Ética - Exame Síndrome de Down
Por: ElimSimei • 14/4/2016 • Artigo • 477 Palavras (2 Páginas) • 309 Visualizações
Algo inerente a todo ser humano!
Um exame foi criado para detectar a Síndrome de Down está gerando bastantes discussões éticas. Esse exame é feito pelo sangue e promete detectar se o feto apresenta o distúrbio genético, alguns falam em seleção genética e eugenia. Defensores dizem que as mulheres devem ter o direito de decidir sobre a gravidez.
Também somos seres humanos, gritou o ator alemão Sebastian Urbanski durante a apresentação de um parecer jurídico sobre um novo exame para detectar a síndrome de Down, em Berlim. O que se seguiu foi um silêncio constrangedor. Urbanksi é portador desse distúrbio genético, causado pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21.
O novo exame, conhecido como Praena, é utilizado nos Estados Unidos desde 2011 e deve chegar ainda em julho à Alemanha. O teste promete detectar se o feto tem síndrome de Down a partir de uma pequena amostra de sangue da gestante, ou seja, é um simples exame de sangue.
Diante da polêmica, precedida de um intenso debate sobre questões éticas, envolvendo médicos, farmacêuticos, juristas, políticos, religiosos e associações de portadores de síndrome de Down, podemos observar que esta questão acarreta consigo o questionamento de até onde devemos mexer com o direito dos indivíduos, quando começamos a ter o direito ou até onde a mãe decide o que fazer.
Se olharmos para o lado da mãe, o pensamento amplamente defendido é que ela tem o direito de decidir o que fazer com o seu corpo, e com o feto que está nela, esse pensamento parte da ideia que o feto é parte dela, ou seja, consequentemente a pertence. O grande problema desse raciocínio é que essa nova vida que está se desenvolvendo, segundo a ciência, não tem a mesma carga genética da sua mãe, sendo um corpo estranho dentro do organismo, tendo que ser isolado pela placenta para não ser combatido pelo sistema de defesa do organismo que se encontra, qual seja o corpo da mulher.
Outro, pensamento, em oposição ao já citado, trás a ideia, que se a vida começa na fecundação logo, o ser gerado, deve ter o direito de viver, independentemente da escolha externa, visto que ele é um ser individual, assim tendo direito a viver da melhor forma possível, pois só assim teremos o direito a vida de todos os seres humanos garantidos. Não se pode negar que este pensamento tem certa razão, pois todos tem direitos iguais, independentemente se podem ou não lutar por estes direitos.
Dessa forma, devemos considerar que esse exame, pode ajudar aos futuros pais a se prepararem melhor, para essa vida que está por vir, no entanto não pode nem deve ser conduzido com o intuito de interromper uma vida, pois como foi dito pelo ator alemão “Também somos seres humanos”, sendo assim com os direitos inerentes a essa condição, como todo ser humano tem!
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