A Taxa de Câmbio
Por: delane25 • 12/5/2015 • Projeto de pesquisa • 1.222 Palavras (5 Páginas) • 205 Visualizações
PUC Minas 2015
Disciplina: Economia
Professor: Jorge Enrique Mendoza Posada
Notas de Aula sobre a Taxa de Câmbio
Taxa de Câmbio é o preço da moeda (divisa) estrangeira.
A oferta de divisas depende do volume de exportações e da entrada de capitais externos (agentes que precisam trocar dólares por reais).
A demanda de divisas (agentes que precisam trocar reais por dólares) depende do volume das importações e da saída de capitais externos (amortizações de empréstimos, remessas de lucros, pagamentos de juros, etc.).
Uma valorização cambial é definida como o aumento do poder de compra da moeda nacional, perante outras moedas (por exemplo, um real compra mais dólares). Como a taxa de câmbio é definida como o preço da moeda estrangeira, segue-se que uma valorização cambial corresponde a uma queda na taxa de câmbio.
Uma desvalorização cambial representa uma perda do poder de compra da moeda nacional, o que corresponde a um aumento da taxa de câmbio.
1.- O Mercado de Câmbio registra as transações, seja de indivíduos, seja de empresas, de compra e venda de divisas estrangeiras.
Via de regra, o mercado de câmbio tem as seguintes funções:
*Transferir poder aquisitivo de um pais e moeda para outros.
*Prover créditos de curto prazo para financiar o comércio externo.
*Criar facilidades para evitar cobertura de risco de câmbio.
2.- Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações:
Com uma desvalorização cambial, a taxa de câmbio sobe (o preço do dólar sobe, em reais), os compradores estrangeiros, com os mesmos dólares, compram mais produtos brasileiros e os exportadores tendem a exportar mais; os importadores pagarão mais reais por dólar e tendem a importar menos. Assim as desvalorizações cambiais tendem a estimular as exportações e a desestimular as importações.
A valorização cambial, por seu turno, torna a moeda nacional mais forte, o que estimulará a compra de produtos importados, mas desestimula a venda dos exportados.
3.- Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre a Taxa de Inflação:
Um dos mais importantes instrumentos utilizados para o controle da inflação tem sido a valorização cambial, chamada, nesse contexto, de âncora cambial. Isso porque, ao valorizar-se o câmbio, tornando a moeda nacional mais forte, estimula-se a compra de produtos importados, aumentando a concorrência com os nacionais, o que provoca uma pressão pela queda dos preços internos. Geralmente, essa politica cambial está acoplada com uma politica de abertura comercial, isto é, de liberalização das importações e das barreiras protecionistas.
Embora, inequivocamente, a valorização cambial seja um instrumento adequado para controlar a inflação, além de colaborar com a melhoria da eficiência produtiva (pelo aumento da competição), ela representa um custo, tento para o setor exportador, que perde mercado pelo maior poder relativo de seu produto, quanto para os setores que eram mais protegidos e passaram a sofrer a concorrência dos importados.
4.- Regimes Cambiais: Taxas de Câmbio Fixas e Taxas de Câmbio Flutuantes (FLEXÍVEIS):
Até fevereiro de 1990, o Banco Central fixava a taxa de câmbio por certo período (taxas fixas de câmbio), independentemente da oferta e demanda de divisas. A partir do Plano Collor I, passou-se para o regime de taxas de câmbio flutuantes, isto é , determinadas pelo mercado de divisas.
Uma vantagem frequentemente apontada para a manutenção de uma taxa de câmbio relativamente fixa refere-se ao fato de que, como o comércio exterior é relativamente instável, uma taxa de estável dá maior previsibilidade para os agentes de mercado (principalmente exportadores, importadores e devedores em dólar). Além disso, evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto, útil para controle da inflação.
A política adotada, na maioria dos países, é a chamada flutuação suja (dirty floating), na qual é adotado o regime de câmbio flutuante, com o mercado de divisas determinando a taxa de câmbio, mas com intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra, que procura mantê-la em níveis relativamente estáveis. Se, por exemplo, a taxa de câmbio ameaça atingir níveis muito elevados, dentro dos parâmetros fixados pela politica econômica, o Banco Central utiliza parte de suas reservas em divisas, colocando dólares no mercado e reduzindo a taxa de câmbio.
5.- Efeito de Variações na Taxa de Juros sobre a Taxa de Câmbio:
Alterações das taxas de juros internas, relativamente as externas, provocam movimentações de capitais financeiros, que afetam diretamente a taxa de câmbio:
- Quando as taxas reais de juros internas aumentam em relação as externas, há uma tendência a um aumento do fluxo de capitais financeiros internacionais para o país, aumentando, portanto, a oferta de divisas estrangeiras (dólar, por exemplo), e promovendo uma queda na taxa de câmbio, consequentemente uma valorização da moeda nacional. Paralelamente, os nacionais ficam atraídos a investir no mercado interno de capitais, diminuindo a saída de divisas de país e, assim, a demanda de divisas, o que também redunda em valorização da moeda nacional.
- Quando as taxas reais de juros internas diminuem, em relação às internacionais, tem-se um efeito contrário: uma queda na oferta e um aumento da demanda de divisas, provocando uma desvalorização da moeda nacional.
Fonte: Vasconcellos, Marco Antônio Sandoval de, Economia, Micro e Macro São Paulo, Atlas, 2000.
Qual a diferença entre o dólar comercial, paralelo e turismo?
Se você acompanha os dados financeiros de jornais, revistas e telejornais, sempre vai ver as cotações do dia para o dólar comercial, paralelo e o dólar turismo. Cada um tem sua função no mercado e são importantes para o nosso sistema financeiro. E se você ainda não sabe a diferença entre cada um deles e em quais situações eles são utilizados, iremos te esclarecer estas dúvidas.
...