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MICHEL FOUCAULT E A IDEIA DO PANÓPTICO – EXPLORAÇÃO DA IMAGEM E CONTROLE SOCIAL

Por:   •  26/10/2017  •  Abstract  •  1.359 Palavras (6 Páginas)  •  425 Visualizações

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FACULDADE ESTÁCIO DO AMAPÁ

MICHEL FOUCAULT E A IDEIA DO PANÓPTICO – EXPLORAÇÃO DA IMAGEM E CONTROLE SOCIAL

MACAPÁ - AP

2016.1

ALANNA ALVES BRILHANTE

DAVI VINHOLTE GALUCIO

EMILY KISLEY DO AMARAL FERREIRA

ELOYSE RAMONE CAMPOS

GIRLAN SANTOS NUNES

ORLANDO DE SOUZA CAMPOS

RAIANE DUARTE CORREA

VIVANE PINHEIRO DA FONSECA

MICHEL FOUCAULT E A IDEIA DO PANÓPTICO – EXPLORAÇÃO DA IMAGEM E CONTROLE SOCIAL

MACAPÁ – AP

2016.1

SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO.............................................................................................4
  2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................5
  3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................9
  4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................10

  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa esclarecer o significado do modelo de prisão circular chamado Panóptico,sendo pan = tudo e óptico=visão que nos remete à ideia de visão total, o modelo arquitetônico foi criado no século XVIII pelo filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham, explorado mais tarde sob um olhar mais moderno de Michel Foucault.

Foucault aborda a ideia de controle social a partir da sensação de vigilância constante, que seria muito mais eficaz do que a agressão física para modificar e disciplinar o comportamento humano, tornando assim o ato de vigiar mais relevante do que propriamente o de punir. Seu pensamento é usado até os dias atuais, pois somos vigiados 24h por dia, em quase todos os lugares, as pessoas sentem-se mais seguras com tanta vigilância que acabam esquecendo o porquê de tudo isso.

O ideal do panóptico como controlador socialseria estritamente psicológico ao individuo: interiorizar a culpa e causar remorso de seus atos desviantes. Não somente idealizado para prisões, ademais também em modelos de instituições educacionais, assistenciais, manicomiais etc, com a função social de “normatização” do homem, capacitando-o à vida social.


  1. DESENVOLVIMENTO

O filósofo francês Michel Foucault em seu livro “Vigiar e Punir” (1975), sustenta a ideia de uma sociedade disciplinar que se embasou no modelo do Panóptico de Jeremy Bentham no qual consiste em uma estrutura circular, em que na parte central há uma torre de vigilância e na parte periférica, em cada andar as celas, formando um anel. Cada cela possui duas janelas, uma no interior com vista para torre e outra no exterior permitindo que a luz atravesse, entre cada cela há muros impedindo que os presos possam comunicar-se uns com os outros. Na torre, há um vigia que possui visão completa de todas as celas, podendo ver sem ser visto, dando aos presos a sensação de estarem sendo vigiados constantemente, ainda que não estejam.

[pic 1]

        A imagem retrata perfeitamente o modelo original do Panóptico do filósofo e jurista Jeremy Bentham,que estudando as entidades prisionais produziu o que denominou de “penitenciária ideal”, onde os indivíduos ficariam acomodados em celas direcionadas a um único ponto: o observatório central. O intuito de Bentham era algo prático, como o corte de gastos, já que se requereriam menos empregados com a adoção deste modelo, que também poderia ser utilizado em escolas e manicômios, por exemplo.

        Foucault em sua obra utilizou o modelo para explicar e demonstrar o pensamento de que o Estado vem se modificando ao longo do tempo na sua forma de atuação perante o indivíduo que se desvirtua do caminho natural do bem. Segundo ele, as formas de agir estariam centradas principalmente na vigilância e observação do que propriamente na punição, passando por uma verdadeira evolução, sobretudo mais eficaz. Ele utiliza o panoptismo para validar a ideia de controle social a partir da sensação de vigilância constante, que seria mais eficiente do que a agressão física para modificar e disciplinar o comportamento humano.Tinha como objetivo explicar o funcionamento de um controle de um poder central sobre certa população subordinada. Ele nos mostra como o exercício de controle/poder através da observância pode resultar positivamente na sociedade. Foucault retrata que ao colocar um prisioneiro subordinado ao panóptico, esse indivíduo pode se socializar uma criança, por exemplo, pode aprender a escrever com mais facilidade, um operário vai render mais no trabalho, por não ter distrações que o façam perder tempo. Portanto esse modelo não seria aplicado apenas em prisões, mas em escolas, asilos, hospitais, fábricas e dentre muitos outros locais.

A adjeção das duas palavras “Controle Social” é uma nominação usada desde a fundação do Estado, por estar e ser necessária a esta organização que exige funcionalismo e ordem. De grosso modo, Controle Social é toda repressão/sanção que exerça poderio sobre o individuo, para que este se adeque aos moldes de convivência social. Para o filósofo inglês Thomas Hobbes, a natureza primitiva do “ser homem” é acentuada por três importantes características – bem descritas em sua obra Leviatã, cap. XIII, 1651 – que expõe essa natureza: primeiramente, a competição o leva a agredir os seus semelhantes por causa de lucro; ademais, a desconfiança que, por “primitização”, o homem sempre enxerga outrem como ameaça; por conseguinte, a glória, reputação, admiração e reconhecimento que almeja possuir no meio que convive. E, por expor essa fraqueza social, de ser vulnerável a condutas desviantes, o ser homem necessita de represália, função social que o controle social exerce.

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