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O Dilema moral sob investigação ética

Por:   •  8/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  787 Palavras (4 Páginas)  •  428 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

DISCIPLINA: ÉTICA (UCS0103)

ACADÊMICA: CINARA CAMANA

Trabalho sobre análise de um Dilema Moral (A ação afirmativa em questão) desenvolvido durante as aulas 4 e 5

  1. Colocação do problema: dilema moral sob investigação ética.

O texto analisado “A ação afirmativa em questão” onde são  consideradas cotas para candidatos de raça e etnia na entrada à Universidade, assim tirando de uma certa forma a vaga, de quem com esforço e dedicação, teria direito. Cherryl Hopwood, uma estudante que não foi admitida à universidade, desafiou a ação afirmativa nos tribunais, onde a partir daí levamos em consideração para as análises as duas formas de perspectiva.

A expectativa Utilitarista, onde temos vontades e desejos e precisamos considerá-los para sermos felizes, mas que não podemos simplesmente satisfazer essas nossas necessidades temos que atingir o maior número de pessoas em serem felizes, não podendo beneficiar pessoas próximas como familiares e amigos.

Por outro lado a  perspectiva Universalista  não se preocupa com a consequência das escolhas, que trabalha com o imperativo categórico, onde o sujeito age de tal forma que a ação se transforma em uma lei universal e o agir sem inclinações, que toda a ação realizada visando algum interesse não é ética. Somente será ética a ação sem querer algo em troca.

A situação problema torna-se moral a partir do momento que passamos a nos preocupar com o agir das pessoas, onde nos preocupamos com o comportamento humano na sociedade.

  1. Primeira etapa de investigação: apresentação da teoria e dos argumentos da posição assumida pelo grupo.

Ao ler os textos e levando em consideração a ética de Kant, as cotas raciais universitárias e para o mercado de trabalho seriam injustas. A ética Kantiana centra-se no dever e na racionalidade. É uma ética formal, que não se baseia na busca da felicidade, antes na realização da lei moral, o valor das ações incide em agir pelo puro dever, agir sem motivação e agir de tal forma que a ação se transforme em uma lei universal onde todos devem aprovar nossas ações.

Kant diz em sua ideia original que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos, no seu pensamento, sobre a questão de cotas ele seria "contra", pois não deveria haver uma desigualdade entre pessoas de cunho social econômico. Portanto entende-se que o ato de favorecer os menos favorecidos é considerado agir por emoção, portanto não se enquadra na ética kantiana.

  1. Segunda etapa de investigação: apresentação da teoria e dos argumentos contrários à posição defendida pelo grupo.

Kant ressalta, se quisermos ser objetivos, temos que agir, não segundo os fins, mas segundo princípios universais. Princípios universais e não regras circunstanciais.

Ao voltar a mencionar as cotas, todos somos iguais perante a lei, sem distinções de qualquer natureza, garantindo a liberdade, a igualdade, segurança porém esquecem de considerar que não vivemos em um planeta utópico . O estado por sua vez cria o sistema de cotas universitárias buscando integrar as pessoas menos favorecidas no cotidiano universitário assim de certa forma igualando as raças e assim penando em um futuro onde  o preconceito deixe de existir, porém se analisadas  as cotas são de certa forma uma discriminação onde nos afasta ainda mais e sim dando uma desigualdade .

d. Conclusão: refutar os argumentos contrários e confirmar a posição teórica assumida.

Diante as leituras realizadas percebe-se que a ética de Kant centra-se no dever e na racionalidade. É uma ética formal, que não se baseia na busca da felicidade, antes na realização da lei moral. Kant diz ainda em sua ideia original que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos, no seu pensamento a questão das cotas seriam injusto por desiguala, difere as pessoas.

Já  no utilitarismo é voltada ao mundo social. A ação certa sempre busca promoção de felicidade para o maior numero de pessoas em uma ação possível, sendo indiferente se essas pessoas são próximas suas ou não. Também se sua felicidade for o oposto da felicidade dos outros, à medida que deves tomar é a que trará a felicidade ao maior número de pessoas possíveis, mesmo que traga sua infelicidade. Do mesmo modo, Stuart Mill, complementa que além da Quantidade de Felicidade há a Qualidade de Felicidade, sendo prazeres inferiores como prazeres físicos e prazeres superiores como prazeres do intelecto. Ele valoriza muito mais os prazeres superiores, que são mais difíceis de serem adquiridos.

O princípio da utilidade é critério do valor moral de um ato, uma ação que traz felicidade é aquela que maximiza o beneficio e reduz a dor e o sofrimento.Em um ponto de vista ético, quanto maior o grupo de pessoas beneficiadas com uma ação que terá como consequência final a felicidade para todos, mais valor terá.

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