Finanças comportamentais: Como a psicologia e finanças se misturam para explicar o comportamento do investidor?
Por: Thairine Oliveira Luiz • 20/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.483 Palavras (6 Páginas) • 143 Visualizações
Introdução
Neste trabalho falaremos sobre como a psicologia e finanças se misturam para explicar o comportamento do investidor.
Os teóricos sugerem que a psicologia pode ajudar a compreender o mercado financeiro e fornecer os melhores insights na hora de investir.
O objetivo deste trabalho é apresentar as finanças comportamentais, que é um método novo de estudo. E como ela procura combinar a teoria psicológica comportamental e cognitiva com economia e finanças convencionais para fornecer explicações de porque as pessoas tomam decisões financeiras irracionais.
Será apontado no estudo a seguir os importantes teóricos que contribuíram para o desenvolvimento das pesquisas nas finanças comportamentais.
Que a Teoria do prospecto estabelece uma das principais ferramentas das finanças comportamentais.
E como o comportamento humano é influenciado por diversos aspectos psicológicos que podem distorcer a identificação e a percepção dos fatos. Serão apresentados alguns aspectos comportamentais que podem afetar o processo de tomada de decisão e os possíveis impactos em investimentos financeiros.
Mostraremos como é feita a análise do perfil do investidor e que tem um órgão responsável por regulamentar o mercado de investimento com o intuito de proteger o investidor.
E também uma das abordagens mais aceitas para a caracterização dos atributos de personalidade que é a do Big Five.
Finanças comportamentais
As finanças comportamentais é um campo de estudo que mistura a psicologia com a economia. Para os investidores que estão curiosos sobre como as emoções conduzem os preços das ações, finanças comportamentais oferece algumas descrições e explicações interessantes.
A ideia é analisar as razões que levam as pessoas a tomarem decisão de gastar o seu dinheiro. Isso é analisado através das teorias psicológicas cognitivas e comportamentais no ambiente econômico e pessoal.
Estudiosos de finanças comportamentais explicam que, ao invés de serem um desvio, o comportamento irracional é bem comum.
Teóricos das finanças comportamentais
Daniel Kahneman e Amos Tversky são considerados os pais da economia e finanças comportamentais.
Concentraram seus estudos e pesquisas em vieses cognitivos e Heurísticas que seriam distorções, ou atalhos mentais para a tomada de decisão em investimentos irracionais. Em continuidade criaram a Teoria do prospecto que como ferramenta para tomada de decisão em situações que envolvam incerteza e risco.
Richard Thaler que começou a estudar as teorias de Kahneman e Tversky, e passou a colaborar para e evolução deste campo misturando economia e finanças com a psicologia para apresentar conceitos, tais como contabilidade mental, o efeito de dotação e outros pré-conceitos.
Dan Ariely professor de psicologia e autor do livro Previsivelmente Irracional, explica como nossas emoções, expectativas, normas sociais e outros que parecem sem razão, desviam nossa habilidade de raciocínio.
Teoria do Prospecto
A teoria do prospecto proposta por Kahneman e Tversky, estabelece uma das principais ferramentas das finanças comportamentais. Ela permite identificar a influência das ilusões cognitivas no processo da tomada de decisão. E apontam que os indivíduos costumam a dar um peso maior a ganhos que são considerados certos, títulos públicos e CDBs, comparado aos que são prováveis, como as ações na bolsa de valores.
A partir desta teoria conseguimos identificar que as pessoas são avessas ao risco sobre ganhos e dispostos ao risco sobre perdas.
Heurísticas e viesses comportamentais
Finanças comportamentais estuda diferentes heurísticas e vieses cognitivos que os seres humanos possuem.
De acordo com Kahneman e Tversky o processo de heurísticas foi criado pelo homem para simplificar a tomada de decisão em ambientes incertos. Induz a viesses e erros na hora de suas escolhas.
Estas distorções, ou atalhos mentais, apesar de terem o seu lugar e propósito na natureza, levam a decisões de investimento irracionais.
Heurísticas são como atalhos de pensamento que o cérebro usa para identificar e interpretar rapidamente padrões no ambiente e guiar as ações.
Heurística da Representatividade: tomada de decisões com base na semelhança com que as informações vêm à mente.
Heurística da Disponibilidade: tomada de decisões com base na frequência de dados segundo a facilidade com que vêm à mente.
Heurística de Ancoragem e Ajustamento: tendência de modificar o julgamento inicial de forma que este se ajuste às novas informações porventura recebidas.
Vieses cognitivos são distorções de raciocínio, causadas pelo uso de heurísticas ao invés de análises mais profundas. São fruto de uma resposta incompleta, que não permite que a decisão tomada seja ótima e racional.
A seguir seguem alguns vieses de maior concorrência estudadas e discutidas com mais detalhes:
Autoconfiança excessiva – A autoconfiança é uma segurança que a pessoa possui em relação a sua capacidade. O excesso de autoconfiança pode prejudicar os resultados financeiros desejados pelos investidores. E esse excesso é exercido mais pelos homens, onde presença masculina é maior. Uma questão de competitividade.
Efeito halo - é um dos vieses cognitivos mais clássicos da psicologia, e que podemos observar com frequência em nosso cotidiano. Consiste na generalização equivocada, onde o ser humano constrói narrativas utilizando apenas fatos observados.
É comum ver os analistas da bolsa fazendo previsões de ações baseado através do seu passado, por exemplo, a empresa petrolífera OGXP3 de Eike Batísta quando a cotação estava por volta de 23 reais o líder e a empresa eram vistos como magistrados, quando a empresa começou a despencar o Eike Batista foi visto como péssimo. Isso mostra como é irresponsável a atitude do analista e investidor de que se basear pelos fatos passados observados da empresa.
Influencia social – Toda a interação que ocorrem entre pessoas ocorre a influência social. A atitude de
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