Entendendo de uma forma sucinta a bolha imobiliária norte americana
Por: graziele007 • 20/5/2018 • Trabalho acadêmico • 580 Palavras (3 Páginas) • 178 Visualizações
Entendendo de uma forma sucinta a bolha imobiliária norte americana
Essa bolha foi gerada pela especulação no mercado hipotecário, onde os bancos precisavam emprestar dinheiro e não tinha a quem, pois todos estavam em situações confortáveis, bons salários, bons empregos, etc. Então começou as grandes ofertas de crédito, onde os imóveis que há 10 anos valiam $300.000,00 financiado em 10 anos, passaram a valer 1,1 milhão de dólares, os bancos de olho nessas crescentes valorizações começaram a oferecer em torno de $800.000,00, desde que as pessoas deixassem seu imóvel como garantia, e sem pensar duas vezes as pessoas aceitavam o empréstimo.
A partir daí as pessoas começaram a investir em casas em construção dando parte do dinheiro recebido pelos bancos, e a esbanjarem o seu dinheiro com coisas de conforto pessoal. Mas em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que as pessoas haviam dado entrada e estavam em construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham mais liquidez (facilidade de vender) ...
O negócio era refinanciar o apartamento, usar o dinheiro para comprar casas e revender com lucro. Só que todo mundo teve a mesma ideia ao mesmo tempo, havia muita casa no mercado para serem negociadas. As taxas pagas começaram a subir (taxas pós-fixadas) e perceptivelmente o investimento em imóveis se transformara num desastre. Os especuladores estavam tentando revender as casas, mas não haviam compradores ou os que haviam só pagariam um preço muito menor que eles haviam pago. Perante esse cenário de crise, os bancos ficaram sem receber, pois, as pessoas não tinham dinheiro para paga-los.
Os imóveis eram as garantias dos empréstimos, mas esses empréstimos foram feitos baseados num preço de mercado desse imóvel, preço esse que despencou. Um empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em $500.000,00 e de repente passou a valer $300.000,00, mesmo pelos $300.000,00 não havia compradores.
Os preços dos imóveis eram bolhas (especulação), um ciclo que não se sustentava, como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões, que atingiu fortemente os bancos norte-americanos, que perderam centenas de bilhões de dólares.
No ano de 2008, com a inadimplência dos milhões de pessoas, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber, e consequentemente as pessoas pararam de consumir. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado por medo do cenário econômico que se criou, o medo de perder o emprego fez a economia travar.
O banco central americano começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente os juros e as taxas de empréstimos interbancários. O mesmo também começou a injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez.
O governo lançou planos de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo, porém essas ações levam meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram corretas e, até agora não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão. Começou o efeito em cadeia, bancos começaram a quebrar, bolsas de valores no mundo todo despencaram mais de 50%.
O Brasil não foi afetado diretamente, o governo buscou se cercar de ações para evitar que os bancos brasileiros entrassem nessa quebradeira, mas a incerteza na economia mundial fez com que os bancos nacionais começassem a mudar sua postura quanto à liberação de crédito, diminuindo seus prazos de amortização e elevando as taxas de juros. Isso na verdade ajudou aos bancos aumentarem suas receitas, melhorando suas rentabilidades.
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