AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Por: Natália Oliveira • 6/5/2018 • Trabalho acadêmico • 928 Palavras (4 Páginas) • 169 Visualizações
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE CIDADE - UF.
CONSIGNANTE: EMPRESA LV
CONSIGNADO: JOSÉ
A EMPRESA LV, pessoa jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ nº..., com sede na ___, Cidade-Estado, CEP..., endereço eletrônico, neste ato representada por seu advogado, devidamente qualificado no instrumento procuratório em anexo, qualificada como CONSIGNANTE, vem à presença de Vossa Excelência com base nos artigos 539 e seguintes do CPC c/c o artigo 769 da Legislação Consolidada c/c o artigo 334 e 335 do Código Civil Brasileiro, propor a presente AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO em face de JOSÉ, nacionalidade, estado civil, recepcionista, inscrito no CPF sob o nº ..., residente e domiciliado na ___, CEP: ..., endereço eletrônico, qualificado como CONSIGNADO, pelos fatos e fundamentos que se seguem:
1.DOS FATOS E DO DIREITO
O titular dos valores ora consignados, o Sr. José, foi admitido na Consignante em 11/05/2015, ocupava o cargo de recepcionista, com salário mensal de R$ 1.200,00.
Em 19/06/2016, o Consignado afastou-se do trabalho mediante a concessão de benefícios previdênciário de auxílio-doença.
Em 20/07/2016, o benefício foi cessado e passados 10 dias sem o Consignado retornar ao trabalho, a Consignante convocou-o por meio de notificação recebida pelo Consignado mediante aviso de recebimento. O Consignado não atendeu à notificação e, completados 30 dias de falta, a Consignante expediu edital de convocação, publicado em jornal de grande circulação, mas, ainda assim, José não retornou ao trabalho.
A ausencia injustificada do empregado no trabalho, após a extinção do seu afastamento, caracterizou o incurso na falta grave, do abandono de emprego presente no artigo 482, alínea "i" da CLT c/c a Súmula do Tribunal Superior do Trbalho de número 32.
Salienta-se que a Súmula 32 do TST "presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer."
Vale ressaltar que o Consignado nunca usufruiu férias.
Em razão destes fatos apresentados, não foi possível a efetivação da rescisão contratual ora pactuado entre as partes, além da impossibilidade da baixa da CTPS e do pagamento das parcelas decorrentes da relação empregatícia, uma vez que o Consignado não atendeu nenhuma convocação da Consignante para este fim.
Assim, a presente ação tem por finalidade preservar o direito da Consignante, a fim de evitar a aplicação de sanções legais advindas do fato do Consignado não retornar às dependências da empresa, impossibilitando a rescisão do contrato de trabalho outrora pactuado. Eis que a preocupação da empresa Autora é realizar o pagamento das verbas trabalhistas que o Consignado tem direito, com observância do prazo legal estabelecido.
Em face do exposto, vem a Consignante requerer a Vossa Excelência que determine a notificação do Consignado (artigo 841 da CLT) no endereço declinado em epígrafe, para, querendo,responder a presente no prazo legal ou comparecer em juízo para levantar a importância de R$..., referente às seguintes verbas:
- Saldo de Salário
- Ferias vencidas +1/3 Constitucional do período 2015-2016 no valor de R$.
Portanto, ao ajuizar a presente ação consignatória, pretende a Consignante exonerar-se da mora do ônus decorrente, haja vista o não comparecimento do Consignado na empresa para formalizar o seu desligamento, apesar da realização de todas as formas de contato com o mesmo, não restando alternativa outra senão, tempestivamente e com base no estabelecido nos artigos 539 e seguintesdo CPC e artigo 477, §8º, CLT, já que as verbas rescisórias ainda não foram quitadas por motivos alheios à vontade desta empresa.
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