Contabilidade internacional

Introdução

O presente trabalho tem por objetivo, descrever as normas internacionais contábeis, de forma a evidenciar as principais práticas sugeridas pelas IAS 1, 2 e 38, que tratam das apresentações financeira, estoque e ativos intangíveis.

Os desafios para os contadores frente a contabilidade internacional são assimilar conceitos totalmente novos, passando por uma mudança cultural, conhecer os aspectos fiscais e tributários. O contador tem o desafio de correr contra o tempo para poder se atualizar a todas as mudanças e as normas internacionais, além de se atualizar quanto aos softwares contábeis. Já os desafio para as empresas são mais complexos, pois estão ligados a mudanças em instrumentos financeiros, como derivativos e contratos de câmbio. Os ativos financeiros passam a serem avaliados periodicamente, os ativos imobilizados passam por uma avaliação de depreciação anualmente, isto se chama “custo atribuído”. As empresas além de depreciar o bem, precisa amortizar pelo prazo da concessão e fazer teste para avaliar o valor do bem.

Cada país tem padrões e práticas diferentes substancialmente, a essas principais diferenças estão relacionadas a fatores econômicos e culturais, linguagem, educação, inflação, diferenças entre sistemas legais, cultura contábil, cultura de auditoria e regulatória.

Segundo Nobes a variação pode ocorrer não somente entre países como também dentro de um mesmo país. O mesmo ainda listou dezessete razões principais para as diferenças entre modelos contábeis: a natureza da propriedade dos negócios, o sistema financeiro, a herança colonial, a idade e o tamanho das empresas de serviços contábeis, as invasões, a tributação, o nível educacional, o desenvolvimento econômico, sistema jurídico-legal, cultura, história, geografia, língua, influência da teoria, sistemas políticos, clima social, religião e acidentes.

Dentro dessas normas internacionais contábil vamos citar algumas:

IAS 1

A IAS 1 é uma das normas internacionais que determina as bases de apresentação de determinadas apresentações contábeis, sendo comparado de um ano para o outro e de outras entidades.

Os demonstrativos contábeis obrigatórios pelas IAS 1 são: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração Do Resultado Abrangente, Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração Do Fluxo de Caixa e Notas Explicativas. Essas demonstrações devem ser elaborados e divulgados pelo menos uma vez ao ano, incluindo a informação comparativa do ano anterior, devem ser preparados com bases em princípios da continuidade, regime de competência, com exceção da demonstração do fluxo de caixa, deverão conter o nome da entidade, nível de arredondamento dos valores, moedas das demonstrações, período coberto pelas demonstrações e se são individuais ou consolidadas.

Para elaboração do Balanço Patrimonial(BL), a norma prevê que seja apresentado tanto o ativo quanto o passivo em correntes e não correntes, por liquidez e por classificação mista.

Para ser classificado como ativo corrente deverá ser realizado, vendido ou consumido dentro do ciclo operacional, com propósito inicial de ser negociado, ser realizado dentro de 12 meses após a data do balanço, caixa e equivalentes também são correntes, se não apresentarem nenhum desses critérios será classificado como ativo não corrente, como por exemplo: intangíveis, impostos diferidos, ativos financeiros.

No passivo corrente é considerado o que for quitado dentro do ciclo, tem prazo de vencimento de 12 meses, não obedecendo essas regras será classificado como passivo não corrente, exemplo: empréstimos, financiamentos.

Portanto o PL apresentará a nomenclatura: Ativo: Ativo corrente e ativo não corrente, Patrimônio Líquido, Passivo corrente e passivo não corrente.

Para a elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício deverá incluir: receitas, resultados de atividades resultantes, custos financeiros, lucros e prejuízos de associados e fusões contabilizadas pelo método de equivalência, gastos tributários, lucro ou prejuízo de atividade normal, itens extraordinários, participação dos acionistas não controladores, lucro líquido ou prejuízo para o período.

Para a elaboração da Demonstração do Resultado Abrangente deverá apresentar o resultado líquido do período, assim como resultados futuros ajustados no PL, decorrentes de transações que ainda não se realizaram financeiramente.

Para elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é necessário o resultado abrangente do período, separando em controladores ou não controladores, cada item de receita de despesa do período seja reconhecido diretamente no capital próprio, receita e despesas total do período.

Para elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa é necessário evidenciar as variações do saldo de caixa e equivalentes de caixa de um período, podendo ser elaborado pelo método direto ou indireto.

Nas notas explicativas a IAS 1 determina que algumas diretrizes de evidenciação. Essas diretrizes de evidenciação determina que usuários devem ser informados sobre as bases de mensuração e sobre as políticas contábeis usadas na elaboração das demonstrações contábeis, além de ser evidenciadas as principais fontes de incertezas das estimativas na avaliação de ativos e passivos.

IAS 2- Estoques

O objetivo desta norma é prescrever o tratamento contábil para os estoques, fornecer uma orientação sobre a determinação de custos e seu reconhecimento subsequente como uma despesa e orientar sobre os métodos de custos que são usados para atribuir custos aos estoques.

Os estoque devem ser mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor liquido realizável. Onde o valor líquido realizável é o preço de venda menos o custo estimado de conclusão e os custos estimados necessário para efetuar a venda.