A IDEOLOGIA DE GÊNERO E SUA NEUTRALIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL PRIMEIRA FASE
Por: Telis • 28/10/2017 • Artigo • 1.642 Palavras (7 Páginas) • 377 Visualizações
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR ALMEIDA RODRIGUES
FAR – FACULDADE ALMEIDA RODRIGUES
DIREITO
DAYANE DE SOUSA SILVA
LUCIANA GOMES DE SOUSA TELIS
VANDIR FERREIRA TELIS FILHO
IEOLOGIA DE GÊNERO E SUA NEUTRALIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL PRIMEIRA FASE
RIO VERDE-GO
2017/1
DAYANE DE SOUSA SILVA
LUCIANA GOMES DE SOUSA TELIS
VANDIR FERREIRA TELIS FILHO
IEOLOGIA DE GÊNERO E SUA NEUTRALIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL PRIMEIRA FASE
Artigo Científico apresentada à Faculdade Almeida Rodrigues – FAR, como requisito parcial para obtenção da nota do 1º período do curso de Direito, sob a orientação do Profº. Esp. Mauro Guimarães de Oliveira Junior.
RIO VERDE – GO
2017/1
IDEOLOGIA DE GÊNERO E SUA NEUTRALIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL PRIMEIRA FASE
SILVA, Dayane de Sousa[1]*
TELIS, Luciana Gomes de Sousa
TELIS FILHO, Vandir Ferreira
Profº. Esp. Mauro Guimarães de Oliveira Junior[2]**
RESUMO
Existem vários projetos de lei que têm sido apresentados tanto no âmbito Federal quanto Estadual com o objetivo de evitar doutrinação ideológica nas instituições de ensino. O objetivo do trabalho é traçar uma reflexão crítica sobre questões de gênero, intitulada como ideologia de gênero. A partir dessas discussões o trabalho teve por intuito esclarecer a importância da neutralidade do Estado, na abordagem de assuntos complexos como orientação afetivo-sexual no Ensino Fundamental Primeira Fase. A pesquisa se justifica por definir o papel da Escola na preparação da criança em sua formação, na capacitação para o trabalho e o exercício da cidadania, sem promover doutrinamento e discussões de temas do mundo adulto.
Palavras-chave: Ideologia de gênero. Escola. Ensino Fundamental.
ABSTRACT
There are several bills that have been presented both at Federal and State level with the objective of avoiding ideological indoctrination in educational institutions. The objective of this work is to draw a critical reflection on gender issues, titled as a gender ideology. Based on these discussions, the purpose of this study was to clarify the importance of State neutrality in addressing complex issues such as affective-sexual orientation in elementary school. The research is justified by defining the role of the School in the preparation of the child in its formation, in the training for the work and the exercise of citizenship, without promoting indoctrination and discussions of themes of the adult world.
Gender ideology. School. Elementary School.
[pic 1]
1 INTRODUÇÃO
A Educação é um direito de todos, porém o objetivo da escola não é promover ideologias, seja de gênero, raça, religioso ou afins; A ideologia de gênero é uma proposta de ensino nas escolas acerca de gênero e orientação sexual. Esta linha de pensamento acredita que os gêneros sexuais são construções culturais, sociais, mas não biológicas. Desta forma, as crianças devem ter a possibilidade de formar o próprio gênero no futuro, sendo educadas de forma neutra.
Essa imposição na educação fere o direito das famílias de definir as bases e as diretrizes da educação que desejam para seus filhos e causariam profundas consequências na formação psicológica da criança.
2 IDEOLOGIA DE GÊNERO NAS ESCOLAS
A ideologia de gênero, ou ausência de gênero é a ideia de que a sexualidade humana seja de construção sociais, culturais e não mais um fator biológico (PIROLA, 2015), sendo assim os seres humanos estariam disponíveis para assumir a identidade de gênero que ele mais se identifica.
No dicionário da Língua Portuguesa gênero se apresenta como classe espécie, uma coisa em comum com outra e que determina a essência quando acrescida da diferença (FERREIRA, 2004).
Para os ideólogos do gênero, não é a biologia que deve imperar, e sim o meio social e cultural em que o ser humano é criado. Daí dizer-se que o sexo é natural, mas o gênero é construído (LOBO, 2016, p. 64).
Silva (2016) propõe que a criança seja educada sem sexo definido para que possa optar por seu gênero, podendo chamar então de neutralidade de sexo, acabando assim com o conceito de homem e mulher, sustentando que a criança nasce sem sexo definido, devendo ela própria escolher o gênero que desejam adotar.
Dessa forma os ideólogos propõem que seja ensinada na escola para criança que o seu sexo não é definido biologicamente, podendo escolher, ela mesma, o gênero que mais se identifica, no entanto a criança não está preparada emocionalmente e psicologicamente para essa escolha.
Para Freire (1996), é importante que a família e a escola tracem metas concomitantes, de cunho socioeducativos semelhantes, afim de assegurar na criança mais segurança na aprendizagem, além de formar cidadão críticos, compreensivos, tornando-os capazes de conviver socialmente, evitando o enfrentamento e diminuindo a violência física e psicológica.
A escola como instituição acolhedora e sítio propício para o aprimoramento global dos/as educandos/as, precisa acolher as várias configurações, culturas, saberes e conceitos oriundos dos diferentes núcleos familiares. Precisa antever a diversidade, garantindo um ambiente seguro e receptivo para que a aprendizagem esteja assegurada a todos e a cada um, sem falar sobre gênero (NORO, 2017, p.37).
Não há na história da civilização povos que perpetuaram fora dos padrões biológicos, considerando a bipolaridade sexual existente na estrutura corporal (física, emocional, psicológica) e na genética humana, as quais apresentam diferentes pares cromossômicos (xy e xx) que definem a natureza sexual de homens e mulheres, sendo assim todos os seres humanos possuem um sexo e um gênero, sexo é atributo biológicos, anatômicos, físico e corporal que definem menino e menina. Gênero, por sua vez, é tudo aquilo que a sociedade e a cultura esperam e projetam (LOBO, 2016).
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