APS - Penas e Medidas Alternativas
Por: Ludmila Gois • 29/10/2021 • Trabalho acadêmico • 1.094 Palavras (5 Páginas) • 288 Visualizações
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Nome: Ana Rachel Paulino Moreira Turma: 003202A08 RA: 6722143 Matéria: Penas e Meios Alternativos
APS – Atividade Prática Supervisionada
O livro O último dia de um condenado retrata a história de um homem que foi condenado a pena de morte e durante a história relata de maneira detalhada os sentimentos e situações passados desde o período em que a sentença foi anunciada até o momento da consumação de sua pena de morte. Durante a leitura, observa-se o constante incomodo do indivíduo a respeito de sua pena e a frieza com que as pessoas que estão do lado de fora da prisão tratam a pena de morte como entretenimento, mostrando que os condenados passam a ter sua vida tratada com pouquíssimo valor e a sua morte como uma justiça “perfeita”.
O livro se inicia com um grupo de pessoas comentando os relatos feitos pelo homem, dando a entender que estes estão sendo feitos já após sua morte, entre os comentários muitos dos envolvidos repudiam as ideias do indivíduo a respeito da abolição da pena de morte, dizendo que nada se passavam de “ideais rebeldes vindos após a tomada da Bastilha”. Após todas as opiniões, há um regresso no tempo voltando para o dia do anúncio da sentença do condenado, que apesar de pensamentos sombrios a respeito da condenação a morte, parecia esperançoso, esperando que fossem escolhidas penas alternativas a pena de morte, entretanto, após exposta à decisão, o homem é negligenciado a seis longas e tristes semanas de espera até o momento que sua vida terá um fim.
Durante a leitura, o individuo ressalta e deixa claro sua oposição a ideia da morte como uma sentença justa, relatando ainda a crueldade do sistema prisional ao citar os “forçados”, aqueles que são condenados a prisão perpétua e são expostos a situações desumanas de tortura e exposição durante o seu tempo nas prisões, o que faz com que o leitor passe a observar tudo de maneira analítica através dos olhos do condenado.
Ao decorrer dos dias em que o homem está preso aguardando a consumação de sua sentença, a morte parece atormentá-lo a cada dia mais, fazendo com que os meros detalhes de uma cela tenham significados diferentes em sua visão. Nos primeiros dias, o homem nota como o tratam de maneira privilegiada, de modo a preservar seu corpo para o momento em que fosse colocado na guilhotina, como se sua morte fosse um grande teatro, o que o faz refletir sobre a maneira como o livro deve influenciar futuros indivíduos, para que a morte deixe de ser vista como um meio aceitável de justiça.
Em determinado momento do livro é possível desvendar um pouco mais a respeito da família do condenado, ele descreve a preocupação com o futuro de sua família, principalmente sua filha de 3 anos, Maria, que viria a receber maior destaque futuramente quando ele a encontra horas antes de morrer, o que traz a todos presentes no momento uma situação de grande emoção e que faz com que o leitor pense sobre como a pena de morte pode afetar não só o individuo, mas todos aqueles que o cercam e que dele dependem. Outro ponto que parece chamar bastante atenção durante o tempo em que espera sua condenação é sua cela e as pessoas que por ela passaram, o homem começa a notar as escritas que expõe as marcas deixadas por cada um dos prisioneiros que por ela já passara, a relação entre ele e os antigos prisioneiros e até mesmo a frequência com que a cela recebe um novo individuo.
No dia tão esperado de sua morte, o homem parece inconformado por não poder fazer nada a respeito de sua sentença, tentando de todas as maneiras adquirirem a tão sonhada liberdade que cita ao longo do livro, entretanto tudo é em vão e o condenado vê seu destino sendo a guilhotina, fazendo com que o homem repense todos os acontecimentos já vividos até aqui, o amor sentido pela sua filha e a maneira como sua vida teria um triste fim.
O último dia de um condenado mostra a pena de morte com outros olhos, fazendo com que a todo o momento haja o questionamento a respeito de maneiras cruéis como forma de justiça e fica-se claro durante a leitura que a vida dos indivíduos que percorrem os corredores daquela prisão se torna algo banal e que todo e qualquer individuo que tente a sociedade de alguma maneira, deve sofrer as consequências da pior maneira possível.
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