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Análise - O Príncipe

Por:   •  23/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.211 Palavras (5 Páginas)  •  267 Visualizações

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Isabela Turati Fontana

RA:14153498

Pontifícia Universidade Católica de Campinas – faculdade de direito

Matéria: Linguagem Jurídica

Professora: Renata Alvares Gaspar

                                   

                                           FICHAMENTO DO LIVRO ''O PRÍNCIPE''

        O Livro O Príncipe foi escrito por Nicolau Maquiavel em 1513, e ilustra os pensamentos do autor sobre como ser um bom Príncipe e sobre como construir e manter um bom principado. Os capítulos XV a XXV, principalmente, expõem as principais atitudes que um príncipe deve ter para que tenha êxito em manter-se no poder e construir um principado forte e unido.

        Uma das ideias centrais do livro consta no capítulo XVII e é a de que um príncipe deve preferir ser temido do que amado, de modo que os homens respeitam mais aquele a quem temem. O homem que deseja ser bom irá se arruinar em meio aos não bons. Portanto, o príncipe deve aprender a não ser bom, usando ou não usando isso segundo sua necessidade, de modo que deve ser notado por qualidades que levantam crítica ou louvor. Segundo ele, o amor é conservado por vínculos de obrigação, e o temor pelo medo de castigo. Porém, Maquiavel deixa claro que o príncipe não deve impor-se com a fama de cruel para manter seus súditos unidos e confiantes. É importante para um príncipe possuir o apoio do povo, e procurar agrada-lo e mante-lo ocupado com festas e celebrações e, em hipótese alguma, tomar posse de suas propriedades. Entretanto, Maquiavel alega que o liberalismo não é algo positivo para um principado, de modo que para que a liberdade seja reconhecida o príncipe terá prejuízos, e acabará sendo odiado a medida que tentar fugir da pobreza.

        Maquiavel também expõe, no capítulo XVIII, a ideia de que um príncipe precisa ser homem e animal ao mesmo tempo. Sendo animal, deve extrair as qualidades da raposa e do leão, ou seja, conhecer as armadilhas e saber se defender dos lobos, respectivamente. Neste mesmo capítulo, alega que o príncipe deve aparentar possuir boas qualidades, não se afastando do bem, mas sabendo entrar no mal quando necessário e seguir os ventos e as mudanças de direções. Os homens julgam pelas aparências, porém, os que enxergam não ousam opor-se a opinião de muitos, portando, as pessoas acabam olhando apenas para os resultados, e não para os meios.

        Há, ainda, como uma das ideias centrais do livro, que o príncipe deve evitar descontentar os poderosos e satisfazer o povo, de modo que quando é querido não deve temer conspirações, e isso é mais importante para sua proteção do que construir fortalezas. Um bom príncipe também não deve manter-se neutro e, dentro de conflitos, deverá sempre tomar partido, e desse modo garantir aliados no futuro ou não garantir inimigos. Ao seu lado deve manter sempre pessoas de confiança, que estarão prontas para dar-lhe bons conselhos.

        Ao ler O Príncipe, percebi que concordo com algumas teorias de Maquiavel, como a de não se mostrar hostil ao povo. O apoio da população é fundamental para manter um bom governo, e ter pessoas de confiança no poder junto ao governante, que saibam aconselha-lo também é fundamental, e também acredito que, como disse Maquiavel, o Príncipe deve saber filtrar bons e maus conselhos. Porém, a teoria de que é melhor ser temido do que amado talvez funcione na teoria, mas não na prática. Atualmente, o modelo de governo é diferente daquele existente na época de Maquiavel, e essa teoria não se aplica à realidade atual. A participação do povo é quase que total nas eleições atuais, e o povo escolhe como governante aquele que possui carisma e bondade, e que consegue conquistar a população mostrando seus planos de governo. Para um bom governo, é preciso que existam alianças entre partidos e políticos, portando, se o governante for temido pelos demais políticos a democracia não será plena.

        Em seu livro, Maquiavel mostra a importância de possuir um principado forte e unido, longe de ameaças. Ele utiliza diversos exemplos de governos que tiveram ou não exito, como por exemplo Napoleão Bonaparte. É possível fazer uma comparação do livro O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, com o livro A Revolução dos Bichos, de Geroge Orwell.

Na obra de Orwell, há dois líderes que se destacam, Bola de Neve e Napoleão, que possuia Garganta como aliado. Estes personagens buscaram governar a Granja dos Bichos e faze-la funcionar sem a interferência dos humanos. Há, nesses personagens, elementos trazidos por Maquiavel em sua obra.

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