Análise do filme Billy Elliot à luz da Psicologia Social
Por: Daniel Queiroz • 2/6/2018 • Trabalho acadêmico • 960 Palavras (4 Páginas) • 984 Visualizações
ANÁLISE DO FILME BILLY ELLIOT
À LUZ DA PSICOLOGIA SOCIAL
GRUPO:
Daniel Valença
Larissa Augusta
Letícia Gomes
Louise Carvalho
Maria Eduarda Barbosa
Maria Theresa Tenório
- DETERMINAÇÃO SOCIAL DO PSIQUISMO: A determinação externa, embora fundamental, não elimina o papel ativo da consciência na mudança e desenvolvimento do próprio psiquismo e na alteração do meio social, “o sujeito é ativo, é produto e produtor da história. ”
Billy percebe que existe um caminho que fora “determinado” para ele, já que o ambiente ao seu redor impunha que as pessoas se encaixassem nos estereótipos a elas atribuídos. Com isso ele se pergunta se é normal e com isso vai em busca dessa resposta. A princípio o estereótipo atribuído para ele era o de boxeador, mas ele gostava de balé.
Jackie Elliot (pai) e Tony Elliot (irmão) reproduzem a ideologia dominante na sociedade, ou seja, o próprio princípio da determinação social do psiquismo.
A Sra. Wilkinson (professora) mostra como os fenômenos psíquicos mudam de acordo com a forma de vida dos homens. Assim, ele também vai de encontro o que a sociedade determinava como dançarino de balé.
Michael Caffrey (amigo) reflete a ideia de mudança do seu psiquismo, uma vez que, inicialmente, adere à concepção compartilhada pelos demais membros da sociedade e muda sua visão posteriormente.
- UNIDADE DA CONSCIÊNCIA E ATIVIDADE: “O homem não é apenas um produto do meio, mas também é produtor de seu meio. ”
No meio social, – na relação de Billy com o Balé – principalmente mediada pela professora e sua filha, ele desenvolve e manifesta sua consciência e personalidade, as quais apresentam-se como reflexo de uma realidade subjetiva influindo sobre suas novas atividades e inserção no meio social. Então, esse reflexo psíquico “adquire uma relativa independência e um papel ativo na regulação da atividade, de tal forma que o homem realiza algumas atividades sobre a base do plano interno que forma a consciência e sobre o controle que ela exerce, mas a consciência mesmo se desenvolve na atividade”.
O Jackie Elliot (pai) e Tony Elliot (irmão), a partir de suas atividades no meio social (trabalho na mina), desenvolvem as suas consciências e personalidades (a concepção de que aquela era um exemplo de “atividade de homem”, não balé).
Michael Caffrey (amigo) a partir dos contatos com Billy, encoraja-se a aceitar sua própria personalidade e orientação sexual, reforçando esse princípio.
- DESENVOLVIMENTO DO PSIQUISMO: Não há o que se falar sobre estruturas psíquicas intocáveis. Assim, o psiquismo está em constante estado de transformações e desenvolvimento. Dessa forma, essas transformações ocorrem quando existe uma crise (um caos) e com ela, a depender da situação em que se encontra o sujeito gera assim movimentos de mudança.
Billy tem seu psiquismo impulsionado por sua atividade em sociedade no momento em que vê suas ideias confrontadas devido ao choque entre o que ele desejava fazer e o que se desejava que ele fizesse. Com isso, ele passa por um choque interno muito grande para saber se ele está no caminho certo, se ele é normal.
Jackie Elliot (pai) e Tony Elliot (irmão) vêm para ratificar o terceiro princípio uma vez que as suas concepções, acerca da prática do balé por homem, sofreram uma modificação, qual seja, homens não precisam mudar sua orientação sexual ou serem homossexuais para praticarem balé. Ao contrário do pai e do irmão, a Sra. Wilkinson (professora) desde o princípio encarou normalmente o seu ingresso na turma de balé.
Michael Caffrey (amigo) encaixa-se nesse princípio, já que inicialmente, acredita no estereótipo em que o homem que faz balé é, necessariamente, homossexual, mas acaba mudando essa concepção posteriormente. A saber, percebe-se a presença do mecanismo de defesa projeção, ao passo que Michel aponta em Billy características que, até então, não aceitava em si mesmo.
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