ACIDENTES OU DOENÇAS DE TRABALHO POR EQUIPARAÇÃO
Por: Carla Monteiro • 27/4/2018 • Monografia • 3.853 Palavras (16 Páginas) • 239 Visualizações
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................__
2. ACIDENTE DE TRABALHO
2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA.................................................................................................__
2.2 CONCEITUAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO.....................................................................__
2.3 DOENÇAS OCUPACIONAIS............................................................................................__
2.4 ACIDENTES OU DOENÇAS DE TRABALHO POR EQUIPARAÇÃO..........................__
3. RESPONSABILIDADE CIVIL
3.1 NOÇÕES GERAIS SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL.........................................__
3.2 PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL.....................................................__
3.2.1 Ação, omissão e imputabilidade.......................................................................................__
3.2.2 Danos e culpa....................................................................................................................__
3.2.3 Nexo causal.......................................................................................................................__
3.3 ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADES..........................................................................__
3.3.1 Objetiva e subjetiva..........................................................................................................__
3.3.2 Contratual e extracontratual.............................................................................................__
4. RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES DE TRABALHO
4.1 PAGAMENTO DE SEGURO CONTRA ACIDENTES DE TRABALHO........................__
4.2 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO (CAT)...........................................__
4.2.1 Nexo Técnico Epidemológico (NTE) ...............................................................................__
4.3 VERBAS DEVIDAS PELO EMPREGADOR....................................................................__
4.3.1 Estabilidade provisória.....................................................................................................__
4.5 INDENIZAÇÃO ACIDENTÁRIA.....................................................................................__
5. CONCLUSÃO.....................................................................................................................__
REFERÊNCIAS......................................................................................................................__
1 INTRODUÇÃO
Ante o crescimento gradativo da economia em vários países, e em virtude da importante revolução industrial que alavancou o uso de maquinas para o auxílio na produção em larga escala, cresce também o número de empregados acidentados em virtude do um novo estilo de trabalho.
Face a esses acontecimentos, o direito do trabalho passa a criar leis em proteção a classe de trabalhadores, tidos até hoje como uma a classe mais fraca e vulnerável na relação de trabalho.
Partindo para a atualidade, mesmo com as leis trabalhistas lutando em favor da segurança dentro do ambiente de trabalho como a instituição de normas de segurança interna, cresce ainda o número de acidentes de trabalho.
O estudo do Acidente de Trabalho e a Responsabilidade Civil do Empregador, buscou analisar quais os acidentes de trabalhos são regulamentados pelo art. 20 da Lei 8.213/91, examinando também as obrigações do empregador para com o acidentado tendo como referência o art. 7°, XXVIII da CF/88, entre outras considerações relevantes e inerentes ao tema.
Sob essa ótica, o trabalho se inicia discorrendo sobre a evolução histórica do acidente de trabalho, bem como sobre a sua conceituação e caracterização, doenças ocupacionais e acidentes de trabalho equiparados, partindo deste ponto para o esclarecimento com base doutrinaria sobre a responsabilidade civil, a abordagem desses temas serve para formar uma base solida para o entendimento do presente trabalho.
Mais adiante é abordado a responsabilidade civil do empregador no acidente de trabalho, quais sejam a forma que o empregador deve agir em face do acidente bem como os benefícios devidos trabalhador em virtude do acidente.
Com o estudo embasado em teses doutrinarias e jurisprudências criadas sobre o tema do presente trabalho, pondera-se que prevalece o entendimento da responsabilidade do empregador prevista na Constituição Federal/88, ponderação essa melhor elucidada na conclusão deste trabalho.
2 ACIDENTE DE TRABALHO
2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A Revolução Industrial é deveras importante para o tema acidente de trabalho, pois, a contar deste momento que se dá no século XVII e sobretudo no século XVIII, que começou a relação empregatícia focada na indústria contemporânea em pleno desenvolvimento, porém, esse novo modelo de relação empregatícia somente ganha força e se solidifica no decorrer do século XIX, quando o sistema de indústrias atinge a Europa e Estados Unidos. (DELGADO, 2016)
O fato da substituição do trabalho manual e artesanal pelo trabalho das maquinas, como uso de teares e maquinas a vopor, passa a gerar um grande numero de acidentados no ambito laboral. Passou-se a notar que os empregados que se acidentavam, uma vez que se afastavam da empresa em que sofreu o acidente, não conseguia adentrar no mercado de trabalho novamente, ficando desprotegidos pela carencia de normas regulamentadoras. (MARTINS, 2014)
Essa nova classe de trabalhadores passou historicamente a ser chamada de proletariado[1]. A classe não era somente composta pela força de trabalho masculina mas também de mão de obra infantil e feminina, usadas de forma desmedida e abusiva nesta nova era. Como a classe inferior passou a deixar o campo, onde exerciam a agricultura que operava em baixa, e migrar para as cidades em busca de melhores a condições econômicas para suas famílias, crianças e mulheres passam a tomar lugar nas indústrias pois sua mão de obra era farta e barata. Ademais os empregadores podiam impor as condições de trabalho conforme achavam melhor, como exemplo a exigência de jornadas de trabalho excessivamente longas. (NASCIMENTO, 2010)
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