ANÁLISE DA OBRA O PRINCIPE
Por: micaalves99 • 29/9/2015 • Trabalho acadêmico • 437 Palavras (2 Páginas) • 464 Visualizações
ANÁLISE DA OBRA: O PRÍNCIPE
Nicolau Maquiavel foi um importante historiador, diplomata, filósofo, estadista e político italiano da época do Renascimento. Nasceu na cidade italiana de Florença em três de maio de 1469 e morreu, na mesma cidade, em 21 de junho de 1527.
Maquiavel é considerado o fundador do pensamento político, pois tratava as questões do Estado e Governo como elas são e não como deveriam ser.
Em 1513, Maquiavel escreve dentre outras, a sua principal obra, O Príncipe, que se tornaria um divisor de águas no pensamento político.
No livro O Príncipe, Maquiavel expões a sua ideia de que o Estado deve ser tratado por aquilo que realmente é, e não pelo que gostaríamos que fosse, assim, ele substitui a regra metodológica do, “dever ser” pelo “ser”.
Maquiavel busca na história, por toda parte e em todos os tempos e conclui que, os homens possuem traços bem peculiares e mostram que não podem ser mudados. No livro, Maquiavel diz que os homens são “ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de lucro”. Estes atributos compõe a natureza humana.
Nicolau expõe na sua obra que, em todas as sociedades existem duas forças opostas. Uma das forças quer dominar, enquanto a outra não quer ser dominada. O dever do governante, no caso o Príncipe, é criar um mecanismo que gera uma estabilidade entre as forças.
A nação, em determinado momento pode sentir-se ameaçada pela anarquia, ai entra o dever do Príncipe, de agir não como um ditador, e sim como fundador do Estado. Cumprido o papel político de regenerador, o Estado terá condições de se tornar uma república.
Os dois temas principais do pensamento de Maquiavel são: A Fortuna e A Virtú.
A Fortuna diz respeito às circunstancias do tempo, a sorte ou a ordem das coisas em um determinado cenário.
A Virtú é a capacidade de controlar a flexibilidade de decisão diante de circunstancias diferentes. É fundamental que o Príncipe tenha Virtú para manter-se no poder diante das adversidades.
Para Maquiavel, o Estado deveria ser pensado como ele é, levando em consideração todos os vícios humanos daqueles que o compõe. A política não é ética, moral e religiosa. O Príncipe é um agente educador com o papel de preparar o Estado para se tornar uma República. A Fortuna poderá levar um governante ao poder, mas para se manter ele precisará da Virtú, ou seja, considerar todas as variáveis da situação que está vivendo, e não agir de forma repetitiva pensando que se antes estava dando certo, também dará no novo governo se agir da mesma forma que o antigo. E assim decidir não por motivos éticos, morais ou religiosos, mas como convém a situação.
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