Sistemas de controle interno face aos desafios da auditoria interna

1. Introdução

No contexto de um mundo globalizado, em que a competitividade faz parte da vida diária das empresas em Moçambique, há uma contínua necessidade de se implantar um sistema de controlo interno eficiente e actividades de auditoria para contribuir no crescimento das mesmas. Para gestão de empresas, hoje, exige conhecimentos, habilidades, competências, visão estratégica e, principalmente, métodos que possibilitem um suporte ao processo de tomada de decisão, no entanto, percebe-se a preocupação com os controles internos e com a criação de mecanismos e ferramentas para avaliá-los e supervisioná-los.

As empresas estão a reestruturar-se e a sofrer transformações nos seus processos de gestão mudando as suas metas com vista a responder adequadamente a uma envolvente em constante mutação. Neste quadro de mudanças e de crescente competitividade, as empresas têm que aperfeiçoar os seus sistemas de controlo interno para a obtenção de ganhos de produtividade, e rendibilidade.

A auditoria, em sentido amplo, constitui um importante instrumento ao serviço da gestão para a prossecução desses objectivos. No entanto, para tomar em consideração as necessidades da gestão das empresas, tornou-se necessária uma actuação mais periódica da auditoria, com maior grau de profundidade, por isso que logo adiante, recomenda-se que a função de auditoria interna seja cada vez mais interveniente para o diagnostico e análise de qualquer sistema de controlo interno implantado nas empresas, como é o caso de analisar a viabilidade da mesma na denúncia de fraudes e de actos ilegais.

O presente projecto estará constituído por 3 (Três) capítulos, obedecendo a seguinte estrutura:

• Capitulo I – Introdução (introdução, justificativa, contextualização do problema, questão central de pesquisa, hipóteses, objectivos e metodologia);
• Capitulo II – Referencial Histórico, onde teremos o desenvolvimento do tema na perspectiva teórica;
• Capitulo III – Bibliografia.

1. Justificação do Estudo

O tema que nos propomos, desenvolver sobre “ O Sistema de Controlo Interno face aos Desafios da Auditoria Interna”, exigiu esforço na recolha e sistematização de um vasto leque de elementos bibliográficos e leitura de várias obras.

A ausência de controlos e por uma exigência cada vez mais ampla no mercado e nas empresas, está se reflectindo na gestão ineficiente das empresas, e para os gestores e auditores torna-se uma elevada preocupação relacionada com os aspectos que tangem à existência de um controlo mais eficiente nas entidades cuja administração é da sua responsabilidade. Assim, a escolha do tema foi motivada com o intuito de aprofundar sobre a matéria olhando para o sistema de controlo interno face aos desafios que a auditoria interna oferece, visto que as empresas vem reclamando de não verificar uma transparência profunda na gestão dos recursos financeiros e entre outros, facto que leva-a a concluir que os sistemas de controlo internos adoptados nas instituições não demonstram eficiência e eficácia.

Actualmente nenhuma organização ou empresa, por mais pequena que seja, não pode exercer a sua actividade operacional com eficiência e eficácia sem ter implementado um qualquer tipo de sistema de controlo interno. O controlo interno olhando na óptica da auditoria interna abarca praticamente todas as operações da empresa ou entidade, por isso que a abordagem deste tema visa demonstrar o nosso entendimento sobre a relevância do mesmo como factor do desenvolvimento de trabalhos de auditoria interna para o desempeno de qualquer empresa.

Outro ponto, deve-se fundamentalmente pela relevância da área do conhecimento sobre o controlo interno nas auditorias, uma vez que as bibliografias tratam amplamente sobre o assunto no âmbito de funções e tarefas, assim sentindo há necessidade de aprofundar/discutir acerca do assunto olhando para as instituições públicas.

Para os estudantes este projecto pode ser uma fonte de consulta e de inspiração na busca de soluções para as empresas.

1. Contextualização do Problema

Determinados constrangimentos e inquietações penumbram a actividade de auditoria interna como organismo que deve emitir opiniões sobre demonstração financeiras e pela área operacional das empresas.

O controlo interno deve ser uma ferramenta eficaz quanto ao controlo de fraudes dentro de uma empresa, pois a partir dele, é feita a segregação de funções, estabelecendo padrões em documentos e procedimentos. Embora todas as empresas possuam um método de controlo interno, nem sempre este se mostra adequado.

Em virtude das empresas serem dotadas de autonomia financeira e patrimonial, requerem uma gestão e controlo adequado, é razoável avaliar a adequação do controlo interno nela vigente.

As alterações na forma de executar as transacções, a complexidade do mercado, a estabilidade económica geram preocupações em precaver-se e preparar-se para as incertezas futuras do mercado, e cabe as empresas e a actividade de auditoria interna indagar-se sobre a sua importância da gestão dos riscos e na melhoria dos controlos internos, Desta forma pretende-se responder a seguinte questão:

“Será que o Sistema de Controlo Interno tem um impacto na elaboração de trabalhos de Auditoria Interna e permite o melhoramento no desempenho e Gestão das Empresas tendo em conta os níveis elevados de fraudes ligados a execução complexa de diversas transacções?

1. Hipóteses

Para responder a questão do estudo, destacamos as seguintes Hipóteses:

Hipótese0: O mecanismo utilizado no controlo interno das empresas contribui para o desenvolvimento e eficácia nos trabalhos de auditoria e da gestão, e que o sistema de controlo interno adoptado pelas instituições, compreendem um conjunto de procedimentos tendentes a garantir a execução dos planos e políticas superiormente definidos, bem como a legalidade e a regularidade das operações que são executadas pela empresa, pois o controlo interno é um mecanismo que dá ao administrador/gestor um suporte e confiança na gestão da empresa. Deste modo, compreendendo uma relevante ferramenta no domínio preventivo, detectivo e correctivo, que deve ser operado com todo rigor e independência à fim de cumprir as finalidades que se propõe.