Carta de Ottawa
Por: Sergio Nataniel • 20/9/2016 • Trabalho acadêmico • 1.519 Palavras (7 Páginas) • 791 Visualizações
Índice
1.Introdução
2. CARTA DE OTTAWA
2.1. Conceito
2.2.1. Características
2.3. Promoção da saúde
2.3.2. Objectivo
2.4. Capacitação
2.5.4. Desenvolvendo Habilidades Pessoais
3. Conclusão
4. Referências Bibliográficas
1.Introdução
No presente trabalho vou abordar no que refere a Carta da Ottawa, e que nesta a Saúde não é um conceito isolado num contexto global. Para promovê-la, mantê-la e prevenir a doença são necessários esforços integrados com parceiros comprometidos na mudança em direcção a um novo patamar de qualidade de vida para todos. Com o objectivo principal de criação de um ambiente de suporte que permita ao indivíduo viver uma vida saudável.
2. CARTA DE OTTAWA
2.1. Conceito
A Carta de Ottawa é um documento apresentado na Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizado em Ottawa, Canadá, em Novembro de 1986. Trata-se de uma Carta de Intenções que busca contribuir com as políticas de saúde em todos os países, de forma equacional e universal.
A Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa, Canadá, em Novembro de 1986, apresenta neste documento sua Carta de Intenções, que seguramente contribuirá para se atingir Saúde para Todos no Ano 2000 e anos subsequentes. Esta Conferência foi, antes de tudo, uma resposta às crescentes expectativas por uma nova saúde pública, movimento que vem ocorrendo em todo o mundo. As discussões localizaram principalmente as necessidades em saúde nos países industrializados, embora tenham levado em conta necessidades semelhantes de outras regiões do globo. As discussões foram baseadas nos progressos alcançados com a Declaração de Alma-Ata para os Cuidados Primários em Saúde, com o documento da OMS sobre Saúde Para Todos, assim como com o debate ocorrido na Assembleia Mundial da Saúde sobre as acções intersectoriais necessárias para o sector.
O resultado concreto da Conferência objectivou-se no assumir de compromissos que visavam, em primeira instância, a Promoção da Saúde, onde a Saúde seria entendida não como um objecto para viver mas sim como um recurso para a vida.
A Promoção da Saúde é então definida como “o processo que habilita o indivíduo a aumentar e a melhorar o seu controlo sobre a sua saúde” (Ottawa, 1986). Por seu lado, Saúde é entendida como um conceito positivo que enfatiza os recursos pessoais e sociais assim como as capacidades psicológicas. Para além destes princípios, a Carta de Ottawa, refere ainda a necessidade de reduzir as iniquidades existentes e de proporcionar iguais recursos e iguais oportunidades para que todas as pessoas possam alcançar o seu potencial máximo de Saúde.
Adianta-se também que “de forma a alcançar um estado de completo bem estar físico, mental e social, o indivíduo ou grupo deve saber identificar e realizar as suas aspirações, satisfazer as suas necessidades, e modificar favoravelmente o meio” (Ottawa, 1986).
A Carta de Ottawa lança assim o desafio sobre cinco campos de acção para a promoção da saúde: “construção de políticas públicas saudáveis, criação de ambientes favoráveis à saúde, desenvolvimento de habilidades, reforço da acção comunitária e a reorientação dos serviços de saúde”, periodizando as “políticas públicas saudáveis” que se caracterizam pelo interesse e preocupação explícitos por parte de todas as áreas das políticas públicas em relação à Saúde e à equidade e pelos compromissos com o impacto de tais políticas sobre a saúde da população”. Enfatiza ainda a necessidade de uma política pública que invista num meio ambiente saudável como pressuposto para vidas saudáveis e destaca a responsabilidade pelas consequências das decisões políticas, em especial as de carácter económico sobre a saúde.
2.2.1. Características
A Carta de Ottawa defende a promoção da saúde como factor fundamental de melhoria da qualidade de vida, assim como defende a capacitação da comunidade nesse processo, salientando que tal promoção não é responsabilidade exclusiva do sector da saúde, mas é responsabilidade de todos, em direcção ao bem-estar global.
Por conseguinte, o documento estabelece, através de seus itens, alguns critérios que considera importantes no seccionamento das estratégias de saúde. São eles:
- A construção de políticas públicas saudáveis, em que a saúde conste como prioridade em todos os sectores, através da legislação, medidas fiscais, taxações e mudanças organizacionais.
- O desenvolvimento de habilidades especiais da população, através da educação em saúde e da capacitação, proporcionando a escolha de opções mais saudáveis para sua própria saúde e para o meio-ambiente.
- A criação de ambientes favoráveis, através da mudança dos modos de vida, de trabalho e de lazer, assim como a protecção do meio-ambiente e conservação dos recursos naturais, contribuindo para um significativo impacto sobre a saúde da população.
2.3. Promoção da saúde
Promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para actuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objectivo de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do sector saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direcção de um bem-estar global.
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