Relações De Autoridade E Poder Nas Organizações E O Processo De Socialização Organizacional
Ensaios: Relações De Autoridade E Poder Nas Organizações E O Processo De Socialização Organizacional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: adrianoromin • 1/4/2014 • 544 Palavras (3 Páginas) • 654 Visualizações
1 Introdução
Apresentamos, neste artigo, a primeira parte – pesquisa bibliográfica - da pesquisa sobre as
relações entre poder e autoridade e o processo de socialização que ocorre nas organizações,
iniciada em janeiro de 2010. Para sua elaboração, partimos de uma reflexão que vem sendo
apresentada constantemente por cientistas organizacionais (CHANLAT, 1993; KANAANE,
1994; VAN MAANEN, 1996; RODRIGUES, 2004), ou seja, a necessidade de se desenvolver
um comportamento ético e um maior entendimento da natureza humana. Isto porque as
organizações vêm se expandindo e derrubando fronteiras; a tecnologia, se desenvolvendo em
proporções sem precedentes e, paradoxalmente, associada a tudo isso, a qualidade das
relações de trabalho ainda não é satisfatória.
Neste sentido, Rodrigues (2004, p. 110) afirma que “o mais premente desafio que se impõe à
empresa do século XXI é o da responsabilidade corporativa, pois é aí que se muda uma
orientação de curto prazo para uma perspectiva de longo prazo”. Conclui dizendo que o
desenvolvimento de uma relação mais equilibrada entre a organização e seus stakeholders, por
meio de um envolvimento mais efetivo nas decisões, e o controle da excessiva ênfase na
geração de valor financeiro podem ser caminhos para o desenvolvimento de um ambiente
onde haja mais confiança.
Portanto, assim como Kanaane (1994, p. 21), pensamos que “[a]s organizações necessitam
adotar posturas mais flexíveis com relação às concepções sobre poder e influência, o que
implica a adoção de estratégias compatíveis com o envolvimento e o engajamento dos
trabalhadores, possibilitando a valorização do potencial humano”.
Acreditamos, ainda, que o estudo das relações de poder e autoridade associado ao estudo do
processo de socialização organizacional pode contribuir para o desenvolvimento de uma
consciência maior a respeito das relações humanas nas organizações e da dinâmica
organizacional de forma geral. Esta afirmação encontra respaldo em Van Maanen (1996, p.
47), quando afirma que, com o estudo do processo de socialização, podemos despertar “a
consciência sobre o que fazemos às pessoas sob o pretexto de ‘domesticá-las’”. Segundo o
autor, uma maior consciência das conseqüências das estratégias adotadas pode gerar
mudanças que venham a beneficiar tanto o indivíduo quanto a organização.
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