Fichamento Quem é o povo? A questão fundamental da democracia
Por: Gabriela Moura • 25/10/2018 • Trabalho acadêmico • 593 Palavras (3 Páginas) • 260 Visualizações
Fichamento 1
Quem é o povo? A questão fundamental da democracia
“[...] o professo Muller percebeu desde logo a necessidade de se fundar, preliminarmente, todo esforço de análise e compreensão do sistema jurídico na solidez de um método.” Pág. 12
“Foi ainda graças a esse novo método de pensar o direito que o professor Muller pôde superar a estreiteza de uma visão positivista que conduz inelutavelmente ao nacionalismo jurídico.” Pág. 12
“O nacional-positivismo representa, de certo modo, a negação da ciência jurídica, pois repudia aquele princípio de explicação unitária da realidade, que constitui a meta de todo conhecimento cientifico.” Pág. 13
“Na teoria política e constitucional, povo não é um conceito descritivo, mas claramente operacional. Não se trata de designar, com esse termo, uma realidade definida e inconfundível da vida social, para efeito de classificação sociológica, por exemplo, mas sim de encontrar um sujeito para a atribuição de certas prerrogativas e responsabilidades coletivas, no universo jurídico-político.” Pág. 13 e 14
“Povo, como bem salienta o professor Muller, não é um conceito unívoco, mas plurívoco.” Pág. 20
“Do fato de que o homem é sempre bom, e que a sociedade o corrompe, não se seguia, logicamente, no pensamento de Rousseau, a conclusão de que as deliberações do povo fossem sempre boas.” Pág. 26
“ O povo igualmente aparece na teoria jurídica da democracia enquanto bloco. Ele é a pedra fundamental imóvel da teoria da soberania popular e fornece como lugar comum de retorica a justificativa para qualquer ação do Estado.” Pág. 35
“Em verdade existe contudo uma diferença entre povo enquanto fonte de legitimação e o povo enquanto objeto de dominação. As duas grandezas estão separadas por uma diferença, pois o povo enquanto totalidade não possui nenhum corpo unitário e não constitui nenhuma vontade unitária.” Pág. 37
“Uma constituição democrática não pode alcançar a legitimidade de uma vez pra sempre, mas apenas em um processo que se renova de maneira permanente. Sobretudo a legitimidade democrática não pode ser formulada como grandeza absoluta.” Pág. 42
“O termo ‘democracia’ não deriva apenas etimologicamente de ‘povo’; eles se justificam afirmando que em última instância o povo estaria ‘governando’”. Pág. 47
“O povo como ícone, erigido em sistema, induz a práticas extremadas. A iconização consiste em abandonar o povo a si mesmo; em desrealizar a população, em mitifica-la, em hipostasiá-la de forma pseudo-sacral e em instituí-la assim como padroeira tutelar abstrata tornada inofensiva para o poder-violência.” Pág. 67
“Mas se o povo – mesmo no conjunto normartivamente restrito de povo ativo – deve apresentar-se como sujeito político real, fazem-se necessárias instituições e, por igual, procedimentos: a eleição de uma assembleia constituinte, o referendo popular sobre o texto constitucional, instituições jurídicas plebiscitarias, eleições livres e destituição por meio de procedimento plebiscitário e votação.” Pág. 73
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