Crime

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O caso do assassinato de Alyona Ivanovna que supostamente já estava solucionado apresentou uma reviravolta na última semana. Rodion Românovitch Raskólnikov, ex estudante de direito, se entregou a polícia como o assassino da agiota e relatou detalhadamente o crime.

O jovem vivia em um sótão no último andar de um prédio em São Petersburgo em condição de miséria. Planejou o assassinato da agiota Alyona como uma forma de obter dinheiro e acreditava fazer também um bem para a humidade, pois nas palavras dele ela era um “verme humano”.

Seu relato à polícia não deixou dúvidas de que ele era o criminoso. Descreveu como tirou as chaves de Lisavieta, a arca e aquilo que a continha, enumerou os objetos roubados e falou do modo como se escondeu no andar vazio antes de voltar para casa. Indicou também a polícia o local onde havia deixado as joias, sob uma pedra no pátio do Próspekt Vosniessiénski.

O crime

No dia 25 de julho, sob o pretexto de tratar um negócio com Alyona, Raskolnikov conseguiu entrar em seu apartamento. Ele então entrega a ela uma bolsa amarrada com vários nós amarrados de maneira complicada propositalmente. Enquanto a agiota desfaz os nós, Raskolnikov a golpeia várias vezes com um machado, até ter certeza que ela está morta.

O assassino se direciona a uma arca cheia de objetos e começa a colocá-los no bolso. Chega à cena do crime a irmã de Lizaveta, surpreendendo Raskolnikov. Ele então pega o machado e a mata também.

Ao ouvir ruídos do lado de fora, ele tranca a porta e se agacha atrás dela. Depois, sai do apartamento e volta para casa, sem ser notado.

Dmitri Razumikhin, amigo de Raskolnikov, o descreve como áspero, severo, altivo e orgulhoso. Segundo ele, ultimamente o amigo andava rabugento e neurótico. Ja há meio ano que convivo com Rodka: aspero, severo, altivo e orgulhoso; nos ultimos tempos (e pode ser que ate ja muito antes) tornou-se rabugento e neurotico. La generoso e bom e ele. Nao gosta de exteriorizar os seus sentimentos e prefere proceder com dureza a revelar por meio de palavras aquilo que