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SISTEMA DE CUSTEIO ABC

Por:   •  9/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.383 Palavras (10 Páginas)  •  566 Visualizações

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SISTEMA DE CUSTEIO ABC

Andréia Sfredo Gonçalves

Professor-Tutor Externo

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Bacharelado em Ciências Contábeis (CTB 0134) – Prática do Módulo IV

18/06/2015

 

Palavras-chave: Artigo científico. Normalização. NBR 6022.

1 INTRODUÇÃO

Um dos objetivos da contabilidade contemporânea é oferecer subsídio aos gestores para as tomadas de decisões. Neste contexto a contabilidade de custos procura dispor aos administradores informações úteis sobre custos de seus bens, mercadorias e serviços para fins de apuração do resultado e mensuração dos estoques de produtos acabados e/ou de produtos e serviços em acabamento, além de fornecer informações gerenciais.

A gestão de custos nas empresas atualmente apresenta-se como fator relevante para consecução dos objetivos empresariais.  Isto ocorre como conseqüência da necessidade das instituições buscarem otimização de resultados, inserção em novos mercados, desenvolvimento de novos produtos, expansão ou simplesmente garantirem sua sobrevivência. Outrossim, as empresas têm buscado na Contabilidade de Custos o acesso para melhorar seu desempenho econômico e financeiro.

Inicialmente, para melhor entendimento do assunto, será apontada a origem e evolução da contabilidade de custos, seguido de uma abordagem sobre os métodos de custeio tradicionais mais relevantes e identificação de seus principais aspectos.

Após, será realizada a apresentação do custeio ABC, com informações sobre sua origem e algumas definições de autores importante da literatura de custos. Na seqüência, será abordada sua importância e as etapas para sua implantação.

Finalmente será feito um levantamento com as principais vantagens e desvantagens de aplicação deste método de apropriação de custos.

2 ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

Historicamente temos o surgimento da contabilidade de custos com a Revolução Industrial. Isto em decorrência da substituição da produção de forma artesanal pela utilização de maquinários no setor produtivo. Enquanto a produção era feita artesanalmente, o custo do produto era mensurado de maneira simples, a ausência de complexidade produtiva permitia a identificação clara dos insumos utilizados no processo de transformação. Com a utilização de maquinários no setor produtivo a fabricação deixou de contar apenas com a matéria-prima e a mão de obra, houve um incremento de diversos outros insumos, como a energia, a água, a depreciação dos equipamentos e dos barracões produtivos.

Com a produção em larga escala utilizando maquinários e com vários insumos sendo consumidos para a construção de um novo produto, o cálculo do custo por unidade apresentou maior complexidade, necessitando de uma especialidade da contabilidade voltada para este ramo: surge a contabilidade de custos. Seu aparecimento se deu com a finalidade de mensurar os estoques e determinar o resultado do período, voltando-se por muito tempo para a obediência aos princípios contábeis em atendimento às auditorias independentes e ao fisco, fato que resultou na visão simplista da contabilidade de custos apenas como mensuração monetária dos estoques e do resultado.

O marco gerencial para a contabilidade de custos alcançou seu ápice com a crescente competitividade no mercado. A partir do momento em que os preços passaram a ser definidos pelo mercado e não mais pelo custo incorrido na produção, a contabilidade de custos passou a ser vista como uma ferramenta de auxílio à tomada de decisão. Sobre essa importância no ambiente organizacional, Corbari conclui:

Com os preços definidos pelo mercado, conhecer os custos tornou-se vital para a sobrevivência da empresa, permitindo avaliar se o produto é ou não rentável e se existe possibilidade de redução dos seus custos de produção. Os custos passaram assim, a ser um importante instrumento de controle e de decisão gerencial. (CORBARI, 2012, p. 16)

3 SISTEMAS DE CUSTEIO – CONSIDERAÇÕES GERAIS

O sistema de custeio é um conjunto de métodos e técnicas utilizadas por uma organização com a perspectiva de atribuir ao produto ou ao serviço, todos os dispêndios a ele associados.

Encontramos na literatura de custos duas abordagens distintas para os métodos de custeio contábeis: Sistema de Custeio Tradicional e Sistema de Custeio Contemporâneo. Embora recentemente tenham surgido os sistemas contemporâneos, os mais utilizados pelas empresas brasileiras continuam sendo os sistemas tradicionais, quais sejam: custeio por absorção e sistema variável ou direto. Sendo o primeiro (custeio por absorção) utilizado e regulamentado pela Receita Federal do Brasil para fins do IR. Apesar de serem os mais utilizados no país, os métodos tradicionais serão abordados de forma sintética no presente artigo, com uma breve explanação dos aspectos mais relevantes dos conteúdos em questão:

 

  • Custeio por absorção: é um processo de apuração de custos, cujo objetivo é ratear todos os seus elementos (fixos e variáveis) em cada fase de produção. Ou seja, o custo é absorvido quando for atribuído a um produto ou unidade de produção, assim, cada unidade ou produto receberá sua parcela no custo até que o valor aplicado seja totalmente absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos ou pelos Estoques Finais.

Principais características do custeio por absorção:

  1. Engloba os custos totais: fixos, variáveis, diretos e/ou indiretos;
  2. Necessita de critério de rateios, no caso de apropriação dos custos indiretos (gastos gerais de produção) quando houver dois ou mais produtos ou serviços;
  3. É o critério legal exigido no Brasil. Entretanto, nem sempre é útil como ferramenta de gestão (análise) de custos, por possibilitar distorções ao distribuir custos diversos produtos e serviços, possibilitando mascarar desperdícios e outras ineficiências produtivas;
  4. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção.

  • Custeio variável: é um tipo de custeamento que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os Custos Variáveis incorridos, os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custos de produção, e sim como despesas, sendo encerradas diretamente contra o resultado do período.

Principais características do método de custeio variável:

  1. É basicamente orientado para o aspecto gerencial por permitir a apuração da margem de contribuição de cada produto, não se adequando às exigências legais;
  2. Permite um maior controle sobre os gastos fixos ao mantê-los isolados do custo das vendas;
  3. Permite prever com maior grau de precisão os resultados de decisões de se descontinuar a comercialização dos produtos por facilitar o cálculo da margem de contribuição e do ponto de equilíbrio.

4 ORIGEM E DEFINIÇÕES DO SISTEMA ABC

Segundo a literatura encontrada sobre os sistemas de custos, são considerados como idealizadores do Sistema ABC dois professores da Universidade de Harvard, Robin Cooper e Robert Kaplan, os quais asseveram que os sistemas de custeio baseados em atividades surgiram na década de oitenta. Entretanto, tal assertiva é contestada por alguns autores, apontando registros literários que noticiam a utilização do ABC por contadores entre 1800 e início de 1900.  

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