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Exercicio custos abc

Por:   •  25/11/2015  •  Artigo  •  5.599 Palavras (23 Páginas)  •  536 Visualizações

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ABC e TDABC

ABC (Activity-based costing

O aumento da competitividade no ambiente empresarial tem sido um aspecto determinante na gestão das empresas nas últimas décadas. Nesse contexto, a elevação contínua dos níveis de dinamismo e a incerteza do mercado refletem uma hostilidade ambiental crescente, ameaçando a longevidade de muitas empresas. Os dados de custos são usados para desenvolver estratégias, a fim de se obter uma vantagem competitiva. Contudo, a qualidade das informações de custos depende diretamente do método de custeio utilizado por gerá-las.

De acordo com autores com vários autores, o custeio baseado em atividades (ABC) é considerado o método de custeio adequado para dar suporte ao processo decisório gerencial e destacam que pode ser considerado uma das mais importantes inovações da contabilidade gerencial nas últimas décadas.

Uma das principais diferenças entre os sistemas de custeio baseados nas atividades e os sistemas de custeio tradicionais é o uso de geradores de custo não unitários para atribuir custos de recursos a produtos e clientes. A crença fundamental é que o custo é causado e as causas podem ser gerenciadas. Quanto mais perto se chega de relacionar os custos às suas causas, mais úteis serão as informações para orientar as decisões gerenciais da empresa. O ABC busca organizar as informações de custos por atividades, permitindo análises de médio e longo prazos e promovendo o aperfeiçoamento da empresa através do gerenciamento das atividades.

O objetivo principal do ABC é alocar custos que reflitam ou espelhem a dinâmica física da empresa. Fase muito utilizada: os recursos da empresa são consumidos na condução de atividades e estas são executadas em virtude dos serviços ou produtos KAPLAN; COOPER,

1998).

Apesar do método ABC apresentar-se como um sistema de custeio mais acurado, ele contém algumas limitações. Estas limitações são referentes a aquelas atividades que não se associam a qualquer objeto de custo.

Principal instrumento: as atividades (realizado pelas pessoas nas suas tarefas). Uma atividade descreve o que uma empresa faz, a forma de como o tempo é gasto e os produtos usados nesse processo. Principal objetivo das atividades: converter recursos em produtos e serviços. Atividade descreve basicamente a maneira como uma empresa utiliza seu tempo e recursos para cumprir sua missão, objetivos e metas.

- Direcionadores de custos representam os fatores que fazem com que as atividades sejam realizadas, pois orientam e gerenciam as atividades, tarefas e processos envolvidos nos diversos setores de uma obra, identificando a forma como as atividades consomem os recursos e a maneira como os produtos envolvem atividades e seu respectivo custeio. A relação que existe entre as atividades e os produtos do processo. Encontrar os direcionadores de custos implica na verdade ressaltar a relação causa-efeito-custo. São fatores que geram ou influenciam o nível dos gastos de uma atividade ou de um objeto de custeio. Por esse motivo, direcionadores de custos são, também, instrumentos de rastreamento e de quantificação dos gastos de atividades e dos objetos que se deseje custear.

-Os processos são compostos por atividades que não necessariamente sejam desempenhados dentro de um mesmo departamento, por isso são interdepartamentais. Enfoca o gerenciamento do trabalho e não a estrutura organizacional. Identifica os principais elementos do trabalho que os funcionários precisam executar para que a empresa funcione. Uma rede de atividades interligadas pelos produtos (outputs) que elas trocam entre si. Se uma atividade gera um produto (que pode ser um bem, um serviço, uma informação, etc) que é utilizado como ponto de partida por uma outra atividade subsequente, podemos dizer que elas constituem um processo, O processo de negócio pode ser definido como um conjunto de atividades estruturadas e inter-relacionadas que produzem um resultado de valor para o cliente.

Não basta apenas produzir um resultado qualquer; é preciso produzir um resultado que adicione valor para o cliente (CHING, 1997).

-o ABC tem sido relativamente pouco implementado e utilizado pelas empresas, ainda que seja mais vantajoso sobre outros métodos.

Dentre as usuais limitações que dificultam a implementação e a operacionalização do ABC nas empresas, destacam-se os elevados custos de implementação e manutenção, além da complexidade inerente a essa metodologia (SOUZA et al.,

2008).

-O primeiro benefício inerente ao sistema ABC é o desenvolvimento de uma nova forma de alocar os custos indiretos, em alternativa a métodos de rateio arbitrários. Desse modo, ele permite a determinação desses custos indiretos cabíveis a cada produto, distribuindo uma parte das despesas gerais aos mesmos, de acordo com a proporção de atividade que cada produto demande. O mérito do ABC está em possibilitar uma apropriação mais precisa dos gastos indiretos aos produtos, o que proporciona melhor controle desses gastos.

-O ABC consiste num instrumento poderoso de que dispõem os gestores, ao permitir a compreensão das causas dos custos, que denotam o esforço financeiro da companhia para operar seus processos. O ABC, como instrumento à tomada de decisão, auxilia as empresas a reduzirem desperdícios e melhorar os serviços, tendo em vista um aperfeiçoamento contínuo da gestão dos custos.

-O sistema ABC, apesar de sua relevante contribuição à contabilidade de custos, passado algum tempo, foi percebido, como um método lento e pesado, devido à excessiva quantidade de informações a serem levantadas e a consequente dificuldade de atualização ou adaptação às mudanças. Entre as restrições que o ABC enfrenta, são elencadas: levantamento, armazenamento e processamento dispendiosos; demora no levantamento e implementação do método; estimativas individuais subjetivas sobre a quantidade e proporção de tempo relativos às diferentes atividades, colocando em dúvida a exatidão das alocações dos custos.

-O método ABC acaba por fornecer taxas de atividades aos direcionadores não condizentes com o que efetivamente ocorre, além de levar em conta o uso pleno de recursos. Esse período de ociosidade é, via de regra, ignorado no ABC, o que talvez não acarrete mudanças substanciais na apuração dos custos em pequenas empresas, mas que em organizações de grande porte pode prejudicar inúmeros aspectos na tomada de decisões.

TDABC (Time-driven ABC)

-No intuito de superar algumas limitações apresentadas pelo ABC, Kaplan e Anderson (2004) desenvolveram o Time-driven ABC (TDABC), uma nova abordagem a esse método de custeio. O tempo passa a ser o principal direcionador utilizado para a alocação de custos às atividades. Essa nova abordagem traz consigo uma série de benefícios, além de suprimir as principais limitações existentes na metodologia tradicional do ABC e incluir diversos novos conceitos, tais como as time-equations.

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