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A Verdade e as formas jurídicas

Por:   •  18/8/2018  •  Resenha  •  604 Palavras (3 Páginas)  •  245 Visualizações

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     FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: NAU,2003

     Foucault, em sua obra A verdade e as formas jurídicas, que tem como base cinco conferências, que foram realizadas na PUC da cidade do Rio de Janeiro, traz inicialmente como objetivo, alcançar o que seria a verdade nos diferentes tempos históricos e inclusive de como as práticas sociais podem influenciar nos domínios do saber. No entanto, foram utilizados alguns fundamentos para realizar a busca entre o que é verdade e o que é conhecimento, e essas se baseiam primeiramente em: a história do saber em relação as práticas sociais, em segundo ponto, seria a análise do discurso como jogo estratégico e polêmico, e em terceiro: a reelaboração da teoria do sujeito, que mediante as práticas sociais, a teoria do sujeito teriam sofrido permuta.

     As práticas judiciárias para Michel é a base de como foram definidos os tipos de subjetividade, como as formas de saber, bem como as relações do homem com a verdade, já que foi essas práticas que definiram de que forma os homens poderiam ser punidos e julgados, em decorrência dos seus erros, e de que forma eles poderiam ser reparados. E assim a sociedade encontrou uma forma de manter domínio uns sobre os outros, se esta detém todas as regras de limites.

     Michel atenta-se a esclarecer que, o cenários econômicos e políticos não são um obstáculo para o sujeito do conhecimento. E baseando-se no pensamento de Nietzsche, Foucault constrói uma tese que pretende atestar que o conhecimento é uma invenção do homem. Fazendo uma distinção entre origem e invenção, afirmando que tudo que foi inventado pelo homem tem por intuito um pouco de poder, ou seja, o controle de uns sobre os outros.

    Portanto, o contexto do pensamento de Michel seguido com base na filosofia de Nietzsche seria de o conhecimento é uma invenção e não uma revelação da natureza humana, nem tem relação com as coisas no mundo, sendo, portanto, efeito de um conflito de domínios, tornando-se assim uma relação entre saber e poder.

      Acredito a vista disso, e concordando com a linha filosófica extraordinária de ambos, assim quando Michel faz a análise da origem da religião alegando que a religião não é um produto da metafísica, mas da invenção do homem, detentor do saber, se sobrepondo então em ordem de poder, uma vez que pode influenciar, portanto o meio social da época. Afirmando que a religião foi fabricada, assim como a poesia e todos os conhecimentos.

     Então, todo homem que dispõe de saber, cria conhecimento (verdades), e este sempre possuirá o desejo de manter-se sob poder dos demais, assim meu ponto de vista de que não existe uma religião, ou um ser celestial, ou algo metafísico, e assim com todos os tipos de verdades que se dizem “incontestáveis”.  Mas, existe o saber do homem sob domínio de práticas sociais sofrendo assim, a verdade influência de poder de cada época, dessa forma o social está sempre preso as ligações de poder.

   E certificando ainda que essas “verdades” só poderiam ser contestadas quando nós rimos delas ou passamos detesta-las, que dessa forma é possível quebrar a verdade, colocando-a como um objeto distante para aí então conseguir obter outra interpretação do que seria verdade, quando de fato é a uma guerra de saber e poder.

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