das competências de uso no seio das comunidades envolvidas.
Metodologia
Os conteúdos do programa Gestão de Mídias Digitais serão desenvolvidos de forma cooperativa entre os gestores dos núcleos do Programa Acessa São Paulo, lideranças locais e os principais centros de pesquisa, laboratórios, núcleos e unidades de ensino da USP e do IPT que já acumulam experiências avançadas de produção de conhecimento sobre tecnologias de informação e comunicação (entre os parceiros já contatados estão o CCE, CCS, CECAE, LSI, LARC, IME, NC2, ECA, FEA, FFLCH, POLI, FE, CenDoTec, Escola do Futuro, Fundação Vanzolini, KNOMA).
Também participam como convidadas nesse programa entidades externas à USP como CDI, Movadi, SENAC, ANDI, AmchamED, RITS, Projeto Aprendiz e empresas com atuação de destaque na produção de conteúdos para novas mídias como O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Valor, Gazeta Mercantil, Revista Exame, TV Cultura e outras empresas que atuam em áreas de vídeo, áudio e mídias digitais. Haverá um espaço permanente de mobilização de outras entidades, empresas e órgãos de governo interessados em aderir à rede.
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