Centro Universitário Das Américas
Por: Cleisson Antonio • 13/4/2023 • Trabalho acadêmico • 2.917 Palavras (12 Páginas) • 80 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS AMÉRICAS
CLEISSON A. DOS SANTOS SILVA RA: 00310043 FABRÍCIO RODRIGUES DA SILVA RA: 228777 GUILHERME BIZERRA RA: 229222
SARAH DE C. BARRETO ARAUJO RA: 228000
FRAUDES CONTÁBEIS NO AMBIENTE CORPORATIVO: ENRON, WORLDCOM, ARTHUR ANDERSEN E LOJAS AMERICANAS
SÃO PAULO 2023
CLEISSON A. DOS SANTOS SILVA RA: 00310043 FABRÍCIO RODRIGUES DA SILVA RA: 228777 GUILHERME BIZERRA RA: 229222
SARAH DE C. BARRETO ARAUJO RA: 228000
FRAUDES CONTÁBEIS NO AMBIENTE CORPORATIVO: ENRON, WORLDCOM, ARTHUR ANDERSEN E LOJAS AMERICANAS
Trabalho de avaliação da disciplina de Estrutura e Demonstrações Contábeis, do curso de Ciências Contábeis da Faculdade das Américas.
Professor: Rogerio Kita
SÃO PAULO 2023
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO 4
- ENRON 5
- WORLDCOM 7
- ARTHUR ANDERSEN 8
- LOJAS AMERICANAS 9
- ANÁLISE DE COMPARAÇÃO 10
- CONCLUSÃO 12
REFERÊNCIAS 13
INTRODUÇÃO
O mundo corporativo é um ambiente que requer práticas e princípios éticos, lisura e responsabilidade moral dos envolvidos no negócio. Entretanto, ao longo da história, nos deparamos com casos sérios de manipulações de relatórios financeiros com o intuito de enriquecimento ilícito, culminando numa série de consequências graves para todos os stakeholders.
A fraude contábil nada mais é do que um conjunto de manipulações intencionais dos dados financeiros, adulterações e omissões de informações e documentos das empresas, visando reduzir cargas tributárias, maquiar prejuízos, desviar dinheiro, entre outros.
Exemplo disso, temos as empresas Enron Corporation e WorldCom, responsáveis pelos maiores casos de fraude contábil da história entre as corporações. Ambas utilizaram de mecanismos para encobrir seus prejuízos contábeis, adulterando os relatórios financeiros que eram divulgados, ocultando um déficit monetário de bilhões de dólares.
Tais artimanhas deveriam ter sido expostas pela Arthur Andersen, empresa responsável pela auditoria de ambas as companhias, entretanto, ela fez parte da farsa e reembolsou milhões enquanto pôde, até o escândalo vir à tona e destruir a reputação das três entidades, resultando na falência de todas elas, além dos processos judiciais, condenações e prisões que se sucederam.
Atualmente, uma empresa que está sendo investigada por suposta fraude contábil é a Lojas Americanas, uma das maiores varejistas do Brasil, a qual apresentou em janeiro deste ano relatórios destacando um prejuízo que chega a R$ 40 bilhões em dívidas (VITORIA, 2023). Mesmo não tendo a comprovação da fraude, já é possível ver os impactos negativos da exposição do caso, como demissões, fechamento de lojas e a queda das ações da companhia na B3, resultando em prejuízos para seus investidores.
ENRON
Fundada em 1985 por Kenneth Lay e Jeffrey Skilling, a Enron Corporation foi uma empresa do setor de energia e comunicação, a qual, com a mesma velocidade em que atingiu o patamar de sétima maior companhia dos EUA, entrou em declínio e declarou falência após se envolver no maior escândalo de fraude contábil da história (LOPES, 2021).
Vista como uma empresa que empregava um novo modelo empresarial, a Enron se destacou pela sua incomparável rentabilidade e a segurança transmitida pelos seus CEO‟s. Mesmo em períodos de crise petrolífera, a companhia parecia estar blindada e, enquanto outras empresas tinham seus lucros reduzidos, a Enron não parava de crescer.
Adepta da contabilização por marcação de mercado, registrava em seus balanços financeiros projeções de rendimentos futuros de contratos recém-assinados e de projetos que só trariam lucro anos depois como se fossem entradas atuais, contabilizando indevidamente ganhos imaginários.
Com sua popularidade e sua ascensão financeira, se tornou uma das empresas mais valorizadas na Bolsa de Valores americana, fazendo com que muitas pessoas investissem tudo em suas ações.
Em 2001, seus parceiros passaram a suspeitar que a lucratividade que a Enron publicava, na verdade, se tratava de prejuízos. Internamente, o CFO Andrew „Andy‟ Fastow, os dois CEO‟s Kenneth e Jeffrey e o vice-presidente John Clifford embolsavam milhões com a venda de suas ações, acreditando que levariam anos até a descoberta da fraude. O que eles não esperavam, era que demoraria somente alguns meses para tudo ruir e vir à tona.
Quando perceberam que estavam próximos de serem descobertos, a empresa Arthur Andersen, responsável pela auditoria da Enron e uma das mais famosas empresas deste segmento, destruiu toneladas de documentos a fim de ocultar as provas da fraude contábil. No fim, foi condenada por obstrução de justiça e, com sua reputação destruída, declarou falência anos depois.
Conforme Carvalho (2011), seus altos executivos também foram condenados pela justiça, sendo:
- Kennety Lay (CEO): indiciado por conspiração de fraude, faleceu antes que sua sentença saísse;
- Jeffrey Skilling (CEO): indiciado por se aproveitar de informações corporativas e conspiração envolvendo fraude a investidores.
Alegou inocência, porém foi condenado a 24 anos de prisão, sendo solto após 12 anos de pena.
- Andy Fastow (CFO): declarou-se culpado por conspiração em cometer fraude e para reduzir sua sentença, aceitou depor contra os demais executivos, sendo condenado a dez anos de prisão.
- John Clifford (Vice-Presidente): cometeu suicídio logo após a fraude contábil ser exposta na mídia.
Infelizmente, muitas pessoas foram afetadas com a queda da Enron e da Arthur Andersen. Mais de 20 mil pessoas perderam seus empregos e outras incontáveis perderam tudo com a queda das ações (LOPES, 2021).
WORLDCOM
A WorldCom foi uma empresa de telecomunicações fundada em 1983 por Bernard Ebbers e tinha como objetivo se tornar uma das principais deste setor no mundo. Em 2002 se envolveu em um escândalo de fraude contábil, o qual foi considerado um dos maiores da história corporativa. O prejuízo levou a companhia à falência e causou uma perda significativa para os investidores e acionistas.
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