Crime e Castigo
Por: Mariane Ribeiro • 21/9/2015 • Resenha • 1.446 Palavras (6 Páginas) • 424 Visualizações
Resenha.
A obra literária de Dostoievski, “Crime e castigo”, se passa na cidade de São Petersburgo na Rússia, onde pode se observar diferentes temas, com inveja, vaidade, riqueza, pobreza, loucura, maldade, entre outros, através de seus personagens.
O personagem principal dessa história é Raskólnikov, um jovem pobre que abandona a faculdade por falta de dinheiro, que mora em um cubículo de quarto em uma pensão. Antes de abandonar a faculdade, o mesmo escreveu um artigo no qual afirmava que o mundo estará dividido entre dois tipos de pessoas, os ordinários que eram homens comuns, sujeitos ao trabalho e ás ordenanças dos seus superiores, e os extraordinários que eram aqueles que a exemplo de Napoleão Bonaparte, de uma maneira ousada ocasionavam a mudança do mundo a despeito da quebra de leis ou morte de pessoas. No livro percebemos que Raskólnikov se considerava um extraordinário com intenções de mudar o mundo.
Ele mata a senhora Aliana Ivánovna e a roubo. Ela que era uma agiota que lhe emprestava dinheiro mediante penhora de objetos de valor, que lhe cobrando juros altíssimos e devido ao acaso acaba assassinando também Isabel que era irmã.
Ele não desfruta das joias e acaba por escondê-las, ficando em uma situação pior do que antes. A chegada de sua mãe e sua irmã na cidade o deixa ainda mais deprimido. Ele vive grandes conflitos internos evidenciados em seus momentos de delírio, ele vive também vários momentos de tensão, imaginado se fora ou não descoberto.
Mas na verdade, oque o deprimia não é o assassinato em si, nem tampouco o arrependimento do mesmo, mas sim o sentimento de que não conseguiu levar adiante a sua teoria.
Temos o inspetor Porfini Pietróvitch, que ao ler o artigo escrito por Raskólnikov, o põem como suspeito do assassinato da agiota, só que o mesmo não tinha nenhuma prova, pois assassinato não teve testemunhas. Mas Raskólnikov tem uma fraqueza, a jovem Sônia que devido às circunstancias teve que se tornar prostituta para ajudar sua família, que devido seu discurso religioso, faz com que ele confesse seu crime. Ele e preso e enviado para Sibéria, não se mostrando arrependido pelo que fez, mas com um ar que crê estar apenas cumprindo com uma convenção social.
No fim da história, Raskólnikov apesar de tudo encontra a felicidade ao lado de Sônia, mesmo ainda estando na prisão podendo projetar uma possível vida futura fora dos muros dela.
Introdução.
Este trabalho tem como objetivo facilitar a interpretação do Direito com a Literatura, que se torna intensa e clara a cada capítulo lido. Crime e Castigo escrito por Fiódor Dostoiévsk é uma obra literária em que apresenta o romance trágico, os efeitos psicológicos de um criminoso e a busca pela redenção e ressurreição espiritual de tal fato cometido, como na maioria dos livros da época, narra a história de Raskólnikov, um ex-estudante que vive de aluguel em um pequeno apartamento que pertence a uma senhora.
Raskólnikov ganha dinheiro fazendo pequenas traduções, no entanto, vive à beira da miséria. Como é um jovem muito neurótico e introspectivo, ele ficava dias inteiros em seu cubículo vagando em seus pensamentos, ou até mesmo, perambulava falando sozinho, pelas ruas, tal comportamento que nos põe a pensar a que tais pensamentos e atitudes, e as intenções de fazer algo inusitado ele teria.
Eis então que o fato acontece no momento em que Raskólnikov com tamanha angústia se prepara para matar a pobre senhora, mas não se engane esse não é o momento crucial da história, uma reviravolta acontecerá e o melhor está por vir.
A Obra.
Crime e Castigo, considerado o romance mais importante, foi concebido em um dos momentos mais trágicos da vida de Fiódor Dostoiévski que foi preso e condenado a trabalhos forçados pela participação de atividades subversivas de um círculo revolucionário na qual cumpria a pena no presídio de Omsk.
Contudo, a observação cotidiana da triste realidade carcerária fez com que lhe surgisse a ideia de refletir a complexa e contraditória psicologia de um criminoso atormentado, além do deplorável medo de ser punido por seus delitos e remorsos, que aos poucos o arrastam à beira da loucura e fazem com que assumam sua culpa diante da lei.
O Autor.
Fiódor Dostoiévski (1821-1881) nasceu em Moscou, no dia 30 de outubro de 1821. Filho de Mikhail Dostoiévski e Maria Fiódorovna Nietcháieva. No dia 27 de fevereiro de 1837, sua mãe morre. Nesse mesmo ano é enviado para Petersburgo, onde estuda Engenharia Militar. Em 1839, seu pai, que era médico, foi assassinado pelos colonos da fazenda onde vivia. O fato provocou enormes transtornos na vida de Dostoiévski, que teve os primeiro ataques de epilepsia quando soube da morte do pai.
Em 1841, dedica-se à composição de dois dramas históricos, "Boris Godunov" e "Maria Stuart", mas não os conclui. Em 1843 termina seus estudos e trabalha na seção de engenharia de Petersburgo. Traduz duas obras românticas, "Eugênia Grandet" de Balzac e "Dom Carlos" de Schiller. Em 1944, se demite do cargo público e começa a escrever seu primeiro romance, "Pobre Gente", novela que descreve o ambiente medíocre onde vive, publicado em 1846, no "Almanaque Petersburguês". Em 1847 publica a segunda edição de "Pobre Gente" e em 1948 publica "O Duplo", romance que não obteve sucesso. Sua obra antes elogiada, estranhamente começa a declinar. A mudança tão inesperada isola Dostoiévski do convívio geral. Surgem-lhe dúvidas a respeito de sua própria capacidade de escritor. Em 1847 passa a frequentar o grupo socialista do revolucionário Pietrachévski. É considerado subversivo, preso e enviado para Sibéria, onde passou nove anos. Ao sair da prisão é incorporado como soldado raso, para cumprir o restante da pena. Casa-se com Maria Issáievna. Em novembro de 1859, volta à cidade de Petersburgo. As recordações da vida no cárcere são descritas nos livros "Memórias da Casa dos Mortos" (1861) e "Memórias do Subsolo" (1864).
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