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Produtividade e Distribuição de Valor Adicionado em Empresas Familiares

Por:   •  30/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.306 Palavras (6 Páginas)  •  265 Visualizações

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Produtividade e distribuição de valor adicionado em empresas familiares

Jose Luis Gallizo Larraz

Jordi Gené Moreno

Laura Sanchez Pulido

Universidade de Lleida (Espanha)

  1. Introdução

O artigo discute e avalia as vantagens de ter informações sobre a distribuição do valor adicionado na empresa. A DVA serve para chamar a atenção para o esforço realizado por uma empresa para criar riqueza e gerar renda nacional

Se conseguir provar a existência de diferenças na distribuição do VA entre as empresas familiares e não familiares, poderemos alterar a forma que a teoria da agencia é tratada nas empresas familiares. A relação de agencia surge nas grandes empresas privadas que terceirizam a responsabilidade a terceiros que realizam funções de gestão em nome da empresa. Essa relação é diferente nas empresas familiares (FB – Family business), em que os familiares exercem a liderança da empresa e tem seus próprios interesses. Se os diretores da empresa são membros da família, suas ações tendem a ser orientadas no sentido de preservar a riqueza e controle da empresa, enquanto que se os diretores são CEOs, eles tendem a definir a rentabilidade como objetivo principal.

O artigo discute algumas características das FBs que influenciam na distribuição do V e a relação entre VA e produtividade do trabalho. A amostra utilizada é analisada e os resultados obtidos são apresentados com suas respectivas conclusões.

  1. Distribuição do Valor Adicionado (V.A.) e negócios da Familia

Valor Adicionado (V.A.) refere-se ao aumento da riqueza gerada derivados da produção da empresa antes de sua distribuição entre as partes interessadas, incluindo pessoal, instituições financeiras, governos, proprietários e da própria empresa.

Valor adicionado é o resultado mensurável que a empresa deve decidir anualmente para distribuir. A DVA é a melhor maneira analisar a distribuição da renda da empresa em um único documento e na mesma perspectiva dos diferentes envolvidos das atividades da empresa.

Com base nos usos feitos do V.A., o estudo permite determinar se o estilo das FBs que tentam preservar seu patrimônio e manter o controle da empresa para passa-los a gerações futuras.

2.1 Recebimento pelos trabalhadores e funcionários

A proporção distribuída aos trabalhadores e empregados é dado pela razão entre despesa com salários e valor adicionado.

Essa proporção reflete o montante que afeta a empresa em relação a salários e benefícios pagos. Uma melhoria na proporção representa um aumento na produtividade do trabalho

As FBs oferecem a seus trabalhadores outros incentivos, como confiança, justiça lealdade ou até mesmo estabilidade de emprego em tempos de crise. Portanto esperasse que as FBs vão dedicar menor V.A. em comparação as empresas não familiares.

2.2 Recebimento pelos fornecedores de capitais de empréstimos.

Em termos econômicos, empréstimo adquirido é entendido como um fator de produção que cai na analise da distribuição de renda, com a aceitação da natureza flutuante das taxas de juros, dependendo das circunstancias no mercado financeiro.

A proporção do resultado dedicado a empréstimos adquiridos é a razão entre as despesas de juros e valor adicionado.

Um baixo resultado dessa relação indicara menor dependência de bancos. O calculo desse índice também pode ser usado por instituições financeiras na analise de tendências, como indicador para prever o retorno esperado dos juros, e consequentemente, calcular os riscos associados aos empréstimos.

Devido ao menor envolvimento de indivíduos na gestão da empresa, as FBs irão estabelecer laços mais estreitos com instituições financeiras para reduzir as assimetrias de informação e assim conseguir maior acesso e melhor condições ao financiamento. Nesse caso estudos mostram que existe um menor custo da divida entre FBs, portanto vão dedicar menores proporções de VA para empréstimo.

2.3 Recebimento pelo Governo

O governo oferece suporte na forma de investimento em infraestrutura.

A razão entre as despesas com imposto e valor adicionado mostra a proporção dedicado para o governo.

Na União Europeia não existe vantagem fiscal em ser uma empresa familiar, mas há isenções para reinvestimento que são favoráveis para as FBs. A razão reside na tendência para reinvestir os lucros em vez de distribuir os dividendos.

Empresas familiares são fisicamente menos ousadas do que as não familiares, principalmente porque estão mais preocupadas com o impacto que tal postura pode ter sobre os pequenos acionistas e sobre a reputação dentro da família. As FBs possuem melhor desempenho no planejamento tributário, mostrando que FBs estão interessados em prosseguir politicas que são incentivados fiscalmente.  Reduzir a carga tributaria a ser paga. No entanto o estudo não avalia muita diferença significativa entre a carga tributaria paga pelas empresas de grande parte e FBs, o que leva a crer que que a diferença na DVA em relação a carga tributaria podem ser irrelevantes.

2.4 Recebimento pelos acionistas

A proporção paga aos acionistas determina a quantidade do VA dedicado aos acionistas. Essa proporção é calculada pela razão entre os dividendos e o valor adicionado.

FBs possuem políticas de dividendos mais restritivas, em tempos de crise, os empresários familiares optam por distribuir menos dividendos a fim de evitar recorrer a financiamento externo. Além disso, manter o controle da empresa dentro da família e garantir o controle transferido para gerações futuras. Já nas empresas não familiares, existe uma pressão dos acionistas para manter o valor dos dividendos distribuídos, mesmo que os níveis de capital sejam impactados negativamente.

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