O Projeto Integrador

1. INTRODUÇÃO

O tema abordado nesse sétimo capítulo do livro Safári de Estratégia é a escola do aprendizado, cuja ideia principal é a de que a estratégia da empresa muda de acordo com o problema apresentado versus a capacidade de resolve-lo. Iniciou-se em 1959 com o artigo de Charles Lindblom, em que sugeriu que os políticos lidavam com um mundo muito complexo para seu entendimento, o que corresponde também à administração das empresas.

A escola de aprendizado sugere que formular estratégia é uma fantasia que não demonstra a realidade do contexto empresarial.

2. FORMAÇÃO VERSUS FORMULAÇÃO

Como as estratégias se formam na organização? Segundo a escola de aprendizado, é na descrição e não na prescrição. Segundo Walter Kiechel a implementação das estratégias é a fase em que mais ocorrem erros, pois as estratégias elaboradas geralmente não levam em conta que deverão ser realmente executadas e haverá imprevistos no caminho.

Quando há um redimensionamento importante na estratégia isso muitas vezes acontecia por intermédio de variadas pequenas ações e decisões tomadas por vários tipos de pessoas em qualquer parte da organização, principalmente dos que estão na linha de frente dos processos.

2.1 Incrementalismo desarticulado

No início dos anos 60, Charles Lindblom afirma que a formulação de políticas nasce primeiramente para resolver problemas e não como estratégia, porém estas mudanças nos padrões de comportamento nas operações gera uma cadeia de resultados que transformam os processos de forma contínua e gradual sem que a intervenção de alguma autoridade central seja feita anteriormente ao fato.

2.2 Incrementalismo lógico

Em 1980 James Brian Quinn apresenta a teoria de que a estratégia nasce inicialmente nos setores, mas é o estrategista que as une para a formação da estratégia total da empresa de forma articulada e dirigida para os objetivos. Definiu como um processo “contínuo, pulsante, dinâmico”.

São apresentadas 12 prescrições:

• Liderar o sistema formal de informações;

• Criar atenção organizacional;

• Gerar credibilidade, mudar símbolos;

• Legitimar novos pontos de vista;

• Buscar mudanças táticas e soluções parciais;

• Ampliar o apoio político;

• Superar a oposição;

• Estruturar conscientemente a flexibilidade;

• Desenvolver balões de ensaio e bolsões de comprometimento;

• Cristalizar o foco e formalizar o comprometimento;

• Empenhar-se em mudanças constantes;

• Reconhecer que a estratégia não é um processo linear.

Uma nova visão no contexto em estudo é o da estratégia emergente, que focaliza o aprendizado no processo e não o controle ou só os resultados obtidos. Este conceito, desta forma, abre as portas para