A Marcha das Vadias -Resenha crítica
Por: Rebecca21 • 10/7/2018 • Seminário • 455 Palavras (2 Páginas) • 286 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA- UNIPE[pic 1][pic 2]
CURSO DE DIREITO
DIREITOS HUMANOS
RESUMO: “A MARCHA DAS VADIAS”
João Pessoa
2017.1
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RESUMO: “A MARCHA DAS VADIAS”
A MARCHA DAS VADIAS
A marcha das vadias é um movimento que começou em 2011, na cidade de Toronto, no Canadá, após a declaração de um policial de que mulheres poderiam evitar ser estupradas se não se vestissem como vadias. Essa declaração gerou uma reação nas mulheres dando origem ao surgimento e replicação de várias marchas pelo mundo denominadas marchas das vadias.
No Brasil, especificamente na cidade de São Paulo, a primeira marcha ocorreu alguns meses após o primeiro movimento, ocorrido em Toronto, no Canadá, no mesmo ano de 2011.
A Marcha surge como um fenômeno contemporâneo, com reivindicações antigas do movimento feminista, porém atualizadas. A Marcha exige liberação de um imaginário preso a proposições abusivas e exploradoras do corpo feminino.
A Marcha das Vadias tem a finalidade de declarar o direito à liberdade, dignidade e respeito que toda mulher tem que ter, sem que sejam alvos de violência, segregações ou preconceitos, como também alertar a população que toda mulher tem o direito a autonomia de decisão do seu próprio corpo e de sua individualidade.
As mulheres buscam a liberdade do corpo em relação a reprodução, ao direito ao aborto, respeito de poder expor sua opinião e ser respeitada, tomar decisões livremente.
As reivindicações do movimento feminista sempre estiveram sustentadas pela igualdade de direitos, manutenção do bem-estar, conquistas de oportunidades nos espaços públicos como qualidade intrínseca do feminino. Na Marcha das Vadias o corpo assume um significado mais amplo. Ter autonomia sobre o corpo extrapola o tema do controle da reprodução e da saúde e a articulação de políticas públicas correspondentes, e passa a se referir principalmente a um modo de experimentação do corpo que, embora não prescinda de transformações na política, na cultura e nas relações interpessoais, é vivenciado como subjetivo.
Assim, nas marchas, a sensualidade dos corpos é celebrada; os padrões de beleza feminina são questionados por corpos que reivindicam pelos e diferentes formatos; a menstruação é positivamente assumida. A nudez, importante instrumento de impacto nas marchas, parece condensar a um só tempo a capacidade de criticar as normas de gênero e de expressar este modo subjetivo de libertação do corpo.
Mas, igualmente respeitados devem ser os direitos do homem como repeito a opinião, ao corpo sendo assegurada a liberdade a dignidade sem que sofram qualquer tipo de violência.
Conclui-se do exposto, que o objetivo da Marcha das Vadias não é tornar o masculino o inimigo, é, sim, assumir o corpo feminino como protagonista de si mesmo, sem que precise da condução, ou do aval de um sistema patriarcal, pois tanto o homem quanto a mulher devem ser respeitados como seres humanos em razão do princípio da dignidade humana.
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