FICHAMENTO SOCIAL-DEMOCRACIA E SOCIALISMO
Por: Rafa1999gata • 4/11/2017 • Trabalho acadêmico • 2.713 Palavras (11 Páginas) • 373 Visualizações
FICHAMENTO
SOCIAL-DEMOCRACIA E SOCIALISMO
De acordo com os autores Adam Przeworski e Michael Wallerstein (1991), referem-se às reformas de forma são o meio e não o fim. São precisas as reformas, e são o meio de conquistas de poder (eleições) de organização como reajuste da redução da jornada de trabalho, sindicatos, movimentos, ou seja, reformas são propostas de melhorias na vida dos trabalhadores, porem jamais levara a revolução, pois precisaria do poder e definhamento do Estado. Esta idéia se refere as seguintes palavras dos autores:
A três conclusões que não podem derivar dos argumentos desenvolvidos neste livro: eles não conduzem à rejeição da social-democracia, não afirmam que as reformas são impossíveis e não indicam que os trabalhadores jamais optariam pelo socialismo[...]. Apenas não creio que poderiam conduzir suas sociedades ao socialismo. Estou certo de que as reformas são possíveis, mas isso não significa que o reformismo seja uma estratégia viável de transição para o socialismo. Przeworski e Wallerstein (1991, p. 279)
A posição dos autores não rejeita a social democracia, Przeworski e Wallerstein (1991, p. 279) “[...] minha postura é de ceticismo com relação à possibilidade de o socialismo vir a concretizar-se por meio de uma ação deliberada de sindicatos, partidos políticos ou governos”
Para os autores existe um ponto de divergência entre socialista revolucionário e socialista reformista, denta forma entende-se que os dois grupos querem o poder do Estado, são em base de Marx, porem de maneiras antagônicas. No qual, os Sociais Revolucionários quer o poder do Estado a partir do definhamento e os Sociais Reformistas almejam a posse do Estado através do fortalecimento de seu grupo, como eleições, lutas de partidos entre outros. Os autores relatam esta idéia como
A meu ver, minha interpretação não implica a rejeição da social-democracia ou, de modo mais amplo, do socialismo reformista, pois não contemplo alternativas históricas aceitáveis. Em retrospecto, a decisão crucial foi a busca do poder político. Em 1864, ao criticar todos os que procuravam erigir uma sociedade socialista por meios autônomos e independentes das instituições existentes. Marx afirmou que aquele projeto era impraticável sem a prévia conquista do poder político. Por essa razão é que definiu como “o grande dever” da classe operaria a luta pelo poder. Os reformistas, especificamente Bernstein, acabaram pó instituições existentes, ao passo que os revolucionários, novamente Lenin, pretenderam conquistar o poder a fim de destruir essas instituições. Em ambos os casos, porem, a luta pelo socialismo tornou-se politizada; transformou-se em luta pelo poder político. Przeworski e Wallerstein (1991, p. 280)
Dentre a idéia do social reformista a luta dos revolucionários era fragmentada, ou seja, fragmentação da luta de classes a luta pelo fortalecimento do Estado compromete-se com fragmentos, a luta revolucionário compromete-se com a luta capital x trabalho. Desta maneira esta ligada a lutas sindicais, eleições etc.
[...] Poder destinava-se a ser usado, em ultima instância, como um instrumento para a concretização de todos os objetivos almejados pelos socialistas; porém, ao mesmo tempo, todos os objetivos a que visavam os socialistas tornaram-se subordinados a uma investida centralizada em direção ao poder político. Quer estivessem em jogo as condições de trabalho em uma fabrica local, uma escola no bairro, um centro cultural, os salários ou a situação das mulheres, tudo fundia-se em uma única grande, luta, “a luta de classes”, que queria a conquista do poder político. O desejo de melhorar as condições de trabalho [...] relacionados ao socialismo porque fundiam-se em uma campanha eleitoral (ou em conspiração inserrucionista) destinada a assumir o controle do governo. [...]. A prática socialista requeria um repositório único, os dos partidos políticos, porque estes eram as instituições que relacionavam tudo ao “grande dever da classe operaria” Przeworski e Wallerstein (1991, p. 280)
Deste modo alguns motivos pelo qual levaram ao fortalecimento das instituições da luta democrática, eram porque quando os socialistas abriram mão dos seus objetivos ao descobriram que não conseguiriam realiza-los, pois as condições econômicas não estavam dadas, o apoio político era insuficiente, eram fortes as perseguições do Estado as organizações revolucionários e havia um fortalecimento das lutas em busca das necessidades imediatas ou seja, eficiência do emprego e da igualdade. Os autores retratam esta idéia
Os socialistas não tiveram escolha; precisaram lutar pelo poder político porque qualquer outro movimento em favor do socialismo teria sido excluído pela força, e tiveram de fazer uso das oportunidades oferecidas pela participação para melhorar as condições imediatas dos trabalhadores, pois de outro modo não teriam conseguido o apoio dos mesmos. Precisaram lutar pelo poder, e tiveram a sorte de poder fazê-lo sobe condições democráticas. Tudo ou mais foi em grande medida uma conseqüência. Przeworski e Wallerstein (1991, p. 280)
Neste sentido quando os socialistas começaram a lutar pelo poder político e o fortalecimento, e disputar na idéia de instituições representativas, tiveram que confrontar com algumas restrições e levaram a algumas conseqüências como o autor explana
A maior parte dos receios iniciais a cerca dos efeitos nocivos da participação realmente se materializou: as massas não puderam lutar pelo socialismo, tendo de delegar essa tarefa a líderes-representantes, o movimento tornou-se burocratizado, as táticas foram reduzidas as tentativas de conquista do eleitorado, as discussões políticas foram limitadas a questões que poderiam ser solucionadas em conseqüência da vitoria no próximo pleito, qualquer projeto de sociedade que não contribuísse para ganhar eleições foi taxado de utopia. Przeworski e Wallerstein (1991, p. 281)
Em conseqüência disso, os socialistas não conseguiram ganhar as eleições e implantar os programas socialistas, ao que refere-se ganhar o poder político, precisaram realizar o que era possível a eles, desta forma, formaram uma bandeira de luta
. Tornaram-se comprometidos com o nível de emprego, a igualdade e a eficiência [...], obtiveram a igualdade de acesso à instrução, proporcionaram um mínimo de segurança material para a maioria do povo. [...] Existe eficiência nas atividades que visam ao lucro, é mantida uma situação de quase pleno emprego e a desigualdade reduz-se a um mínimo. Todos trabalham, e trabalham lucrativamente, e todos são iguais. Przeworski e Wallerstein (1991, p. 281,284)
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