Atividade de Governança Corporativa
Por: Carol Floripa • 15/11/2017 • Trabalho acadêmico • 759 Palavras (4 Páginas) • 292 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
As organizações empresariais modernas têm sido marcadas nos últimos anos por operações cada vez mais complexas em âmbito administrativo, financeiro e operacional, exigindo cada vez mais uma maior capacidade de gestão.
A captação de recursos de capital mostra-se uma operação desafiadora frente a um mercado mais sensível e seletivo. Segundo Nyamaia e Tiburcio (2008), está ocorrendo uma crescente profissionalização do mercado e de seus agentes, surgindo portanto a necessidade de maior qualidade nas informações dirigida e estes usuários.
O investidor moderno busca maior transparência quanto as práticas administrativas das companhias e as corporações utilizam a transparência de suas boas práticas como instrumento de aproximação e estreitamento de relação com seus investidores e potenciais investidores.
Neste sentido, como as empresas têm se comportado quanto a adoção e divulgação de suas boas práticas de Governança Corporativa (GC)?
O objetivo desta pesquisa, portanto é descrever como uma empresa aderente a este modelo trata e é vista em relação as suas práticas de GC.
Será analisado o conjunto de informações publicadas pela empresa BRF S.A, designada de forma aleatória, sendo estes as demonstrações financeiras, relatórios de administração e portal Web Site da empresa. Busca-se com este método descrever informações obtidas que demostrem a divulgação de suas políticas de governança.
Serão abordados neste trabalho conceitos de GC, breve descrição da empresa designada, resultados da pesquisa documental e conclusões que se possa inferir acerca dos resultados.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO VANTAGEM COMPETITIVA
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), as companhias passam por uma readequação em sua estrutura de controle provenientes da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. Temos hoje a figura do acionista que não participa diretamente nas decisões da empresa. Ainda segundo o IBGC, os debates sobre GC surgiu a partir de conflitos de interesses entre sócios e executivos.
Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum (IBGC)
Os níveis de GC, transparência e responsabilidade empresarial tem sido cada vez mais discutidos entre os diversos agentes de uma companhia, em especial os investidores que utilizam esses indicadores como evidência redutora de riscos. Em relação a transparência, cita Niymaia e Tiburcio (2008) que, “quando o nível de detalhamento não é considerado suficiente para o financiador, ele tende a considerar o investimento como maior risco”.
Podemos inferir com isso que quanto maior for o nível de transparência relativo às práticas de governança e demonstrações financeiras (DF’s), maior credibilidade terá a empresa frente aos investidores, sendo, portanto uma vantagem no competitivo mercado de capitais.
A empresa que opta por negociar ações na BM&FBovespa, está sujeita ao enquadramento em uma das classificações que medem o nível de adoção as boas práticas de GC. Os segmentos especiais de listagem da BM&FBOVESPA são Bovespa Mais, Bovespa Mais Nível 2, Novo Mercado, Nível 2 e Nível 1. Cada segmento observa um conjunto de práticas e regras rígidas de GC, que vão além das exigidas pela Lei 6.404/76 que regula as atividades das Sociedades Anônimas.
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