A Atividade Individual FGV
Por: Julia Farath • 18/5/2021 • Trabalho acadêmico • 1.564 Palavras (7 Páginas) • 3.284 Visualizações
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz do prospecto | |
Disciplina: Direito para Startups | Módulo: Atividade Individual |
Aluno: Júlia Costa Farath | Turma: 0221-1_2 |
Tarefa: Prospecto de Startup: We-hoo | |
Descrição da startup, do seu modelo de negócios e do seu estágio operacional | |
A We-hoo é uma startup de publicidade on-line, criada em 2020, onde é possível que afiliados se cadastrem, de forma gratuita e, começem a divulgar os produtos e serviços das empresas anunciantes cadastradas, tais como: Lojas Renner, Lojas Paquetá, Casas Bahia, dentre empresas do mercado nacional e, a cada venda realizada pelo link do afiliado, ele recebe uma comissão por parte dos anunciantes. Com isso, gera-se lucro para as empresas cadastradas, que vendem mais, pois contam com uma rede de afiliados que vão disparar esses links e, também, é benéfico para os afiliados, que pois terão uma renda extra através das comissões, que vão de 5% a 10% do valor da venda, dependendo do seu nível dentro da plataforma (quanto mais vender, mais essa porcentagem sobe). Os anunciantes totalizam já, em menos de 6 meses, 2 mil afiliados e, eles devem destinar uma taxa de 5% do valor total da venda para a plataforma. Em cada venda efetivada, o afiliado recebe um e-mail com todas as informações da venda. Os softwares da We-hoo se destacam por serem tecnológicos e realizarem toda esse trâmite, desde o geramento dos links para o afiliado, até a monetização e programação das comissões, onde se leva em conta a legislação atual brasileira nessas transações, descontando os devidos impostos. Esta é uma forma de monetizar dinheiro pela internet, de forma rápida e fácil, através de ferramentas interativas de marketing, criando relações próximas e duradouras entre afiliados, anunciantes e clientes. A startup se encontra em um estágio operacional inicial, estruturando sua plataforma e melhorando as métricas do e-commerce, a fim de que seus KPIs alavanquem. Diante disso, faz-se necessário o investimento financeiro na startup, concentrando-o na construção de uma plataforma digital focada na entrega e na qualidade, em soluções ágeis e no marketing, para que, cada vez mais, a plataforma tenha procura de afiliados, anunciantes e clientes, gerando com isso a sua expansão e atingindo sua visão de futuro, que é ser, até em 2025, uma das plataformas líderes em marketing de afiliados. | |
Modelo de monetização e expectativa de retorno financeiro | |
A monetização a ser gerada através do investimento de recursos financeiros por parte do futuro investidor, atrelada as práticas de publicidade e marketing para promover a empresa, fazem parte da estratégia de crescimento e de geração de lucro. Com os recursos financeiros destinados ao desenvolvimento da startup, focando na entrega e na qualidade do serviço prestado, em soluções ágeis e, na realização de ações de marketing como: promoções e divulgações da plataforma, espera-se atingir e vincular muito mais associados e afiliados, com expectativa de abrangir muito mais clientes e de monetizar mais. Dessa forma, haverá um aumento nas vendas e consequentemente no retorno de taxa que as empresas associadas devem destinar à startup, aumentando a escala da monetização. Além disso, com os dados dos usuários em posse da startup, levando sempre as considerações e limites da Lei de Proteção de Dados e, a anuência do usuário para tanto, a We-hoo pretende enviar e-mails informativos de alertas de promoções, de redução de preço dos produtos que o usuário visualizou no período de dois meses, informação das novas empresas anunciantes que se conectaram na plataforma, isso tudo, para impulsionar mais as vendas. A expectativa de retorno financeiro é a curto/médio prazo, tendo em vista que 45%[1] das pessoas estão comprando mais online, pois esta representa uma forma mais barata e mais versátil do que as lojas físicas convencionais e, além disso, o setor apresenta crescimento contínuo, saltando 75%[2] em meio à pandemia, gerando mais lucro para empresas do ramo de e-commerce, do qual inclui esta startup. | |
Fonte de recursos financeiros | |
A forma de investimento inicial ocorreu pelos próprios sócios fundadores, que investiram recursos financeiros na startup para que os passos iniciais pudessem ser dados. Conforme GALVÃO e HANSZMANN (2021, p. 68): Bootstraping é o investimento de capital pelos próprios sócios fundadores da empresa. Essa forma de investimento tende a ser a primeira fonte de recursos que a startup tem e é usada para dar os passos iniciais no projeto. Nesse estágio, é comum que os fundadores busquem minimizar os gastos com o negócio.[3] Agora, em busca de investidores-anjo, a startup procura empresários ou empreendedores com experiência no mercado de e-commerce, dispostos a investir parte do seu patrimônio e atuar como consultor ou mentor para o negócio. GALVÃO e HANSZMANN (2021, p. 70) complementam sobre os investidores-anjos: Por outro lado, investidores-anjos são ideais para startups que já estão no início dos estágios operacionais (ou seja, as que tem um modelo de negócio já parcialmente validado e minimamente operacional), mas precisam de caixa para escalar a operação, ter tração. De tal modo, o investidor-anjo estaria entrando na sociedade para impulsionar a transformação do protótipo em produto final, fornecendo, além do dinheiro, sua experiência para auxiliar os fundadores a conseguirem lidar com os desafios do início do crescimento mais acelerado.[4] Com isso, espera-se angarir mais afiliados, empresas anunciantes e, consequentemente mais clientes, gerando maior movimentação na plataforma e, mais lucro para a startup. | |
Riscos jurídicos relacionados ao negócio | |
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Medidas tomadas para mitigar os riscos identificados | |
Levando-se em consideração que o grau de incerteza do negócio é baixo, devido a preferência do brasileiro em realizar compras online e, o grau de complexidade da startup também é baixo, a abordagem escolhida para lidar com os riscos do negócio é a abordagem de planejamento de risco tradicional. GALVÃO e HANSZMANN (2021, p. 15) orientam sobre a escolha da abordagem para lidar com os riscos da startup: A primeira variável é o grau de incerteza relacionado ao negócio (usando o termo técnico de economia, o grau de ambiguidade). A segunda variável é o grau de complexidade da startup. De tal modo, quando nenhuma dessas variáveis é alta, é mais recomendado que seja escolhida uma abordagem de planejamento de risco. Por ela, são definidas as abordagens e as soluções para lidar com os problemas encontrados no curso do negócio. Dessa forma, se os riscos elencados acima vierem a surgir, serão definidas as abordagens e as soluções levando em consideração o tipo de risco. As medidas sempre devem levar em consideração o suporte e o atendimento ao cliente, estes devem ser de extrema qualidade, demonstrando empatia e reciprocidade e, resolvendo o problema do cliente no menor tempo possível, para aproximar relações e evitar o risco de processos judiciais. O trabalho em relação as propagandas enganosas e abusivas devem ser preventivas, de modo que, a startup deve se certificar que as veiculações das propagandas realizadas são verdadeiras. Mas, caso isso ocorra, será dado todo suporte ao cliente para evitar o risco de processos judiciais. O mesmo vale para os casos de atraso na entrega de produto ou serviço e/ou entrega que não é realizada. Já em relação a Política de Privacidade, esta não deve ser o único meio de se obter o consentimento dos usuários. Medidas que esclareçam o conteúdo e os possíveis riscos devem ser implementadas, a fim de que o usuário compreenda o que está aceitando e que, se ontenha mais uma comprovação de responsabilidade por o que ele aceitou. No julgado 0763714-09.2019.8.07.0016 – TJDF, é afastado a responsabilidade da plataforam OLX pelas fraudes e danos causados ao consumidores pelo fato de existir um termo informative e visível no seu site, alertando sobre suas atividades.[5] Uma das medidas seria a divulgação de informações curtas e precisas, seja através de texto escrito ou de vídeo inerativo, do qual o usuário deverá coinscentir de forma escrita com o trato e o uso dos seus dados por parte da startup. | |
Estrutura proposta para o investimento (identificar, ao menos, o perfil do potencial investidor) | |
Busca-se um perfil de investidor-anjo, quer seja, empresário ou empreendedor com experiência no mercado de e-commerce, disposto a investir parte do seu patrimônio e atuar como consultor ou mentor para o negócio. Pessoas que estejam interessadas e possuam esse perfil, deverão enviar um e-mail para o endereço virtual: “wehoo_investimentos@gmail.com.br” para que juntos e, diante da consultoria direcionada para o negócio do possível investidor-anjo, traçemos uma estrutura de investimento para a startup. | |
Direitos a serem oferecidos para o investidor e as obrigações esperadas Observação: os direitos oferecidos devem ser razoáveis para que o investidor possa aceitar os termos da proposta. | |
Oferta-se ao investidor-anjo uma participação na sociedade, podendo participar das deliberações em caráter consultivo, podendo exigir dos administradores as contas justificadas de sua administração e, anualmente, o inventário, o balanço patrimonial e o balanço de resultado econômico; e poderá examinar, a qualquer momento, os livros, os documentos e o estado do caixa e da carteira da sociedade. Além disso, oferta-se a participação dos lucros da startup e, declara que, o investidor-anjo não responderá pelas dívidas da startup, até mesmo se em processo de recuperação judicial. |
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