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Organizando Um Material De Apoio Para O Professor

Por:   •  17/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.820 Palavras (8 Páginas)  •  64 Visualizações

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SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        3

2        DESENVOLVIMENTO        4

2.1        TAREFA 1 – CONHECENDO A ETNOMATEMÁTICA        4

2.2        TAREFA 2 – ELABORANDO UMA ATIVIDADE        6

2.3        TAREFA 3 – CONSTRUINDO UM INFOGRÁFICO        8

3        CONCLUSÃO        9

REFERÊNCIAS        10

        

        

  1. INTRODUÇÃO

        A matemática é uma disciplina presente nos currículos escolares desde o início das primeiras instituições de ensino, sendo uma das áreas de conhecimento mais antigas. Devido a esse longo processo de desenvolvimento, a matemática passou por muitas reflexões e mudanças quanto ao método de ensiná-la, havendo inúmeras tendências pedagógicas que visam um melhor ensino dessa disciplina.

        Atualmente tem surgido, no campo da Educação Matemática, a preocupação quanto à dimensão cultural no ensino-aprendizagem da Matemática. Esta tem sido destacada através do surgimento da linha de pesquisa da Etnomatemática. Segundo D'Ambrósio (2001), toda e qualquer manifestação Matemática em contextos sociais diversos, seria “uma forma de Matemática”, sendo a Matemática escolar uma Etnomatemática que se apresenta aos alunos.        

        Com base nisso, esta produção possui como objetivo elucidar a definição e as contribuições da Etnomatemática para o ensino de matemática nas escolas. Além disso, também é objetivo deste trabalho apresentar dois recursos, um plano de aula e um infográfico, para serem utilizados por professores no processo de planejamento de aula de estatística e probabilidade.

  1. DESENVOLVIMENTO

  1. TAREFA 1 – CONHECENDO A ETNOMATEMÁTICA

A etnomatemática refere-se a “várias maneiras, técnicas, habilidades (tica) de explicar, de entender, de lidar e de conviver (matema) com distintos contextos naturais e socioeconômicos da realidade (etno)” (D’AMBROSIO, 1997, p.11), ou seja, é uma tendência que reconhece que o uso da matemática depende das necessidades do grupo social que a utiliza.

Sendo assim, a etnomatemática coloca em evidência o espaço social em que a matemática é desenvolvida, explicitando que no ambiente escolar deve-se utilizar as experiências dos estudantes e a sua aplicação prática para esta realidade. Nela, o estudante é o protagonista, pois “valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e respeito a suas raízes culturais'' (PARANÁ, 2008, p. 64). Assim explica D'Ambrósio (2003, p. 3):

A teoria nos ensina a dar importância ao contexto e ao ambiente cultural no qual a matemática se desenvolve. Se os engenheiros da Embraer vão colocar um novo avião no mercado, eles usam a etnomatemática para aquele ambiente. Usam equações complexas para resolver situações de vôo. Já as crianças jogando bolinha de gude estão em um ambiente que pede outra matemática específica. Eles pensam ‘vou jogar assim com o dedão, qual será a trajetória da bolinha, qual força vou usar, qual a distância da outra bola’, isso é matemática.

Desse modo, a Etnomatemática lança mão dos diversos meios que as culturas se utilizam para encontrar explicações para a sua realidade e vencer as dificuldades que surgem no seu cotidiano. Isso implica numa conceitualização mais ampla da Etnomatemática, que inclui não só contar, fazer aritmética e medir, mas também classificar, ordenar, inferir e modelar. Nesse contexto, D'Ambrósio (2002) declara que cabe ao ensino da matemática auxiliar o aluno na aquisição de:

  • ETNO: o ambiente natural, social, cultural e imaginário
  • MATEMA: de explicar, apresentar, conhecer, lidar com
  • TICA: modos, estilos, artes, técnicas (D’AMBRÓSIO, 2002)

Em relação aos aspectos históricos, a Etnomatemática começou a surgir quando os primeiros pesquisadores iniciaram suas viagens em busca de novas civilizações, que possuíam costumes e conhecimentos diferentes dos que eram por eles conhecidos. Nesses conhecimentos estava inclusa a Matemática, desde a época das grandes navegações, com a exploração de novos territórios, começa a haver troca de experiências e saberes. É no estudo dessas relações e trocas que a Etnomatemática começa a surgir como uma teoria de estudos, que visa, principalmente, uma alternativa para a Educação Matemática, que é vista hoje como um dos maiores problemas educacionais vividos por nosso país.

No que diz respeito ao uso da Etnomatemática na Educação, Knijnik (2000) afirma que esta relação ocorre a partir das investigações sobre concepções, tradições e práticas matemáticas de um grupo social subordinado ao trabalho pedagógico que se desenvolve, na perspectiva de que o grupo intérprete e codifique seu conhecimento, adquira o conhecimento produzido na escola, e quando se defrontar com situações reais, faça uso daquela que lhe pareça mais adequado. Além disso, é importante salientar que a Etnomatemática também consiste em uma epistemologia, sendo um programa de pesquisa que

representa uma metodologia de investigação que busca analisar as práticas matemáticas locais, pois visa valorizar, difundir e respeitar o conhecimento matemático (ideias, noções, procedimento, processos e práticas) que se originam em diversos contextos culturais no decorrer da história (D’AMBRÓSIO; ROSA, 2016, p. 17).

Desse modo, os conhecimentos matemáticos produzidos em sala de aula precisam ser compreendidos como um tipo de conhecimento cultural, que todas as culturas geram, assim como geram linguagens, crenças, rituais e técnicas específicas de produção. Como exemplo de situações em sala de aula que abordam essa temática, D'Ambrósio (2003) afirma que a etnomatemática é utilizada para responder perguntas como: Que atividades podem ser consideradas como Matemáticas? Qual é a natureza do Conhecimento Matemático? Como se dá seu Desenvolvimento? Quais são as Matemáticas de uma Cultura? Onde se manifestam?

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