As Técnicas de Controle Interno na Administração Pública

Técnicas de Controle Interno

As técnicas de controle interno podem ser utilizadas antes, durante ou após os procedimentos administrativos e operacionais e visam garantir que estes sejam desempenhados de maneira pontual, justa e econômica. Segundo Vieira (2005), se dividem em:

1) Consistência e exatidão: se refere à verificação de concordância entre fatos e textos, bem como sua coerência no contexto analisado e é utilizada geralmente para checar procedimentos ou regras aplicáveis a estes ou para avaliar textos e números. Neste último caso, podem, por exemplo, assegurar a correspondência entre os valores de uma única base e quando textuais, podem confrontar textos reproduzidos a partir de uma fonte original. Impende destacar que o controle dos textos entre si seria um controle de consistência, já ao comparar o texto com o documento fonte original, como as leis, será de exatidão.

2) Inter-relações: objetiva analisar a relação recíproca entre elementos da mesma natureza que atuam conjuntamente, podendo ser aplicada sobre uma única operação ou mesmo num lote delas. A partir desta técnica, é possível comparar a movimentação de valores em diferentes áreas e a relação entre elas para poder proceder a análises e formalizar tabelas de registro do ciclo de atividades da organização.

3) Completabilidade: tem como finalidade verificar integralmente os dados utilizados tanto nos processos operacionais, quanto nos processos administrativos da instituição, a partir de seus registros financeiros e gerenciais. Abrange a totalidade de ocorrências na gestão da entidade, tais como as tomadas de decisão, produção de documentação, textos, relatórios e outros.

4) Apreciação de valores: visa permitir que o gestor ou mesmo o executor da atividade visualize uma tendência entre valores ou comportamentos a partir de tabelas ou relatórios que possibilitem conclusões acerca de normalidade ou anormalidade. Deve ser aplicado na análise de dados quantitativos da organização, como por exemplo, estudos ligados à liquidez, produtividade ou mesmo rentabilidade da empresa.

5) Análise: consiste em um processo administrativo de verificação e comprovação dos níveis de regularidade, exatidão e completabilidade dos procedimentos e dos registros relativos à atividade institucional. Para tanto, envolve decomposição de valores e registros para examinar sua composição por partes e facilitar o julgamento. De acordo com o referenciado autor, tal decomposição costuma ser chamada pelos auditores de “explosão de saldos, contas ou valores.” Tal método é geralmente utilizado em contas das demonstrações contábeis, mais especificamente nas do balanço e de resultados.

6) Confirmações: asseguram a existência e a exatidão de bens e direitos, bem como sua legitimidade, podendo ser solicitadas por escrito ou verbalmente, a partir de bases periódicas a depender do objetivo.

7) Conciliações: consistem na comparação entre elementos do conjunto quantitativo ou financeiro da entidade a partir de informações e critérios de fontes internas ou externas que comprovem sua exatidão e completude. Geralmente são conciliadas contas bancárias dos entes auditados e os extratos fornecidos pelos bancos com os quais trabalham para verificar datas e valores ou mesmo