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Estado Platônico Enrique Porta

Por:   •  19/10/2017  •  Seminário  •  913 Palavras (4 Páginas)  •  241 Visualizações

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Enrique Porta

1-Qual é o ponto de partida do Estado platônico? 

             Platão amadureceu a partir do Górgias “A “verdadeira arte política” é a arte que “cura a alma” e a torna o mais possível “virtuosa”, sendo, por isso, a arte do filósofo.” (...) “Apenas na condição de o político se tornar filósofo (ou vice-versa) é que se torna possível construir a Cidade autêntica, ou seja, o Estado verdadeiramente fundado sobre o valor supremo da justiça e do bem.” ¹ O estado para Platão deveria recuperar algumas concepções gregas, como o “conhecimento do todo” que eram as razões supremas, o significado da essência do homem à “alma” (psyché), o indivíduo se enxergar como cidadão e por último “a Cidade-Estado como horizonte de todos os valores morais e como única forma passível de sociedade.”

2-Para pensarmos na ideia de Estado, segundo Platão, seremos obrigados, em primeiro lugar, a explicarmos o conceito de CIDADE. Mostre como é originada a Cidade, de quantas classes é composta e, por último, relacione o conceito de Cidade com o de Justiça.

             “Construir a Cidade significa conhecer o homem e seu lugar no universo.” (...) “Um estado nasce porque cada um de nós não é “autárquico”, ou seja, não se basta a si mesmo e tem necessidade dos serviços de muitos outros homens. 1) Em primeiro lugar, são imprescindíveis os serviços de todos aqueles que provêm às necessidades materiais, desde o alimento até às vestes e à habitação. 2) Em segundo lugar, são necessários os serviços de alguns homens responsáveis pela guarda e defesa da Cidade. 3) Em terceiro lugar, é necessário a dedicação de alguns poucos homens que saibam governar adequadamente. A Cidade, portanto, necessita de três classes sociais; 1) a dos lavradores, artesões e comerciantes; 2) a dos guardas; 3) a dos governantes. (...) “a Cidade perfeita é aquela em que predomina a coragem na segunda e a sabedoria na terceira. A “justiça” nada mais é do que a harmonia que se estabelece entre as três virtudes.” (...) “o conceito de justiça “segundo a natureza”: "cada um faça aquilo que lhe compete fazer”, os cidadãos e as classes de cidadãos na Cidade e as partes da alma na alma. A justiça só existe exteriormente, na sua raiz, ou seja, na alma.” ²


3-Reale usa no texto a seguinte expressão: "princípio de correspondência platônica". Em verdade, trata-se da relação dos termos: psyché/Estado. Desenvolva essa relação. 

             “Como o fim do Estado é moral, é evidente que aquilo a que ele deve visar é ao incremento dos bens da alma, ou seja o incremento da virtude. Com efeito, escreve Aristóteles, “podemos dizer que feliz e florescente é a Cidade virtuosa. É impossível que quem não cumpre boas ações tenha êxitos felizes ̶ e nenhuma boa ação, nem de um indivíduo, nem de uma Cidade, pode realizar-se sem virtude do bom senso. O valor, a justiça e o bom senso de uma Cidade têm a mesma potência e forma que a sua presença em um cidadão privado faz com que ele seja considerado justo, ajuizado e sábio.” Aqui, de fato, é reafirmado o grande princípio platônico da correspondência entre o Estado e a alma do cidadão individual.”³

             Platão trata que o Estado, a Moral e o Bom-senso devem andar juntos, e os indivíduos (cidadãos) devem usar a alma(psyché) frequentemente em qualquer “classe social” da Cidade sem a psyché nada entra em harmonia.


4-Mostrar um quadro comparativo entre as "formas de governo, em Platão e Aristóteles".

             Platão: “As constituições históricas, que representam imitações ou formas corrompidas da constituição ideal, podem ser três espécies diferentes: 1) se é um só homem que governa e imita o político ideal, temos a monarquia; 2) se são vários homens ricos que governam e imitam o político ideal; temos a aristocracia; 3) se é o povo na sua totalidade que governa e busca imitar o político ideal, temos a democracia. Quando essas formas de constituição política se corrompem e os governantes buscam apenas os próprios interesses e não os do povo, nascem: 1) a tirania; 2) a oligarquia; 3) a demagogia. Quando os Estados são bem governados, a primeira forma de governo se apresenta como a melhor; quando campeia nos Estados a corrupção, é melhor a terceira forma porquanto, pelo menos, a liberdade permanece garantida.”4

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