HOMOFOBIA
Por: Rubeval • 9/6/2015 • Artigo • 5.319 Palavras (22 Páginas) • 228 Visualizações
HOMOFOBIA: quem é homofilofobico? Causas e conseqüências que determinam o preconceito e a discriminação na perspectiva da modernidade.
Rubeval Pinheiro Costa
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo investigar e questionar a luz da afetividade homoafetiva os diversos tipos de preconceito que há na sociedade em relação à sexualidade. Assim, sexualidade é própria de cada ser humano e por vez, cabe a cada um expressar esta de maneira livre. Assim, tem como dedução que a homoafetividade é desconfigurada em vários setores da sociedade e por vez descriminada. Onde aqueles que sobressaem dos papéis sociais convencionais, se tornam causa de repúdio e perseguição. No que cabe esta conotação a modernidade se dar por uma tentação de eliminar o sujeito, vendo este apenas do lado de fora, ameaçando constantemente suas obras que ao mesmo tempo fortalecido e libertado por elas. E no que tange esta discussão mostrará que a homofobia é causa de preconceito e discriminação. Onde esta, ganha corpo nas decisões da justiça em seus diversos setores, tendo posições acerca da questão e utilizando da jurisprudência para colocar sobre questão a união homoafetiva. Tendo também a opinião da igreja de forma breve e seu posicionamento acerca do assunto.
Palavras - Chave: Afetividade. Sexualidade. Homofobia. Papéis. Sociais. Discriminação.
INTRODUÇÃO
A sexualidade é exclusiva de cada ser humano e no que convergem os papéis sexuais de cada um é a maneira de se expressar e se doar. Onde o mesmo, configura suas diversas identidades de gênero em sua subjetividade individual no ser social.
Pois assim, é de fundamental importância atentar-se ao próprio sujeito como parte da sociedade. Fazendo uma critica da modernidade; que perpassa aos valores éticos, filosóficos, psicológicos, antropológico e religioso.
Deixando claro, que tem como preocupação suscitar essa discussão, que ganha corpo a cada dia no seio social, surgindo inquietações em busca de respostas que ainda repousa nas entranhas do ser humano.
Assim, no que convergem os diversos aspectos em relação à homoafetividade que será abordado neste singelo trabalho, terá como objetividade a luz da modernidade discutir as posições em relação aos papéis sociais que obriga o ser humano a corresponder. Contudo, uma vez que oprime sua expressão sexual, causa um impacto direto e indireto no cotidiano do sujeito e nega sua individualidade. Por vez, exclui o mesmo da sua consciência coletiva.
No entanto, a sexualidade é algo por si só submetida a vários riscos de má interpretação. Ela é a dimensão humana em virtude de uma doação interpessoal especificada em cada ser humano.
No que se entende a luz da homossexualidade como expressão de afeto, é que é uma atração por pessoas do mesmo sexo. Podendo esta, relacionar-se com ela, e satisfazer seus desejos como uma expressão de doação a luz da paixão, igualando-se a qualquer pessoa capaz de se doar e amar sem medida.
Em via de uma boa definição a tal temática, analisaremos também posteriormente o conceito de homofobia, e sua classificação á luz da lei obtendo diversas posições acerca de alguns setores da justiça. Definindo o significado da palavra homofilofobico, suas possíveis causas e conseqüências que determinam o preconceito e a discriminação. E de maneira breve a opinião da Igreja católica sobre o assunto.
Por fim, o presente trabalho não tem como pretensão de ser definitivo nem tão pouco exaurir a temática, mas tão somente suscitar a discussão e possibilitar a partilha de outras ideias e outros pontos de vistas, sem o objetivo de estabelecer verdades conclusivas, mas expor um ponto de vista objetivo e uma reflexão sobre a temática.
A DESCONFIGURAÇÃO DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO À IDENTIDADE INDIVIDUAL
Em uma busca mais profunda, o sujeito é dotado de corpo, memória, alma, origem e projeto. Pois assim, o próprio luta para se encontrar em uma defesa de si mesmo, e uma auto-afirmação do seu espaço. Assim, trava uma luta árdua para conhecer o que há de mais profundo em si mesmo. Podendo deparar com seus monstros, uma vez, não domesticados causa náusea. E não obstante, de maneira coletiva tem que passar por aprovações do ser social. Pois os que ultrapassam esse rótulo do olhar social convencional, é tido como estranhos e causa de repúdios, que se apresentam através de posições violentas e agreções físicas e psicológicas. Em afirmação, o sujeito sai dos papéis que lhe confere o sistema social por seu apelo a uma comunidade de princípio e crença, ao mesmo tempo que pelo “cuidado de si” e a busca da liberdade pessoal. (TOURAINE, 2009, p.314).
Essa modernização chamada pelos críticos de uma evolução é abafada por radicais que tentam rotular essa expressão de afetividade como um ser diferente gerando relações de afastamento. A qual se confere:
Um universalismo abstrato quanto são evidentes os perigos dos apelos à diferença, à comunidade definida de tal maneira que ela não mantém com outras sociedades ou culturas senão relações de afastamento, de rejeição ou de agressão. Quer se trate de indivíduos ou de nações, uma primeira conclusão se impõe: somente certas formas de combinação entre o apelo universalista à razão e à defesa de uma identidade particular. (TOURAINE, 2009, p. 314).
O olhar desconfigurante do social em relação ao ser humano é uma severa averbação que tira a vontade individual e nega “a figura coletiva do sujeito ela o é quando se define simultaneamente pela vontade de viver junto no quadro de instituições livres e por uma memória coletiva’’(TOURAINE, 2009, p. 315).
Estes recém-chegados a uma memória coletiva e histórica se apresentam de maneira diferente dos que se apoiam no costume. Pois assim, surge uma verdadeira inquietação e grandes dificuldades para se integrar. A não ser que possam incorporar nas diversas instituições, e reproduzir rótulos prontos, normas e modos de vida. Onde é impostos também uma participação em uma memória. Embora esta, desfigurada e capaz de desfigurar quem à aceita. Em que se destaca:
Também é falso exigir, deles que adquiram uma memória na qual eles não têm espaço senão para satisfazer-se com um multiculturalismo desprovido de conteúdo real. Preciso que a memória coletiva seja viva, que ela se transforme constantemente para desempenhar seu papel de integração em vez de impor aos recém-chegados uma lição de história intangível e tornada mitologia nacionalista. (TOURAINE, 2009, p. 315).
Quanto a isso, a consciência coletiva é de fundamental importância para afirmar o sujeito pessoal, que fora da coletividade não se afirma. É tão evidente essa assertiva, que no individual o grupo étnico ou a um sexo enquanto gênero o sujeito é inseparável da comunidade cultural. Sendo assim, porque não afirmar que o mesmo é uma coletividade de células embrionárias totalmente dependentes.
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