ANÁLISE DE ARGUMENTAÇÃO NO FILME: DOZE HOMENS, UMA SENTENÇA
Por: Paulo Nepomuceno • 30/1/2018 • Resenha • 686 Palavras (3 Páginas) • 496 Visualizações
ANÁLISE DE ARGUMENTAÇÃO NO FILME "DOZE HOMENS, UMA SENTENÇA"
MOMENTO UM, aos 7min20s, no preparo da disposição da sala do julgamento
"Não sei vocês, mas tenho ingressos para o jogo de hoje. Yanks contra Cleveland. Modjelewski jogará. O garoto é um touro."
Touros são robustos e correm bastante.
Modjelewski é robusto e corre bastante.
Modjelewski é como um touro.
Argumento suprimido de analogia. Forte. Houve associação relevante nas comparações e não houve diferenças fundamentais que façam perder a lógica entre os dois pontos.
MOMENTO DOIS, no início do debate, aos 11min30s.
ARGUMENTO (fala):
"Este garoto foi escurraçado em toda sua vida. Nasceu numa favela, a mãe morreu quando tinha oito anos, viveu um ano e meio num orfanato quando seu pai foi preso por falsificação. Não é um começo muito feliz. Ele é um garoto revoltado, é tudo que ele tem sido. E sabe por quê? Porque levava uma pancada na cabeça por dia. Meu Deus do céu, ele só tem dezoito anos! Eu só acho que devemos algumas palavras a ele, só isso."
Argumento de causa, forte. A causa B, A faz sentido que cause B. O fato da vida do jovem ter sido conturbada faz com que ele causa perturbações, portanto, faz sentido que não seja uma pessoa pacífica.
CONTRA ARGUMENTO:
"Não me importa dizer isso, cavalheiro. Não devemos nada a ele. Ele teve um julgamento justo, não teve? Quanto acha que custou o julgamento? Ele teve sorte em conseguir... Sabe o que quero dizer. Somos todos adultos aqui. Ouvimos ambos os lados, não ouvimos? Não podemos acreditar numa palavra que eles [os assassinos] dizem, você sabe disso. Eles já nascem
mentirosos."
Argumento ad hominem, fraco. Atacou o jovem apenas por ele ser um assassino e não se posicionou contrário aos argumentos da defesa e do jurado inicialmente contrário à pena de morte do acusado.
MOMENTO TRÊS
ARGUMENTO
Sobre a briga entre o pai e o filho, numa tentativa de demonstrar a imoralidade na relação familiar e que isso seria um dos motivos do posterior assassinato, um jurado diz:
"Quando eu era garoto eu chamava meu pai de senhor. Vocês já viram um pai ser chamado assim atualmente?"
Argumento de analogia. Por ser bem educado, chamava o pai de senhor. Hoje, como ninguém chama, são mal educados. Fraco. Tal irrelevância não induz ninguém a cometer assassinatos.
CONTRA ARGUMENTO:
O argumentador a favor ao julgado responde:
"Os pais não acham mais isso importante"
O acusador retruca:
"Você
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