O Processo de Socialização Organizacional
Por: Angélica Bordin • 25/6/2020 • Trabalho acadêmico • 1.073 Palavras (5 Páginas) • 254 Visualizações
O Processo de Socialização Organizacional
As diversas mudanças ocorridas nas organizações, resultado da competitividade no ambiente empresarial exige uma nova postura das empresas. E essa transformação está ligada diretamente na cultura organizacional, que muitas vezes mostra-se resistente a novos conceitos.
Para trabalhar esse assunto, não basta identificar a cultura organizacional e sua influência, é preciso saber como ela é transmitida e compreendida pelos membros da organização, salientando que trata-se de um processo contínuo na vida profissional e que evolui, possibilitando o individuo permanecer inserido na organização, através desse processo a pessoa aprende valores, normas e comportamentos. E se ocorrer falhas nesse processo, o empregado fica sujeito à rejeição, conformidade, aumenta o custo da rotatividade e absenteísmo de pessoal.
Nos dias atuais, as empresas buscam um tipo multi/criativo que vai agregar aos valores da empresa, mas que ao mesmo tempo mantém-se independente em questões não essenciais, como maneira de mantê-lo confrontado e inovador, passível de rápidas transformações, que o mundo exige. E é nessa visão que os administradores de RH estão voltados.
O processo de socialização ocorre em todas as fases do indivíduo, pois seria absurdo dizer que é em determinada fase, diante de inúmeras mudanças que ocorrem na vida. É fato que na infância tem um peso maior, por envolver família, colegas/escola, amigos e outros fatores por serem experiências iniciais, mas a idade adulta, especialmente em seu trabalho e no contato com meios de comunicação também são importantes.
A sociedade tenta controlar o individuo através da socialização e manter o controle social sobre os comportamentos, mas nem sempre isso é possível, pois a mesma socialização que transmite os aspectos positivos, transmite também os negativos da cultura que fogem do controle, e isso ocorre em todos as esferas sociais.
A socialização é vista como um processo de mão dupla pois durante o processo há transformação tanto do socializado quanto do socializador, porque há uma troca de estímulos. É compreendida como um processo de desenvolvimento de papéis, pois o "papel" é o comportamento esperado de um individuo quando ocupa dada situação social, então ele aprende a desempenhar os vários papéis sociais em sociedade.
Cada participante influência o comportamento de outro, e estão sujeitos à negociação entre eles. A negociação é possível ou necessária em algum momento e é vantagem para o participante ver que a negociação é possível. Pode ocorrer de maneira consciente ou ocorrer e nem ser percebida. A distribuição de poder influência a improvisão de papéis, facilitando o processo. Habilidades e atitudes facilitam o processo de socialização, bem como a aquisição e desempenho de novos papéis. Através da teoria de papéis fica mais claro visualizar o que acontece no processo de socialização, o papel é um conjunto de expectativas a respeito do que alguém deve fazer e que papéis são variáveis e vinculados às características sociais m dado momento.
O sistema de papéis e a distribuição de poder afetam o processo de socialização e influenciam os indivíduos envolvidos. O sistema de papéis refere-se ao status social junto com outros aspectos como resultado do conjunto de interesses sociais com os outros, pois é o conteúdo principal da socialização abrangendo identidades específicas, comportamentos, valores e crenças. Já a distribuição de poder, o individuo cujo status formal envolve a socialização dos demais tem poder sobre os outros, mas estes socializados não são totalmente desprovidos de poder.
Há dois temas considerados críticos nas mudanças contínuas que ocorrem nos papéis, o conflito de papéis com relação ao novo papel. E a descontinuidade de papéis que refere-se a contradição entre o novo e o velho papel. É problemática a situação por confrontar situação traumática e por tornar difícil a tarefa de aprender e se ajustar ao novo. Quanto mais preparado estiver para o novo papel, mais fácil e completo será a transição. E os ritos de passagem minimizam os efeitos negativos da descontinuidade entre os papéis sequenciais e as mudanças de status.
Na ambiguidade de papéis, tanto a teoria clássica como a teoria de papéis tratam do tema. Na teoria clássica, deve haver um conjunto especifico de tarefas ou responsabilidades para nortear o novato e auxiliar no gerenciamento e controle. Se não ele acaba cometendo erros, gerando insatisfações e ansiedade com o seu papel.
A socialização ocupacional é de vital importância, e acompanha a sociedade desde o inicio. O trabalho preenche um conjunto de necessidades do indivíduo. Dão significado para a vida e status para o ocupante, não estar engajado em uma ocupação pode levar a desvalorização pessoal.
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