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Relatorio de provas

Por:   •  23/6/2015  •  Relatório de pesquisa  •  2.463 Palavras (10 Páginas)  •  592 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ DE SANTA CATARINA

DISCIPLINA: PSICODIAGÓSTICO

PROFESSORA: MARILENE DELLAGIUSTINA

ACADÊMICAS: ISABELA PAMPLONA WEBER, MORGANA SCHERER E PAMMELA VOGES

PROCESSOS DO PSICODIAGNÓSTICO

Identificação do consulente: L.L.

Idade: 22 anos

Sexo: Feminino

Profissão: Estudante

Escolaridade: Cursando Ensino Superior

Nível socioeconômico: Médio

PRIMEIRO CONTATO

L.L. fez o primeiro contanto por conta de interesses acadêmicos, mas relatou que logo viu uma oportunidade de identificar algumas questões que vêm lhe incomodando desde de seu ingresso à academia, há, mais ou menos, três anos. Foi, então, agendado o dia e a hora do primeiro encontro, onde seria estabelecido o contrato de trabalho, esclarecidas questões pertinentes ao processo e onde suas demandas seriam relatadas.

ENTREVISTA CLÍNICA

  1. Levantamento de perguntas relacionadas com o motivo da consulta e definição de hipóteses e objetivos do exame.

Primeira Sessão

A acadêmica compareceu no dia e a na hora combinados. Nesse momento, foi importante, segundo os princípios éticos em psicologia e psicodiagnóstico, esclarecer algumas questões fundamentais que envolveriam todo o processo de seu acompanhamento. Foi pautado a relação assimétrica que haveria entre profissional e consulente, o sigilo que deveria ser mantido ao longo do processo e após, o local e como seriam os atendimentos, esclarecendo também que a fundamentação teórica do trabalho da psicóloga é com base na teoria da abordagem Cognitivo Comportamentl. Foram, assim, estabelecidos oito encontros de, no máximo, uma hora de duração. Diante dessas orientações e esclarecimentos feitos à paciente, foi fixado o contrato de trabalho.

Em sua primeira sessão, comentou que se considera uma pessoa bastante ansiosa, preocupada em demasia com as coisas, situações, acontecimentos variados do seu cotidiano, principalmente aos que se referem à faculdade que cursa há mais ou menos três anos ou quando se sente sobrecarregada. Relatou que estas preocupações a levam, por vezes, à insônia, palpitações, sudorese, tremores, fortes dores de cabeça e estômago. Ocorrem, segundo ela, geralmente, em períodos considerados estressores, como semana de provas ou trabalhos que precisam ser entregues em um prazo determinado. Disse que acredita que “não vai dar conta” e tem a sensação de que falhará quando avaliada, uma vez que relatou não conseguir aprender o que estuda. Comentou que lhe parece que, por mais que dedique horas ao estudo, não consegue se concentrar e, por isso, sente que tem muita dificuldade em aprender o conteúdo, apontando acreditar em um possível déficit de atenção.

Por conta das fortes dores de cabeça e estômago, L.L. revelou que já procurou vários médicos e foi submetida a tomografias e exames gástricos diversos. Os exames neurológicos nunca identificaram nada anormal e, vez ou outra, os exames gástricos apontam gastrite por h.pylore. Alguns médicos especialistas já lhe indicaram que seus incômodos gástricos podem estar relacionados a sintomas emocionais e que, por conta disso, já procurou duas terapeutas diferentes, mas sempre abandona o tratamento no início, alegando indisponibilidade financeira ou de agenda. L.L. diz ainda, que já pensou em procurar algum psiquiatra que possa lhe prescrever algum medicamento tanto para atenção, como para ansiedade.

Segunda Sessão

Na segunda sessão, foram levantas algumas perguntas sobre sua estrutura familiar e outros relacionamentos. L.L. relatou que seus pais são separados desde que tinha doze anos de idade e que o relacionamento entre os dois era bastante conturbado, sendo que ela, desde muito pequena, acompanhou suas brigas e a constante insatisfação da mãe no relacionamento, demonstrada através de cobranças e chantagens emocionais. Disse que muitas vezes precisou – e ainda precisa – mediar conflitos entre os dois, sentindo-se sempre com medo de tomar partido e acabar magoando um dos dois. Atualmente mora com a mãe e descreveu a convivência entre as duas como bastante conturbada, permeada por uma superproteção, que por ela é relatada como “fora de controle e do considerado saudável”. Disse, ainda, que o relacionamento entre as duas piorou quando L.L. começou a se envolver com seu atual namorado que, segundo ela, “poderia ser qualquer um, a mãe implicaria igual e transformaria a situação em um verdadeiro inferno”.

A partir daí, foram feitos alguns questionamentos quanto à sensação de ansiedade descrita na primeira sessão. Quando perguntada se lembrava-se da primeira vez que a sentiu tão intensamente, L.L. disse não lembrar, mas após alguns minutos, descreveu o dia em que o pai anunciou que sairia de casa e ela, então com doze anos de idade, foi quem fez suas malas. Ali L.L. recordou-se de sensação semelhante e disse dar-se conta de vivenciá-la constantemente em situações que precisa confrontar as opiniões, os métodos ou as ordens da mãe. Revelou, ainda, que as terapeutas anteriormente procuradas, também atendiam sua mãe na época e, quando sua mãe interrompia o tratamento, a menina precisava interromper também.

Assim, supõe-se que o descontrole emocional de L.L. representado através de algum provável transtorno de ansiedade, esteja diretamente relacionado ao descontrole emocional da mãe, observado por L.L. desde menina, na relação da mãe com o ex-marido e pai de L.L.

O objetivo do processo estabeleceu-se, por tanto, pela identificação detalhada dos sintomas de L.L., por como ela está disponível para lidar com os fatores de estresse situacionais e se há ou não a presença de algum transtorno de ansiedade.

  1. Planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exames psicológicos.

Terceira Sessão

Para realização deste processo, além das entrevistas, foi escolhida a Técnica Projetiva de Desenho HTP – (Casa - Árvore - Pessoa), com o intuito de observar, através dele, traços ou indicativos que contribuam para a complementação da investigação psicodiagnóstica de L.L. Algumas informações importantes, quanto ao funcionamento psíquico da consulente, podem ter sua representação facilitada através da técnica projetiva selecionada.

Para tanto, foi entregue a L.L. três folhas de papel em branco, lápis e borracha. Após, foi solicitado que ela desenhasse em uma delas uma casa, na outra uma árvore e uma figura humana na última. Por fim, quando terminados os desenhos, foi feito o inquérito com questões relacionadas aos desenhos.

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