AS RELAÇÕES CONSUMERISTAS
Por: 05635391192 • 25/5/2020 • Monografia • 786 Palavras (4 Páginas) • 93 Visualizações
CAP 23 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL – TENDENCIAS, NOVAS REFORMAS DE AFERIR VALOR E OPORTUNIDADES
O tópico inicia por criticar a forma como a maioria dos economistas mensurar o progresso e o impacto na natureza. A princípio ele comenta sobre a formulação do produto interno bruto PIB, depois sobre as contas nacionais, desenvolvido no pós-guerra, o fluxo econômico de produção de bens e serviços permite aferir o nível de renda e riqueza de uma nação. Assim, por essa ótica, a riqueza material seria o sinal mais evidente da prosperidade.
Após ele comenta que os economistas mais ligados a linha de desenvolvimentista propuseram adicionar outras variáveis, mais ligadas a qualidade de vida, chegou-se então ao chamado Índice de Desenvolvimento Humano IDH levando em conta, além do nível de renda per capita, o nível de escolaridade e de longevidade, como medidas de qualidade de vida. Mas o problema levantado pela autora é que nem o PIB e nem o IDH levam em consideração o chamado capital natural e ambas as variáveis focam no curto prazo, sem indicarem capacidade de uma nação de replicar ou manter uma determinada trajetória de crescimento ao longo dos anos, para tais medidas a natureza é tratada como um bem econômico invisível.
Após isso ela, a autora, comenta sobre o trabalho encomendado pelo então presidente francês Nicolas Sarkozy, na busca de novas formas de aferir bem-estar, cujo o resultado principal, dentre outras medidas, era incorporar métricas adicionais ao PIB e ao IDH, indo além daquelas vinculadas aos mercados e incluindo questões socioambientais. Após isso, em 2012, um novo estudo foi encomendado pelas Nações Unidas, aprofundando as questões levantadas pela comissão que fez a primeira formulação encomendado pelo presidente francês e introduzindo o conceito de riqueza inclusiva. Resumidamente, tal conceito propõe que, ao crescimento econômico, sejam acoplados aspectos indissociáveis do bem-estar humano relacionados com saúde, educação, qualidade do ar e da agua, beleza natural, lazer e segurança ambiental, dentre outros.
Além de tudo isso, também se torna necessário levar em conta desejos e aspirações das gerações futuras, por mais difícil que seja antever a forma que nossos filhos encontrarão de saciá-las. Mensurar progresso de uma sociedade torna-se, assim, uma tarefa complexa, pois requer um exercício Inter geracional, além de precificar bens da natureza, sem contar com um sistema de mercado eficiente e transparente com claras sinalizações de preços – tarefa para os economistas que estejam dispostos a ampliarem seus horizontes.
Os ambientalistas criticam o fato do IDH e do PIB não medirem as externalidades que afetam a economia ou o nível de desenvolvimento. Essas externalidades podem ser definidas como, pelo menos as mais conhecidas, a poluição do ar, a emissão de gases de efeito estufa, a degradação de um habitat natural ou a contaminação de um rio. Assim, os danos ambientais consequentes de processos produtivos não são levados em conta no sistema de contas nacionais, ao passo que deveriam ser deduzidos das estatísticas de crescimento.
A tentativa de precificar externalidades, todavia, não resolve por inteiro o desafio de valorar o capital natural. O trabalho desenvolvido por Dasgupta faz referência a um conceito relativamente novo: o da valoração dos serviços ecossistêmicos providas pela natureza. Os desafios impostos aqueles que tentam conferir valor a tais serviços são numerosos, seja porque não há mercado eficiente para os mesmos, devendo-se fazer uso de preços sombra e analise de custo-benefício. Em síntese a literatura sobre a valoração de capital natural propõe levar em conta a ampla base de ativos sobre a qual repousa a busca de bem-estar humano, a saber: produtos manufaturados, capital humano, conhecimento adquirido a partir de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, capital natural e população.
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