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Fichamento do Livro “O Alienista”, de Machado de Assis

Por:   •  27/9/2020  •  Resenha  •  1.067 Palavras (5 Páginas)  •  402 Visualizações

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Fichamento do livro “O Alienista”, de Machado de Assis

O conto “O Alienista”, de Machado de Assis, publicado originalmente em 1882, é um clássico da literatura brasileira que ocorre no século XIX e conta a história de Simão Bacamarte, médico respeitado em Portugal, aplaudido nas maiores universidades da Europa, protegido do rei e de toda a Corte Portuguesa, é devoto e fiel a ciência.

Ao retornar ao Brasil se estabelece na sua terra-natal, Vila de Itaguaí, pequena cidade do interior do Rio de Janeiro, para se dedicar ainda mais a sua profissão. Após um tempo na cidade, se casa com a jovem viúva Evarista da Costa e Mascaranhas, desprovida de beleza e simpatia. O médico a escolheu por julgá-la capaz de lhe gerar filhos robustos, sãos e inteligentes, entretendo não tiveram filhos. Sendo assim, Simão passou a dedicar todo o seu tempo aos estudos da mente humana, desenvolvendo suas teorias a respeito do tratamento da loucura.

Durante a sua pesquisa, Simão convence as autoridades e a população de que estudar este mal era tendência na Europa. Funda então, a Casa Verde, um típico hospício oitocentista. Segundo Bacamarte “o principal nesta minha obra da Casa Verde é estudar profundamente a loucura, os seus diversos graus, classificar-lhe os casos, descobrir enfim a causa do fenômeno e o remédio universal. ” (Pag.4).

O asilo, com o passar do tempo, ficou conhecido e começou a receber cada vez mais pacientes de outras vilas e arraiais, Simão mandou construir novos espaços para esses doentes mentais. No começo os internos eram realmente loucos que até então eram tratados e cuidados em casa pelos familiares, aos poucos Dr. Bacamarte passou a enxergar loucura em todos e a internar pessoas que, em sua opinião, não estavam em seu juízo perfeito.

Simão chegou a internar quase 75% das pessoas da cidade de Itaguaí. Depois de algum tempo, libertou-os. A Casa Verde começou a ser vista como “cárcere privado” (pag. 13) A população aterrorizada, temendo a tirania do Simão, se rebela, pois quem nos afirma “quem o alienado não é o alienista? ” (Pag.18)

Diante disso, o barbeiro Porfirio, interessado na carreira política, liderou a manifestação contra o alienista, chamada de a Revolta dos Canjicas. Alguns dos apoiadores da revolução foram internados na Casa Verde que gradualmente foi ganhando novos moradores, e até D. Evarista é internada após passar uma noite sem dormir por não conseguir decidir que roupa usaria numa festa.

Durante a suas pesquisas científicas, o alienista criou quatro teorias das moléstias cerebrais. A primeira era de que os loucos eram aqueles que apresentavam um comportamento anormal. Na segunda ele amplia o rol da loucura para aqueles que não têm o perfeito equilíbrio de suas faculdades. Na terceira, ele se desfaz das duas anteriores e define que loucos não são os desequilibrados e sim os equilibrados. E na sua quarta teoria, admite que somente ele, Simão Bacamarte era um homem quase perfeito, com impecável equilíbrio mental e moral que poderia de fato ser louco e internou a si mesmo.

Análise

As primeiras teses sobre loucura começaram a surgir em meados do século XIX na Europa. Em 1804, o Dr. José Clemente Ferreira administrador da Santa Casa do Rio de Janeiro, iniciou uma campanha pela criação de uma instituição de tratamento de alienados. Naquele mesmo ano, o Imperador Pedro II deu a ordem para a construção do hospital psiquiátrico.

Em 1852, foi inaugurado no Rio de Janeiro, o Hospício Pedro II, também chamado de “Palácio dos Loucos”, primeiro hospital psiquiátrico do Brasil e o segundo na América Latina. Até a criação desta instituição os pacientes psiquiátricos ficavam escondidos na Santa Casa, encarcerados ou no caso das famílias ricas, presos em seus quartos. A sociedade não queria deparar com os alienados vagando por becos e vielas, não as queriam a vista. Naquela época não faltou quem ridicularizasse a ideia de se construir um hospital apenas para recolher loucos.

O Pedro II foi projetado para comportar até 140 pacientes, mas devido

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