Aristóteles - Textos Básicos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE DIREITO

DISCIPLINA: Filosofia Geral e Epistemologia Jurídica

PROFESSOR: Flávio José Moreira Gonçalves

Alessandra Castelo Nobre 398915

Débora Mesquita Abreu 398917

Francisco Igor Camelo Abreu 390075

RESPOSTAS ÀS QUESTÕES -  TEXTO “CRÍTICA AOS PLATÔNICOS”

1. Aristóteles, embora discípulo de Platão, não hesitou em discordar de seu mestre, sobretudo naquilo que consistia o fundamento basilar da teoria platônica. Platão, influenciado por Pitágoras (influência advinda de sua filosofia de índole matemática), considera o mundo sensível, os objetos concretos como cópias transitórias e imperfeitas de um mundo eterno e incorpóreo, as ideias. Aristóteles, por sua vez, concebe a realidade (constituída de seres concretos e particulares) como única, rejeitando e criticando, assim, o pensamento platônico de que a realidade é dupla. Em suma, é possível a partir dessa análise concluir que a crítica do filósofo estagirita ao seu mestre constitui-se valiosa para o avanço da filosofia e da ciência como um todo, uma vez que é a partir dessa “contraposição” de concepções que o pensamento filosófico evoluiu e com ele a compreensão do homem a respeito dele mesmo e do mundo.

1. Aristóteles afirma que Platão seguiu por um caminho ilusório, na medida que retira a natureza do alcance da ciência. Sendo que, para Aristóteles, o mundo da inteligência não pode ser separado  das  coisas sensíveis, pois fazem parte de um plano de homogeneidade, havendo a necessidade de uma coerência entre o conceito e o objeto, mas sempre devendo se ater a experiência . Diferente de seu mestre, acreditava que todas nossas ideias e pensamentos haviam entrado em nossa consciência através do que víamos e ouvíamos.
2. Aristóteles não apoiava a dialética e sim a analítica, acreditava que não era possível apoiar a ideia de tese e antítese ao mesmo tempo sob o mesmo aspecto, se tese e antítese não se anulassem, então deveria mudar o tempo ou aspecto em que as duas aconteciam. Aristóteles acredita que a substância se compõe de forma e matéria, forma sendo o fator determinante que dá o contorno e determinação e a matéria é aquilo em que a coisa se realiza. Para ele forma e matéria estão juntas formando a substância. Ele criticava a dicotomia entre a realidade material do mundo natural e a realidade abstrata do mundo das formas. Acreditava que as coisas neste mundo concreto em que vivemos atuam sobre nossos sentidos e estes elaboram a partir das sensações percebidas, uma imagem sensível, que dentro de nós, nos mostra como a coisa é, e que essa imagem muda a medida que as coisas se apresentam ou deixam de se apresentar. Já a imagem da imaginação é mais elaborada, é mais interiorizada.

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