SÍNTESE DA SÉRIE BLACK MIRROR (TEMP. 02/ EP. 02)
Por: 449894 • 3/4/2020 • Trabalho acadêmico • 1.689 Palavras (7 Páginas) • 330 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CAMPUS URUAÇU
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ANDRESSA ALVES REIS
ANGÉLICA NUNES DE SOUZA
FABRÍCIO FELIX PAULINO JUNIOR
RENATA SOARES BATISTA COSTA
“UMA ANÁLISE DOS EPISÓDIOS DA SÉRIE BLACK MIRROR
(ESPELHO NEGRO) - NETFLIX”.
OS DOIS LADOS DA TECNOLOGIA
“Urso Branco”
(Temp. 02, Ep. 02)
URUAÇU
2019
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CAMPUS URUAÇU
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ANDRESSA ALVES REIS
ANGÉLICA NUNES DE SOUZA
FABRÍCIO FELIX PAULINO JUNIOR
RENATA SOARES BATISTA COSTA
“UMA ANÁLISE DOS EPISÓDIOS DA SÉRIE BLACK MIRROR
(ESPELHO NEGRO) - NETFLIX”.
OS DOIS LADOS DA TECNOLOGIA
“Urso Branco”
(Temp. 02, Ep. 02)
Relatório de seminário apresentado a matéria Sistema De Informações Gerenciais, como um dos pré-requisitos para obtenção da nota do 2° Bimestre de 2019.
Orientador: Prof. Fernando Bonifácio.
URUAÇU
2019
Black Mirror é uma série britânica e aborda questões culturais contemporâneas, como a sociedade lida com as novas tecnologias, todos representados em episódios independentes questionando a super influência (até negativa) das novas tecnologias no cotidiano de cada pessoa, mostrando como a própria sociedade é moldada e lida com isso, provocando reflexões a respeito das relações humanas com a tecnologia de forma tão clara e exagerada.
O próprio nome da série traz uma tradução com referências ao espelho negro, o vidro negro, às telas negras, referenciando a tela das Tv’s, smartphones, tabletes, que estão em todos os lugares e são de fácil acesso, e que te conecta com tais tecnologias. De um modo geral, Black Mirror aborda a dependência tecnológica, o lado obscuro da humanidade e a genialidade melancólica. A série é inovadora, trazendo uma visão futurista da humanidade, abordando a dependência humana por tecnologia, mostrando de uma forma misteriosa que a tecnologia é algo magnífico e poderoso, capaz de nos engrandecer e nos destruir.
"White Bear" (Urso Branco) é o segundo episódio da segunda temporada da série de antologia e ficção cientifica britânica Black Mirror.
O episódio tem início com uma jovem chamada Victoria que em um certo dia acorda em uma casa desconhecida, com muita dor de cabeça e pílulas espalhadas pelo chão. Não lembrando de quem ela é, onde está e nem o que aconteceu com ela, observa que na televisão esta sendo transmitida uma espécie de símbolo que pisca constantemente, e do lado de fora as pessoas agem como se estivessem hipnotizadas, imóveis, observando o mundo por trás das telas de seus celulares.
Ao sair da casa, passados alguns minutos um homem salta de um carro e começa a persegui-la com uma espingarda. Enquanto foge, ela encontra uma mulher que apresenta estar agindo normalmente e com sua ajuda consegue escapar desse homem que está tentando matá-la sem motivo algum.
A mulher explica a Victoria que o símbolo que ela viu na televisão é o responsável pela forma como as pessoas estão agindo. A sociedade não possui mais regras morais e foi dividida em dois grupos: As pessoas que estão “hipnotizadas” pelo símbolo, filmando tudo que veem sem tentar ajudar. E as pessoas que não foram afetadas pelo símbolo, mas que se tornaram espécies de “caçadores”, roubando e matando enquanto as outras pessoas filmam.
Essa mulher não se encaixa em nenhum dos grupos, seu objetivo é chegar ao “URSO BRANCO”, o transmissor responsável pela emissão desse sinal. Depois de escaparem de um dos caçadores as duas conseguem chegar ao destino desejado, mas é aí onde tudo começa a ficar estranho e ninguém é o que parece ser realmente.
Ao chegar a esse centro de transmissão, descobre-se que tudo se tratava de uma encenação e que Victoria é na verdade uma assassina acusada de ter matado e torturado uma menina, juntamente com seu marido, a criança que estava presente em seu flash mental a todo momento, ela gravou as cenas sem dar atenção aos pedidos de socorro da menina. O marido cometeu suicídio e a mulher foi condenada a ser filmada enquanto é penalizada com tribulações e perseguições para no final sofrer uma dor semelhante a que causou a menina assassinada, que a faz esquecer-se do que aconteceu para sofrer novamente no dia seguinte.
Depois do choque que é o fim do episódio, bate aquela sensação ruim de familiaridade. Hoje é muito comum vermos vídeos de assassinatos e acidentes sendo compartilhados no whatsapp, instagram, facebook, e diversas outras redes sociais, recebemos notícias e vídeos de pessoas sendo linchadas por seus crimes, pessoas essas que muitas das vezes acabam sendo inocentes.
É notável ao longo de todo o episódio a curiosidade pulsante da sociedade em espionar a vida alheia e chegando a níveis altos, ao acompanhar de maneira inescrupulosa o sofrimento da mulher e não fazerem nada. A pena imposta a assassina é usada como cortina, para tornar legal o desejo incessante de espiar os outros e o julgamento é dado pela exposição através dos meios midiáticos, o que não é muito diferente do que vivemos atualmente.
No mundo globalizado, o avanço tecnológico facilita as relações comerciais e sociais entre os países. O impacto dela unifica os povos independentemente de sua língua ou cultura, no entanto, alguns progressos da tecnologia são desnecessários e causam o efeito contrário, ao excluir, desunir e alienar as pessoas umas contra as outras.
O avanço tecnológico caminha com a globalização, fazendo crescer o sensacionalismo da mídia e a transformação da violência em um espetáculo que é mostrado dos primeiros aos últimos minutos do episódio, totalmente em prol da audiência. O lado mal do ser humano está em transformar a sentença da assassina em um meio de entretenimento para a sociedade, além de apagar a memória da mesma para que esse entretenimento seja constante, como um produto que é fabricado em série e atende a demanda dos consumidores.
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